FECHAMENTOS DO DIA 09/02: O contrato de soja para janeiro23 fechou em queda de 0,03% ou $ 0,50 cents/bushel a $ 1519,25. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em queda de 0,13%, ou $ 2,0 cents/bushel a $ 1511,75. A cotação de maio24 fechou em queda de 0,24% ou $ 3,25 cents/bushel a $ 1356,50. O contrato de farelo de soja para março fechou em forte alta de 2,82% ou $ 13,6/ton curta $ 495,5 e o contrato de óleo de soja para março fechou, em forte queda de 2,54% ou $ 1,54/libra-peso a $ 59,04.

CAUSAS DA LEVE QUEDA: O mercado cogitou a possibilidade de deslocamento da demanda para a América do Sul, dado o avanço da colheita no Brasil. Estimativa de estoques nos EUA ligeiramente acima do esperado pelo mercado, operada na mesma direção. Na Argentina, a situação climática é preocupante. Novos ajustes de rendimento não estão descartados. A farinha estava bem firme.

NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA 09/02

EUA-VENDAS SEMANAIS: As vendas semanais de exportação de soja foram de 459.443 toneladas, de acordo com o FAS do USDA. Isso caiu 38% em relação à semana passada e foi apenas 35% na mesma semana do ano passado, ficando um pouco acima da faixa baixa de expectativas. Os compromissos da safra antiga foram de 1,754 bbu, ou 88% da previsão do USDA. Os compromissos de novas safras estavam em 903k MT, ou 80% atrás do ritmo de vendas antecipadas do ano passado.

SHOW RURAL: LIRA DIZ QUE LEI KANDIR DEVE SER REVISITADA NA REFORMA TRIBUTÁRIA: O presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a Lei Kandir, que isenta o ICMS das exportações de produtos primários – tende a ser revisitada na discussão da reforma tributária. “Estamos formando um grupo de trabalho para discutir a reforma tributária. Vamos tentar revisitar esses assuntos em dois a três meses. No âmbito da reforma tributária, penso que essas questões de Estado importador, exportador e lei Kandir deverão ser revisitadas”, disse Lira a uma plateia de produtores rurais e lideranças cooperativistas durante participação no Show Rural Coopavel, feira agrícola realizada pela cooperativa em Cascavel (PR).

ARGENTINA: BOLSA DE CEREAIS REDUZ PRODUÇÃO DE SOJA PARA 38 MILHÕES DE T: A Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu sua estimativa para a safra de soja da Argentina, de 41 milhões para 38 milhões de toneladas. Segundo a bolsa, a seca e as altas temperaturas durante a primeira metade do ciclo de cultivo causaram perdas significativas de rendimento. As perdas nas lavouras de soja do centro da área agrícola devem ficar entre 30% e 40%, estimou a bolsa. A bolsa informou que 13% da safra de soja apresentava condição boa ou excelente, ante 12% na semana anterior. A parcela em condição normal passou de 42% para 39%, enquanto o porcentual em condição regular ou ruim aumentou de 46% para 48%.

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Preços se recuperam bem em até R$ 3,00/saca, negócios seguem bem lentos

MERCADO: Assim como ontem, hoje foi um dia de melhores preços para o mercado de soja do RS. O dólar se fortaleceu de forma muito expressiva e, consequentemente, o mercado brasileiro também foi afetado positivamente.

NO PORTO: Em comparação com os preços de ontem, a saca de soja foi oferecida por R$ 184,00 (ganho de R$ 3,00/saca) no porto de Rio Grande. NO INTERIOR: enquanto no interior os preços foram de R$ 177,00 em Ijuí (ganho de R$ 2,00/saca), R$ 178,00 em Cruz Alta (ganho de R$ 2,00/saca), R$ 177,00 em Passo Fundo (ganho de R$ 2,00/saca) e R$ 177,00 em Santa Rosa (ganho de R$ 2,00/saca). Claro, ainda há preocupação com a falta de chuvas na região, mas com a recuperação de preços, o produtor volta a olhar com mais atenção para o mercado. Mesmo que a situação ainda não esteja totalmente clara, os preços mais
altos estão dando um pouco mais de segurança. Alguns poucos volumes foram escoados.

RELATÓRIO EMATER-RS: Embora o plantio de soja tenha tecnicamente encerrado, segue a preocupação dos produtores do Estado. Ocorreram algumas precipitações, mas, de modo geral, estas foram irregulares e de baixo volume, insuficientes para alterar o quadro de estiagem presente, a não ser em algumas áreas onde as chuvas tiveram volumes satisfatórios. Estão em floração 47% da área, fase considerada crítica em relação à necessidade de Água, com isso se destaca grande risco de qualidade. As demais fases são 32% em geminação, 21% em enchimento.

SANTA CATARINA: Preço marca alta de R$ 1,00/saca no porto, ainda sem negócios efetuados

MERCADO: Preços passam por dia de alta em resposta ao dólar que se fortaleceu muito. Os preços em Santa Catarina passam por bom momento, onde já não ocorrem baixas expressivas por toda a semana e o preço está R$ 5,00/saca acima do de semana passada, ainda assim, efetuar negócios tem se mostrado difícil. Preços no porto de São Francisco do Sul a R$ 177,00, alta de R$ 1,00/saca hoje.

