A área cultivada de milho no Estado é de 810.380 hectares. A produtividade atual é estimada em 4.440 kg/ha, representando redução de 39,49% em relação à projeção inicial.
A colheita avançou mais lentamente no Estado, evoluindo em propriedades que dispõem de estrutura própria de armazenamento e em pequenas produções. As estruturas comerciais ou coletivas concentram a logística na colheita de soja. O índice subiu três pontos percentuais e alcançou 77%.
A produtividade é variável, conforme a distribuição das chuvas e o uso de irrigação. Em lavouras que não possuem essa tecnologia e as precipitações foram insuficientes, os resultados foram ainda piores.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em São Gabriel, as lavouras plantadas em fevereiro apresentaram bom desenvolvimento vegetativo e se encontram em início da floração. Há boa expectativa de produção, caso as temperaturas se mantenham mais elevadas. Porém, em uma eventual queda, os produtores destinarão essas lavouras para silagem. Em Manoel Viana, a colheita foi finalizada, e a produtividade alcançada foi de 2.400 kg/ha, representando redução de 75% na produção municipal.
Na de Caxias do Sul, a produtividade estimada é de 6.781 kg/ha, com redução de 13,85% em comparação à avaliação inicial. A colheita supera 20% do total da área cultivada. Estão em maturação 55% das lavouras, e o restante em enchimento de grãos. O rendimento obtido, até o momento, é de 6.550 kg/ha. Embora esteja aquém do esperado, os grãos apresentam qualidade adequada e muito boa sanidade.
Na de Erechim, 90% das lavouras foram colhidas, e 10% estão em enchimento de grãos. A estimativa de produtividade é de 4.904 kg/ha, representando redução de 48,36% na projeção inicial.
Na de Ijuí, no período, a colheita permaneceu suspensa para que fosse realizada a operação na soja. As lavouras de segundo cultivo, que representam 3% da área, apresentaram pequena recuperação devido à reposição da umidade no solo em decorrência das precipitações. Na região, a estiagem provocou uma redução de 44% na produtividade, alcançando apenas 5.150 kg/ha.
Na de Pelotas, a produtividade estimada é de 2.326 kg/ha, representando redução de 53,47% em relação à expectativa inicial. A colheita avançou muito lentamente. As chuvas, durante o período, atingiram todos os municípios da região e apresentaram maiores acumulados, o que favoreceu a uniformização da umidade nos solos e nas lavouras semeadas em janeiro e fevereiro.
Na de Santa Rosa, a produtividade está estimada em 4.928 kg/ha, indicando redução de 40,26% na comparação com a estimativa projetada. A colheita mantém o índice em 87%, há várias semanas, à espera das lavouras de cultivo em safrinha. As lavouras da safra foram colhidas e apresentaram rendimentos que variam de acordo com a época de plantio, ciclo das variedades, manejo e tecnologias empregadas. As chuvas acumuladas em março foram muito importantes para as lavouras implantadas em janeiro e fevereiro, as quais apresentam boas condições de desenvolvimento. São realizadas as aplicações da adubação nitrogenada de cobertura e controle de ervas daninhas e pragas.
Na de Soledade, 68% das lavouras foram colhidas. As lavouras de semeadura tardia em sucessão a tabaco/feijão/milho safra silagem apresentam maior parte da área em desenvolvimento vegetativo, mas cresceu a proporção de lavouras na fase reprodutiva. De modo geral, por ingressar nessa fase, o milho sofreu aumento do estresse hídrico, e muitas lavouras voltaram a apresentar sintomas de falta de água, como folhas enroladas, decorrente diminuição da atividade fisiológica e perda de potencial produtivo. O retorno das precipitações, em parte da região, nos dias 25 e 26/03, amenizou a situação, porém, em grande parte da região produtora, o déficit hídrico continua. Na região, a produtividade é estimada em 3.290 kg/ha, consistindo em redução de 35,48% na projetada.
Comercialização (saca de 60 quilos)
De acordo com o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Estado, a cotação média do milho apresentou redução abrupta de -6,06%, passando de R$ 81,35 para R$76,42.
Fonte: Informativo Conjuntural n° 1756- Emater/RS
