CAUSAS DA ALTA DE SEXTA: Fechou estável, em um mercado totalmente focado na evolução do clima nos EUA. Os mapas de previsão transmitiram calmaria indicando chuvas para algumas regiões durante o final de semana. Consultor privado projetou rendimentos e volume de colheita superiores à estimativa mais recente do USDA.
Vendas anunciadas para a China e destinos desconhecidos de 264.000 toneladas, deram suporte no lado da demanda.
RENDIMENTO DA SOJA EUA SERÁ SUPERIOR AO ESTIMADO PELO USDA: O grupo IHS Markit vê o rendimento médio nacional de soja em 51,6 bpa (3.470,16 kg/hectare).
POSIÇÃO DOS FUNDOS APOSTAM NA ALTA: Os dados do Commitment of Traders registrarfam que os Fundos tinham, em soja, 99.471 contratos líquidos de compra em 2/8. Essa foi uma oscilação de alta de contrato semanal de 11,8k a mais por meio de rotação de 6k de vendidos em aberto abertos para novos contratos de compra em aberto.
Traders comerciais de soja fecharam 7,7 mil hedges longos para uma venda líquida de 149.443 contratos. Nos produtos, a CFTC informou que os fundos foram de 6,6 mil contratos mais de compra líquidos para 80.018 para farelo e 7,2 mil contratos mais longos líquidos para 22.141 em óleo de soja.
NOVAS VENDAS PARA A CHINA: O USDA confirmou que 132 mil toneladas de soja da nova safra foram vendidas para a China e outras 132 mil toneladas foram reservadas por destinos desconhecidos em um anúncio privado de venda de exportação. Essas vendas foram divulgadas na manhã de quinta-feira.
BRASIL TEM MENOS SOJA E É MAIS CARO: O Brasil não tem muita soja para o período entre setembro a janeiro como no ano passado. No ano passado o Brasil embarcou nessa janela 16 milhões de toneladas de soja. Esse ano talvez o Brasil consiga embarcar 10-11 milhões. Na semana entre os dias 22 a 28 a China comprou nos EUA 144 mil toneladas de soja para safra nova. Agora a China tem em seu nome nos EUA 2,8 milhões de toneladas para safra velha e 10,7 milhões para a safra nova – ambos números incluindo 50% da posição de desconhecidos. O Brasil já não é a origem mais barata posto China para embarque setembro e outubro. Durante o início da semana ofertas no PNW chegavam na China com desconto de até 20 centavos por bushel.
“FARELO CHINA”: O protocolo de requisitos fitossanitários para a exportação de farelo à China, apresentado nesta sexta-feira a representantes do setor de grãos, indica que o derivado não deve conter as pragas quarentenárias que preocupam o país asiático (Callosobruchus maculatus, Zabrotes subfasciatus e Solenopsis invicta).
Também não deve conter outras pragas e sementes de plantas quarentenárias e excrementos ou carcaças de animais, penas de aves, solo e transgênicos não oficialmente aprovados pela China, segundo documento obtido pelo Broadcast Agro.
Uma das preocupações dos chineses no caso do farelo é evitar contaminação por salmonela, como já havia sido indicado por fontes do setor, com limite máximo residual por amostra. A carga de farelo exportada pelo Brasil também deve obedecer aos padrões chineses de segurança e higiene em alimentos para animais.
RIO GRANDE DO SUL: Embora em recuperação, mercado ainda fraco, mas com potencial de alta
MERCADO operou misto hoje, com leves ganhos nos prêmios para agosto e setembro, quedas no dólar e altas bastante irrelevantes em Chicago. Além disso, China voltou a demandar soja brasileira, mostrando estar com estoques baixos até a entrada da safra americana. No mercado interno, com a alta dos preços das carnes e do óleo nos supermercados, principais consumidores dos subprodutos da soja, a demanda segue lenta e não dá suporte aos preços. Por sua vez, as variações no mercado externo também são bastante inexpressivas e quase sempre trabalham nesta dinâmica de altas de dólar e baixas de Chicago ou vice-versa, assim diminuindo ainda mais as movimentações do grão neste período. Contudo, com a reestruturação da demanda externa, como foi indicado que ocorrerá a partir de agora, o mercado pode vir a mudar bastante.
- PREÇOS DE PEDRA: caiu a R$ 174,00, após alta de R$ 2,00/saca.
- PREÇOS NO PORTO: Rio Grande se valoriza em R$ 1,00/saca e vai a R$ 192,50, nos primeiro dois dias do mês quedas expressivas foram vistas, mas os preços se recuperam lentamente: atualmente estão R$ 4,50/saca abaixo dos de sexta-feira passada, sendo que na segunda eram R$ 7,50/saca.
