Além de buva (Conyza spp.) e capim-amargoso (Digitaria insularis), as plantas do gênero Amaranthus, popularmente conhecidas como caruru, vêm ganhando espaço em lavouras brasileiras, se destacando pelo potencial em matocompetir com culturas como a soja e milho, causando significativas perdas de produtividade.
Como principais características gerais do gênero, podemos destacar o rápido crescimento e desenvolvimento, o ciclo fotossintético C4, a fotoblastia positiva, a grande produção de sementes e a resistência conhecida de algumas espécies a determinados herbicidas e mecanismos de ação. Conforme destacado por Heap (2021), há um predomínio de algumas espécies pela resistência aos herbicidas inibidores da ALS e EPSPs, contemplando o herbicida glifosato, fato que pode dificultar o controle de manejo de plantas daninhas do gênero Amaranthus.
Veja mais: MISSÃO CARURU – Episódio 11 – Habilidade competitiva
Quadro 1. Casos de resistência conhecidos de espécies de caruru a diferentes mecanismos de ação de herbicidas e herbicidas em diferentes culturas agrícolas no Brasil.

Conforme destacado por Anderson Nunes, professor e pesquisados do IFRS – Campus Sertão, no manejo do caruru, deve-se atentar para as espécies com resistência conhecida a herbicidas inibidores da ALS e glifosato. Em virtude da elevada capacidade das plantas de caruru produzir sementes, assim como os diversos fluxos de emergência da daninha em meio a cultura da soja, Anderson destaca ser essencial o uso de herbicidas pré-emergentes.
Tendo em vista os inúmeros fluxos de emergência do caruru, o controle em pós-emergência da daninha nem sempre ocorre nos estádios mais aconselhados, o que pode comprometer a eficácia do controle. Com isso em vista, o uso de herbicidas pré-emergentes é de suma importância para o manejo e controle dessa planta daninha.
Os herbicidas pré-emergentes atuam diretamente no banco de sementes do solo, inibindo a germinação das sementes de caruru, ou causando a morte delas durante o processo germinativo. Quando empregados corretamente, os herbicidas pré-emergentes possibilitam significativa redução dos fluxos de emergência do caruru. Além disso, as populações plantas que “escapam” do controle do pré-emergente, tendem a germinar e emergir com maior uniformidade, o que possibilita maior eficiência de controle em pós-emergência, quando realizadas as aplicações de herbicidas nos estádios adequados do desenvolvimento do caruru.
Confira as dicas e contribuições do professor e pesquisador Anderson Nunes.
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Referências:
HEAP, I. THE INTERNATIONAL HERBICIDE-RESISTANT WEED DATABASE, 2021. Disponível em: < http://www.weedscience.org/Pages/Species.aspx >, acesso em: 19/11/2021.
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