AS CAUSAS DA ALTA: Nesta sexta-feira, a B3 seguiu refletindo os efeitos internacionais da demanda em função da guerra na Ucrânia, e as cotações demonstram altas expressivas. Traders no mercado internacional avaliam que o avanço de tropas russas na Ucrânia tem diminuído esperanças de que os produtores de milho no país sejam capazes de cultivar com sucesso e comercializar uma safra viável este ano. A Ucrânia é o 4º maior produtor do cereal no mundo. Este conflito aumentou muito a demanda de milho para exportação no Brasil (estima-se que pelo menos 650 mil tons foram negociadas na semana), disputando preços com o mercado interno.
OS FECHAMENTOS: No fechamento de mercado, os principais vencimentos apresentaram as seguintes cotações:
- O vencimento março/22 era cotado à R$ 102,16 (+1,66%); o maio/22 valia R$ 104,57 (+2,96%); o julho/22 era negociado por R$ 99,25 (+3,17%) e o setembro/22 tinha valor de R$ 98,30 (+2,55%).
- CHICAGO: Milho fechou em alta, por redução da oferta
FECHAMENTOS: A cotação do milho para março22 fechou em alta de 0,83% ou 6,25 cents/bushel a $ 757,25. A cotação de julho22, importante para as exportações brasileiras, fechou também em alta de 2,03% ou $ 14,25 cents/bushel a $ 717,75.
CAUSAS: Aumento generalizado de cereais devido à especulação sobre a menor oferta disponível para o conflito do mercado de exportação na Ucrânia. O reposicionamento dos fundos especulativos gerou maiores aumentos nas posições futuras. A demanda se desloca para os EUA, Argentina e Brasil. As chuvas na América do Sul favorecem o ciclo produtivo, embora na Argentina se espere uma queda na produtividade do milho precoce.
POSIÇÕES DOS FUNDOS: Os dados da CFTC com posições na liquidação de terça-feira mostraram que os Fundos estavam com 30.184 contratos a mens no Open Interest. A liquidação de contratos comprados durante a semana até 3/1 superou ligeiramente a cobertura vendida para uma queda líquida de 5.214 contratos para seus então 349.222 contratos líquidos. Os Comerciais estavam adicionando contratos vendidos durante a semana, estendendo sua venda líquida em 14,8 mil contratos para um máximo de 44 semanas de 717.411 contratos.
PRÉ-WASDE: Sobre o relatório WASDE de março, os analistas esperam ver um trimestre de 74 mbu para os EUA. terminando estoques – com muitos citando um aumento nas exportações devido ao conflito no Mar Negro. Se realizado isso deixaria o estoque final em 1.466 bbu (37,24 MT). A oferta global de milho é estimada em 2,7 MT menor em 299,5 MT.
BRASIL/ARGENTINA: Para a produção da América do Sul, as estimativas pré-relatório estão estimando um corte de 1,4 MT para o Brasil e um corte de 2,1 MT para o milho da Argentina.
Fonte: T&F Agroeconômica