As lavouras no Estado estão nas seguintes fases: 5% em germinação e desenvolvimento vegetativo, 7% em floração, 18% em enchimento de grãos, 13% maduro e 57% já foram colhidos. O novo levantamento de produtividade nas lavouras apresenta redução média de -26,3% no Estado em relação à estimativa inicial.

Com isso, a produtividade fica em 5.679 quilos por hectare, enquanto a estimativa era de 7.710 quilos por hectare. A produção reduz -25,2%, com volume total ficando em 4,4 milhões de toneladas.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, 81% das lavouras já foram colhidas. A produtividade média nas lavouras de sequeiro está em 7.397 quilos por hectare e, nas áreas irrigadas, atingiu 12 mil quilos por hectare. Das demais lavouras da região, 14% delas estão na fase de desenvolvimento vegetativo, 3% em floração, 1% em enchimento de grãos e 1% em maturação. As condições do tempo preocupam os produtores, pois a falta deu midade no solo compromete as lavouras em desenvolvimento, e o forte calor provoca problemas na polinização, gerando espigas malformadas. Essas condições têm provocado atraso na aplicação de adubação de cobertura nitrogenada nas plantas que estão no estágio fenológico propício.

Em geral, é bom o estado fitossanitário das lavouras, com alguns casos de ataque da lagarta do cartucho. Na regional de Frederico Westphalen, 85% das lavouras já estão colhidas. O rendimento das áreas com híbridos precoces variou entre 130 e 160 sacos por hectare. Nas plantadas a partir da segunda quinzena de setembro, a estiagem tem afetado o desenvolvimento da cultura, gerando perdas de rendimento.

Na de Ijuí, a cultura está em fase final de colheita (97%), evidenciando-se diminuição na produtividade das lavouras mais tardias. O rendimento médio alcançou 121 sacos por hectare. Devido às altas temperaturas durante o ciclo da cultura, houve diminuição da produtividade até mesmo nas áreas irrigadas.

Na de Erechim, segue se intensificando a colheita, já realizada em 85% da área da cultura. O rendimento médio está em 126 sacos por hectare. As fases nas demais lavouras são enchimento de grãos (10%) e maturação (5%).

Na de Soledade, 20% das lavouras estão na fase de desenvolvimento vegetativo, 5% em floração, 15% em enchimento de grãos, 5% em maturação e 55% já foram colhidas. A produtividade média é de 3.726 quilos por hectare. As lavouras com semeadura tardia (em dezembro, janeiro e fevereiro) implantadas em áreas de restevas de tabaco, milho safra e feijão já apresentam sinais de estresse hídrico e perdas de rendimento devido à falta de chuva. Por conta do clima seco, estão paralisados os tratos culturais de adubação nitrogenada em cobertura e de controle de plantas invasoras em lavouras com semeadura mais tardia. Os cuidados se mantêm em relação a ataques de lagartas.

O controle está sendo difícil mesmo em milhos Bts; muitos agricultores estão solicitando às biofábricas as vespinhas – Trichogramma pretiosum – como tecnologia complementar no controle da lagarta Spodoptera frugiperda (lagarta do cartucho do milho).

Na regional de Santa Maria, as lavouras de milho safra estão em maturação e colheita, e as do segundo plantio encontram-se nas fases que vão do desenvolvimento vegetativo até o da maturação. A sequência de dias sem chuvas na região acarreta perdas na produtividade; com tendência é de agravamento nas perdas caso se persistir.

Na de Bagé, em Itaqui, Maçambará, São Borja e Itacurubi a colheita foi concluída. As áreas de milho safrinha recém-implantado estão em desenvolvimento vegetativo, com previsão de se efetivar em mil hectares plantados. Nas lavouras plantadas primeiro, predominam as fases de floração e enchimento de grãos. Nas áreas que dispõem de irrigação, concentradas na Fronteira Oeste, a estiagem não gerou perdas.

Já nas lavouras de sequeiro, as perdas se acumulam e já refletem nas criações dos produtores, como a avicultura, suinocultura e bovinocultura de leite, tanto pela redução da disponibilidade de grãos quanto pela diminuição da silagem.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Pelotas, 22% da cultura está em desenvolvimento vegetativo, 31% em floração, 43% na fase de enchimento dos grãos e 4% das lavouras já foram colhidas. A predominância das fases de floração e enchimento de grãos num período de déficit de água na planta e no solo remete à diminuição no rendimento da cultura. Em São Lourenço do Sul e Pelotas, a colheita já alcança 5%; em Canguçu, 6% e em Capão do Leão, 10%. As produtividades têm variado: em Canguçu chegou a 1.701 quilos por hectare; em São Lourenço do Sul, a 2.160 quilos por hectare.

Na região de Porto Alegre, 43% das lavouras estão colhidas, 10% em desenvolvimento vegetativo, 8% em floração, 17% em enchimento de grãos e 22% delas encontram-se em maturação. Praticamente todas as lavouras apresentam alguma perda em função da estiagem. Há áreas nas quais as plantas estão com folhas e espigas secas, o que diminuirá o rendimento da cultura. No momento, a fitossanidade das lavouras é boa. Casos isolados de incidência de lagartas exigiram controle.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, o período de tempo seco tem favorecido as atividades de colheita das áreas maduras; por outro lado, já evidencia prejuízos no desenvolvimento vegetativo das áreas semeadas após a colheita do milho silagem e também das lavouras em enchimento de grãos. A estiagem tem promovido impactos variados na região; em Montauri, Serafina Correa, Paraí e André da Rocha, as perdas são mais expressivas do que as ocorrem em Vacaria e Bom Jesus.

O rendimento médio alcançado é de 5.759 quilos por hectare. Na de Passo Fundo, 3% das lavouras estão em fase de enchimento de grãos, 24% em maturação e 73% já foram colhidas. A continuidade das condições do tempo, com reduzido volume de precipitações e distribuição irregular, tem gerado dificuldades para o desenvolvimento da cultura, sobretudo durante a fase de enchimento de grãos.

O prolongamento da estiagem tem forçado os produtores a solicitarem vistorias para comprovar as perdas e acessar o seguro agrícola.



Mercado (saca de 60 quilos)

Segundo o levantamento semanal de cotações realizado pela Emater/RS-Ascar, o preço médio do milho no Estado ficou em R$ 44,15/sc., com aumento de 0,43% em relação ao da semana anterior.

Na regional de Santa Rosa, o preço está cotado em R$ 42,00/sc.; em Frederico Westphalen, variou entre R$ 43,00 e R$ 44,00; na de Pelotas os preços variaram entre R$ 42,00 e R$ 50,00; na de Ijuí, chegou a R$ 47,57; em Bagé, os preços têm variado entre R$ 41,00 e R$ 48,00. Em Caxias do Sul, o preço médio permaneceu em R$ 44,50; em Ijuí, em R$ 43,65; na regional de Soledade, em R$ 43,50; em Santa Maria, o preço médio chegou a R$ 44,78 e em Porto Alegre a R$ 47,70/sc.

Fonte: Emater/RS

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