- PREÇOS NO INTERIOR: alta vista apenas em Cruz Alta onde o preço evoluiu em R$ 0,50/saca e alcançou a marca de R$ 187,50. Quanto às demais posições, os preços continuaram nos últimos valores vistos, com Ijuí a R$ 187,00, Passo Fundo a R$ 187,50 e Santa Rosa a R$ 186,00.
SANTA CATARINA: Preços permanecem parados, nada de negócios
Porto de São Francisco do Sul em Santa Catarina marca manutenção para essa sexta-feira, permanecendo a R$ 192,00. Mais ao meio do pregão o preço pela saca no porto catarinense chegou a alcançar R$ 193,00, mas nenhum negócio foi efetuado a esses níveis e os preços rapidamente retornaram as marcas anteriores, fechando um dia sem expressão após uma quinta-feira de negócios.
PARANÁ: Com queda de R$ 1/saca em Ponta Grossa e no porto, sexta foi de pouca movimentação
Cenário interno do Paraná segue sem mudança pelo segundo mês, não havendo interesse por parte do produtor ou do comprador em efetuar negócios acima do escoamento base. Neste dia 05/08/22 as movimentações foram bastante divididas, não se viu muita expressão por parte de Chicago (alta de apenas 0,09%) que ainda permaneceu positiva, houve uma valorização nos prêmios e dólar caiu de forma expressiva (-1,03%), anulando a altsa do mercado futuro e não permitindo alta nos preços.
- PREÇOS NO PORTO FUTUROS: marcaram queda de R$ 1,00/saca, o que levou os preços a R$ 188,00 para 05/09, R$ 189,00 para 05/10 e R$ 190,00 para 04/11.
- PREÇOS NO INTERIOR: poucos movimentos foram vistos, Cascavel e Maringá permaneceram parados em R$ 167,00. Pato Branco permaneceu parado em R$ 166. Ponta Grossa, por fim, acompanhou o porto e caiu também em R$ 1,00/saca e foi a R$ 186,00.
- PONTA GROSSA FUT: R$ 188,00 para pagamento em 5/11, também marcando queda de R$ 1,00/saca.
MATO GROSSO DO SUL: altas generalizadas, mas, raros de negócios
MS marca dia de movimentos positivos mesmo diante de um mercado de poucas movimentações. Hoje Chicago se valorizou de forma bem inexpressiva e o dólar se desvalorizou de forma considerável. Como os prêmios também marcaram um dia de positividade os preços respondendo a demanda tiveram o impulso necessário para a valorização, ainda assim nada foi efetuado em negócios. Ademais, vamos aos preços: Dourados, Campo Grande, Maracaju e Sidrolândia se valorizaram em R$ 1,00/saca, indo respectivamente a R$ 178,00, R$ 178,00, R$ 177,00 e R$ 176,00. Chapadão do Sul, por sua vez, se valorizou de forma mais expressiva em R$ 2,00/saca e foi a R$ 174,00.
MATO GROSSO: Sexta feira, foi dia bastante dividido
Os últimos dados trazidos com os valores que serão vistos abaixo e na tabela ao lado, esse mercado foi bastante volátil, com tanto o dólar quanto Chicago marcando movimentações expressivas e inversamente proporcionais, segue as cotações do dia para exemplificar: Soja grão subiu +3,85%, farelo em +6,68% e óleo em +0,97%, dólar por sua vez, se desvalorizou em -1,10%.
Vamos aos preços: Campo Verde a R$ 164,10, ganho de R$ 1,40/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 153,80 marcando baixa de R$ 1,80/saca. Nova Mutum a R$ 161,50 ao permanecer sem mudanças. Primavera do Leste a R$ 164,80, ao se valorizar em R$ 0,20. Rondonópolis, por sua vez a R$ 164,80, desvalorização de R$ 3,00/saca. Sorriso, pôr fim, a R$ 161,50 ao subir R$ 0,10/saca.
MATOPIBA: Sexta feira, foi dia de quedas
Região de Balsas no Maranhão traz novas cotações com quedas de R$ 1,00/saca, preço a R$ 168,00. O Porto Franco, também no Maranhão ficou a R$ 167,00, também perdendo R$ 1,00/saca. Porto Nacional-TO, por sua vez, permaneceu a R$ 152,40. Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 164,00 após perda de R$ 1,00/saca. E por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, preço ficou a R$ 167,00, com maio de 2023 permanecendo a R$ 150,00 após perda de R$ 1,00/saca.
Fonte: T&F Agroeconômica