PARANÁ: Poucos movimentos, valorização de até R$ 3,00/saca no porto

MERCADO de soja paranaense de hoje apresentou apenas duas variações de preço, sendo uma no porto, com valorização e outra na região de Ponta Grossa, com perda. De acordo com especialistas, o preço da soja manteve-se estável na maior parte do estado, com valorização motivada pelo dólar sendo vista apenas no porto. Apesar disso, os preços ainda se mostram distantes das ideias de venda do produtor, que evita abrir mão de volumes muito expressivos. Depois do Wasde de ontem, Chicago levou leve golpe, devido aos estoques pouco maiores do que o esperado nos EUA e com isso o mercado brasileiro se vê obrigado a manter os olhos na América do Sul, onde as perdas ainda não são claras. NO PORTO: houve boa valorização de R$ 3,00/saca para pagamento 30/03 e entrega ainda em fevereiro, o que levou seu preço mais próximo a R$ 175,00. Para 30/04 basta somar R$ 2,00/saca a mais para R$ 177,00.

NO INTERIOR: Em Ponta Grossa, o preço da soja caiu R$ 1,00 por saca, fazendo-o retornar a R$ 171,00 e o colocando novamente consideravelmente atrás do porto para os contratos mais próximos. Além disso, as regiões mantiveram-se paradas, com Cascavel e Maringá cotadas a R$ 160,00 e Pato Branco acompanhando de perto a R$ 159,00. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja marcou baixa, com o grão de soja caindo a -0,98%, o farelo subindo +2,82% e o óleo caindo -2,54%. Já o dólar subiu muito em +1,51%, sendo cotado a R$ 5,2788 ao fim do pregão.

MATO GROSSO DO SUL: Valorizações geral de até R$ 1,00/saca, poucos volumes negociados

MERCADO: Mato Grosso do Sul registrou um dia de valorizações de até R$ 1,00/saca. Continuando sem efetuar muitos negócios e com o mercado bem pouco motivado para efetuar movimentos mais expressivos, nem mesmo poucos volumes foram escoados. Fixações de preços seguem bem complicadas, mesmo quando os preços sobem, em dias de queda não é diferente. Da mesma forma como tem sido visto nas demais regiões mais ao sul do país, produtores do MS se sentem inseguros em abrir mão de seus estoques, seja soja velha ou nova, isso se deve especialmente a insegurança com estoque.

PREÇOS PRATICADOS: Dourados a R$ 155,50 (perda de R$ 1,50/saca), Maracaju a R$ 156,00, Sidrolândia a R$ 155,00 (ganho de R$ 1,00/saca), Campo Grande a R$ 157,50 (ganho de R$ 0,50/saca), São Gabriel a R$ 155,00 (ganho de R$ 1,00), Chapadão do Sul a R$ 153,00 (ganho de R$ 1,00/saca). O mercado basicamente se recuperou das quedas de ontem.

MATO GROSSO: Mais um dia de valorizações expressivas por todo o Estado, ganhos de até R$ 2,00/saca

MERCADO de soja em Mato Grosso passou por dia de expressiva positividade, visto que as chuvas seguem paradas e o produtor se alegra com o avanço da colheita, com isso o mercado se destrava a produtividade inigualável do MS encontra espaço para aparecer, se antes havia preocupação com a qualidade da safra, essa percepção, embora ainda exista, não está mais em primeiro lugar. Segundo especialistas da região, avanços de 15% foram vistos essa semana na colheita, isso leva o total colhido para 25% a esse ponto e negócios começam a sair com frequência crescente, embora os números exatos ainda não estejam disponíveis. O produtor agora mais seguro com o estoque, deixa de se preocupar tanto com os preços e passa a efetuar vendas a partir de R$ 151,00. Como de forma geral os preços já passaram bem disso, espera-se que o escoamento esteja sendo bem constante todos os dias.

PREÇOS PRATICADOS: Campo Verde a R$ 155,00 (alta de R$ 1,80/saca). Lucas do Rio Verde a R$ 147,10 (alta de R$ 1,80/saca). Nova Mutum a R$ 152,30 (alta de R$ 2,00/saca). Primavera do Leste a R$ 157,00 (alta de R$ 2,00/saca). Rondonópolis a R$ 162,00 (alta de R$ 2,00/saca) e Sorriso a R$ 158,00 (alta de R$ 2,00/saca).

MATOPIBA: Dia dividido entre altas e baixas de até R$ 5,00/saca

Dia dividido entre altas e baixas pelas regiões de MATOPIBA, a predominância é claramente de baixas motivadas em especial pela perda expressiva de grão e óleo. Em Balsas, Maranhão, as cotações fecharam em R$ 153,00, registrando uma perda expressiva de R$ 5,00/saca. No Porto Franco-MA após as expressivas valorizações do pregão anterior, o mercado voltou a cair em R$ 2,00/saca e foi a R$ 155,00. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço ficou a R$ 149,90, também caindo em R$ 2,00/saca. Já Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 160,00 marcando manutenção. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 155,00, com alta de R$ 1,50/saca.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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