FECHAMENTOS DO DIA 03/01: O contrato de soja para janeiro23 fechou em forte queda de 2,11% ou $ 32,0 cents/bushel a $ 1487,25. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em queda de 2,02%, ou $ 31,0 cents/bushel a $ 1499,0. O contrato de farelo de soja para março fechou em queda de 0,35% ou $ 1,7/ton curta a $ 476,8 e o contrato de óleo de soja para março fechou em queda de 1,02% ou $ 0,65/libra-peso a $ 63,16.
CAUSAS DA QUEDA: O baixo volume de inspeções de embarques nos EUA causou certa decepção do lado da demanda. Os fundos especulativos teriam desarmado as posições compradas. A alta do dólar pressionou as commodities em geral. As previsões de seca e altas temperaturas na Argentina sustentaram os preços, gerando preocupação pelo lado da oferta.
FATORES QUE INFLUENCIARAM A CBOT:
a) A Bolsa de Cereais de Buenos Aires classificou a safra de soja da Argentina em apenas 10% de boa a excelente;
b) A soja de março fechou acima de $ 15 no final do ano (que é o maior fechamento de final de ano já registrado);
c) Brasil pode ter safra recorde de soja de 152 MT em 2023;
d) A China está vendo um aumento nos casos e mortes de Covid, mas fala-se que eles podem emitir um pacote de estímulo para ajudar sua economia.
NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA
BRASIL-NOVA POLÍTICA AGRÍCOLA: O novo ministro da Agricultura do Brasil fez seu primeiro discurso no cargo, mencionando que o país terá dobrado a área de grãos em 20 anos sem desmatamento, se este ano garantir um aumento de 5% no plantio de pastagens degradadas. Carlos Favaro também mencionou a intenção de formar estoques governamentais de milho, arroz e feijão para obter a segurança alimentar nacional, planejando expandir a CONAB e usá-los para rastrear os estoques.
EXPORTAÇÃO MENOR EUA: O USDA informou que a exportação semanal de soja foi de 1,46 MMT durante a semana encerrada em 29/12, queda de 1,77 MMT versus a semana passada e comparada com 1,62 MMT durante a mesma semana do ano passado. A China foi o principal destino com 908k MT (~62%). A exportação acumulada atingiu 28,62 MMT, queda de 7,1% em relação ao ritmo do ano passado.
EXPORTAÇÕES MENORES DE ÓLEO DE PALMA: Empresa privada AmSpec Agri. relata que as exportações de óleo de palma da Malásia foram de 1,499 MMT em novembro, um volume 2,8% menor do que em outubro. As remessas do ano inteiro até novembro totalizaram 15,43 MMT, perdendo o ritmo de 2021 em 6,65%.
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Altas de até R$ 4,00/saca no interior, negócios seguem lentos
Mercado segue apático, com fábricas no interior mais competitivas do que as tradings no porto. Hoje os preços passaram por considerável alta motivada especialmente pelas altas do dólar, apesar disso o cenário não sofreu impactos suficientemente fortes para ocasionar uma mudança de cenário, o produtor aguarda por movimentos mais expressivos. Além disso, o mercado financeiro como um todo se vê passando por expressivas inconsistências devido as
tensões políticas internas ao Brasil, havendo um trade-off entre a compra/venda de mercadoria e o investimento desse capital, todas as decisões são cautelosamente pesadas.
Ainda assim, a demanda interna volta a aumentar com a entrada de janeiro e deve encontrar nova expressão mais para o meio do mês. Dado o panorama, vamos aos preços: No porto, preço passa por manutenção e segue a R$ 189,00. No interior, todas as posições marcaram expressiva alta, com Ijuí e Passo Fundo marcando altas de R$ 3,00/saca e indo a R$ 185,00. Cruz Alta superando ao se valorizar em R$ 4,00/saca e ir a R$ 186,00. Santa Rosa por fim, se valorizando um pouco menos ao subir em R$ 2,0/saca e ir a R$ 185,00.
SANTA CATARINA: Permanece parado, nada de negócios
Santa Catarina continua firme em seus preços, sem que novas quedas ocorressem, mas também não se viu altas de nenhum tipo, algo que deveria ter sido diferente hoje devido as boas altas vistas em Chicago, mas o valor não foi convertido para os preços dessa região. Porto de São Francisco do Sul segue a R$ 180,00.
