O mercado brasileiro de milho deve ter um dia de poucos negócios, com as atenções focadas no relatório de oferta e demanda de novembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. O produtor deve manter as intenções de venda do cereal, pressionando as cotações. No cenário internacional, a Bolsa de Chicago recua, em sessão volátil.
O mercado brasileiro de milho apresentou preços fracos, de estáveis a mais baixos, nesta segunda-feira. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, o mercado mostrou-se “frouxo” e bem acomodado neste começo de semana. “O interesse de venda prossegue alto”, indicou.
No Porto de Santos, o preço ficou na faixa de R$ 83,00 a R$ 88,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 82,00/88,00.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 85,00/89,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 82,00/84,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 86,00/87,00 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 86,00/88,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 84,00/85,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 79,00/R$ 81,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 75,00/77,00 a saca em Rondonópolis.
Chicago
Os contratos com entrega em dezembro de 2021 operam com alta de 2,75 centavos em relação ao fechamento anterior, ou 0,49%, cotada a US$ 5,54 1/4 por bushel.
Os investidores se posicionam frente ao relatório de oferta e demanda pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado hoje, às 14 horas (horário de Brasília).
Analistas consultados pelas agências internacionais apostam que o Departamento irá elevar a estimativa de produção dos Estados Unidos para 15,040 bilhões de bushels em 2021/22, ante os 15,019 bilhões de bushels projetados no mês passado. O volume ainda será maior frente aos 14,111 bilhões de bushels colhidos em 2020/21.
A produtividade média do milho estadunidense em 2021/22 deverá ser ampliada para 176,8 bushels por acre, contra os 176,5 bushels indicados em setembro, mas acima dos 171,4 bushels por acre obtidos na safra 2020/21. Os estoques finais de passagem da safra 2021/22 norte-americana devem ser indicados em 1,482 bilhão de bushels, aquém dos 1,5 bilhão de bushels indicados em setembro.
Para a safra global 2021/22, os estoques finais de passagem devem ser indicados em 301,4 milhões de toneladas, abaixo das 301,7 milhões de toneladas previstas em outubro. A previsão é de que os estoques finais de passagem da safra mundial 2020/21 sejam apontados em 290,6 milhões de toneladas, à frente das 290 milhões de toneladas indicadas no mês passado.
Ontem (8), os contratos de milho com entrega em dezembro fecharam a US$ 5,51 1/2 por bushel, baixa de 1,50 centavo de dólar, ou 0,27%, em relação ao fechamento anterior.
Câmbio
O dólar comercial registra baixa de 0,10% a R$ 5,5360. O Dollar Index registra alta de 0,08% a 94,03 pontos.
Indicadores financeiros
- As principais bolsas da Ásia encerraram mistas. Xangai, +0,24%. Tóquio, -0,75%.
- As principais bolsas na Europa registram índices firmes. Paris, +0,10%. Londres, +0,14%.
- O petróleo opera em alta. Dezembro do WTI em NY: US$ 82,24 o barril (+0,37%).
Fonte: Agência SAFRAS