PARANÁ: Dia de altas expressivas, demanda se fortalece no interior, mas e qualidade da safra piora
CONDIÇÃO DAS LAVOURAS NO ESTADO: A semana que antecedeu o Natal foi marcada por chuvas isoladas e temperaturas amenas. A partir do dia 24/12 as temperaturas se elevaram e as chuvas ficaram mais intensas, nos dias 27 e 28/12 ocorreram temporais nas áreas ao Norte e Leste do Estado e no dia 02/01 foram registradas tempestades no Oeste paranaense. Ademais, quanto ao plantio, segundo relatório Deral, 100% da área destinada a cultura de soja esta plantada, com 1% mantendo-se em geminação, 41% mantendo-se em desenvolvimento vegetativo, outros 40% em floração e por fim, já com 18% em frutificação. Os estágios de desenvolvimento da safra estão bastante dispersos, devido às dificuldades climáticas enfrentadas na plantação que forçaram replantagem em algumas áreas. Ademais, quanto a condição, estima-se que 4% esta ruim, 16% esta média e 80% marcando perdas de qualidade expressivas em relação a semanas anteriores, na safra anterior, a esse ponto, 90% estava em excelente qualidade.
MERCADO: Dado o panorama, vamos as cotações internacionais: o complexo de soja fechou com a soja grão a -2,11%, farelo -0,35% e óleo a -1,02%. O dólar, por sua vez, passou por alta de +0,98%, cotando a R$ 5,4521. PREÇOS NO PORTO FUTUROS: preços passaram por alta de R$ 1,00/saca, com a indicação mais próxima a R$ 181,00, fevereiro trouxe preços a R$ 174,50, Março a R$ 172,00 e Abril a R$ 171,00. PREÇOS NO INTERIOR: Altas bastante expressivas foram vistas, com Cascavel, maringa e Pato Branco subindo em R$ 6,00/saca e alcançando respectivamente R$ 169,00, R$ 169,00 e R$ 168,00.
MATO GROSSO DO SUL: Dia de perdas, nada de negócios
Mercado sul-mato-grossense segue em terreno negativo, impactado pelas perdas de Chicago do dia e ainda lidando com demanda relativamente baixa. No entanto, essas baixas não devem ser mantidas por tempo estendido, os preços caíram abaixo do fundo traçado até o fim do ano passado, mas assim como muitas das regiões mais ao sul, deve vir a marcar altas em breve. Se o mercado voltar a se valorizar amanhã a lógica previamente estabelecida será mantida. Ademais, assim como visto em dezembro, a tais preços muitas vezes o produtor nem mesmo fixou valores, deixando o mercado abandonado. Além disso, de forma geral produtor acredita em valorizações para metade de janeiro e por conta disso não se move. Vamos aos valores de soja: Dourados a R$ 170,00 após perda de R$ 2,00/saca. Campo Grande a R$ 170,00, perdendo R$ 2,00/saca. Maracaju a R$ 169,00, também perdendo R$ 2,00/saca. Sidrolândia a R$ 168,00 ao perder R$ 2,00/saca. Chapadão do Sul a R$ 167,00 ao ser mais afetada e perder R$ 3,00/saca.
MATO GROSSO: Mercado passa por altas expressivas de até R$ 11,00/saca, negócios seguem lentos
Mercado mato-grossense passa por dia de muita volatilidade, com altas de até R$ 11,10/saca sendo vistas após o impacto dos dias não precificados atingir o mercado. Pode-se notar que o dólar afetou muito esses preços e além disso a demanda voltou fortemente. Em relação a demanda, é importante dar atenção especial a Rondonópolis, que tendo 4 fábricas esmagadoras recebe naturalmente volume extraordinário. Ademais, apesar da demanda ter retornado com força e os preços terem subido muito, além de Rondonópolis o cenário segue muito conservador, não se vê muitos volumes correndo, o produtor aguarda por posições melhores que devem vir com a piora das safras tanto internas ao Brasil quanto externas. Vamos aos valores: Campo Verde a R$ 173,00 marcando alta de R$ 3,40/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 149,60, mantendo-se. Nova Mutum a R$ 154,00, marcando alta de R$ 1,00/saca. Primavera do Leste a R$ 172,00 após alta de R$ 11,10/saca. Rondonópolis, por sua vez, a R$ 170,00 ao subir R$ 7,10/saca. Sorriso, por fim, a R$ 153,50 subindo em R$ 1,50/saca.
MATOPIBA: Mercado dividido, negócios parados
Região de Balsas no Maranhão traz cotações com mercado marcando alta expressiva de R$ 9,00/saca, com isso o preço foi a R$ 163,00. O Porto Franco-MA marcou queda de R$ 8,00/saca e com isso o preço foi a R$ 162,00. Pedro Afonso que agora substitui Porto Nacional nas cotações trouxe valor de R$ 158,40, vendo quedas de R$ 2,60/saca. Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 161,00, marcando alta de R$ 4,00/saca. E por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, preço ficou a R$ 164,00, com queda de R$ 1,00/saca.
Fonte: T&F Agroeconômica