FECHAMENTOS DO DIA 16/10: O contrato de soja para novembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em alta de 0,47 %, ou $ 6,00 cents/bushel a $ 1286,25. A cotação de maio24, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 0,43 % ou $ 5,75 cents/bushel a $ 1331,75. O contrato de farelo de soja para dezembro fechou em alta de 0,05 % ou $ 0,2 ton curta a $ 390,2 e o contrato de óleo de soja para dezembro fechou em alta de 2,80 % ou $ 1,52/libra-peso a $ 55,90.
CAUSAS DA ALTA: A soja negociada em Chicago fechou em alta nessa segunda-feira. Bons dados do USDA para as inspeções semanais de embarques deram suporte para a cotação. O Departamento informou um aumento de 43,28% em relação a semana anterior nos embarques. Além disso, a demanda pelos subprodutos também está aquecida. Foi relatada uma grande venda de farelo de soja para as Filipinas e um aumento na demanda interna do óleo de soja. Com isso, a soja conseguiu uma leve alta nessa segunda.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
O MUNDO MUDOU-EUA SE TRANSFORMAM DE EXPORTADOR EM IMPORTADOR DE ÓLEO DE SOJA: Graças aos biocombustíveis os EUA se transformaram em um importador líquido de óleo de soja pela primeira vez na história A demanda crescente americana de óleo de soja, impulsada por mandatos de uso de combustíveis baixos em carbono, seguirá suplantando as exportações de óleo de soja em 2023/24, afastando os EUA do mercado mundial de exportação dessa commodity. A produção estadual americana de biodiesel e especialmente de biodiesel hidrotratado ou HVO (Óleo Vegetal Hidrotratado) vem crescendo significativamente nos últimos anos para cumprir os compromissos oficiais de uso interno, tanto federais como estaduais, os quais são motivados tanto por fatores ambientais, como de saúde pública (os gases de escape de gasolina foram reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde como criadores de câncer de veia e pulmão).
Ainda que estejam montando e projetando novas fábricas de moagem de soja, além de ampliar as existentes, com o objetivo de aumentar os suprimentos internos de óleo de soja, boa parte do abastecimento é gerado a partir de fontes importadas. Até há poucos anos, os EUA eram um importante fornecedor internacional de óleo de soja para o mundo, com exportações atingindo um pico de 1,5 milhões de toneladas em 2009/10 e uma média de um milhão de toneladas entre 2010 e 2021. “Mas em 2022/23, as exportações de óleo de soja dos EUA caíram drasticamente para apenas 170.000 toneladas. Ao mesmo tempo, as importações de óleo de soja ultrapassaram as exportações, tornando os EUA um importador de óleo de soja pela primeira vez na história”, observou um relatório publicado pelo USDA.
EUA-CLIMA SECO CONTINUA: O QPF atualizado de 7 dias da NOAA mostra condições mais secas para o cinturão do milho/soja para ajudar no ritmo da colheita.
EUA-EXPORTAÇÕES MAIORES: O USDA anunciou uma venda privada de exportação de 183 mil toneladas de farelo de soja para as Filipinas. O relatório semanal de Inspeções teve 2,01 milhões de toneladas de exportações de soja na semana encerrada em 12/10. Isso representou um aumento de 43% na semana e 4% acima da mesma semana do ano passado. A China foi o principal destino com 1,36 MMT do total. Os dados semanais mostraram embarques totais de feijão de 5,4 milhões de toneladas métricas para a temporada, uma vantagem de 14,5% em relação ao ritmo do ano passado.
EUA-ESMAGAMENTO DE SETEMBRO FOI MAIOR: Os membros da NOPA processaram 165.456 mbu (4,50 MT) de soja em setembro, um aumento de 2,5% em relação a agosto e 4,6% em relação a setembro de 22. A estimativa média do comércio era de 161,7 mbu(4,40 MT). O fornecimento de óleo de soja aos membros da NOPA foi de 1,108 bilhão de libras, o menor desde dezembro de 2014.
BRASIL-PLANTIO DE SOJA MAIS LENTO: A empresa de análise privada Pátria Agronegócios estima que o ritmo de plantio de soja no Brasil seja de 17,4%, ante 22,6% no ano passado.
EUA-SITUAÇÃO DAS LAVOURAS DE SOJA: O USDA informou no final da tarde dessa segunda-feira que 97% da soja está em fase de quedas de folhas, ante 93% da semana passada, 95% do ano anterior e acima dos 93% da média histórica. Quantos as condições das lavouras dos 18 estados listados houve uma leve melhora no quadro geral. A soja manteve em 18% em condições pobre ou muito pobre, como na anterior, ante 15% do mesmo período do ano passado. Reduziu para 30% em condições razoáveis, ante 31% da semana passada e 28% ano anterior. Já a soja em boas ou excelentes condições subiu para 52%, ante os 51% da semana anterior e abaixo dos 57% do ano passado. A colheita avança em todos os estados, com 63% a área pretendida colhida, ante 43% da semana passada, acima dos 60% do ano anterior e dos 52% da média histórica.
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Preços voltam a marcar retornos de R$ 0,50/saca nesta segunda-feira
CONTEXTO DO DIA: Sem novidades no mercado de soja, salvo as ocasionadas pela elevação das cotações em Chicago no dia de ontem com produtor vendendo apenas o necessário para o dia-a-dia. Compradores seguem com suas demandas no outubro, e alguma coisa em novembro, mas não impedirá uma queda brusca nos embarques. NO PORTO: No porto melhor preço do dia, quando dólar esteve alto, foi de R$ 151,00 para 30 de outubro, marcando queda de R$ 0,50/saca. NO INTERIOR: em Cruz Alta o preço foi de R$ 143,50 marcando baixa de R$ 0,50/saca. Em Ijuí o valor foi a R$ 143,00, caindo em R$ 1,00/saca. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz o preço foi a R$ 142,50, caindo em R$ 0,50/saca. Em Passo Fundo, por fim, o preço foi de R$ 143,00, também ouve queda de R$ 0,50/saca.
SANTA CATARINA: Preços parados em dia sem movimentos de negócios, mercado segue frio
CONTEXTO DO DIA: Preços marcam manutenção no Estado de Santa Catarina, não se soube de mudança nos volumes sendo vendidos, as saídas diárias não passaram de níveis de manutenção, mas produtor segue bastante focado no campo. Diante das muitas complicações com as chuvas na região, produtor deixa claro que seu foco não está no lucro no momento, mas sim em proteger as diversas safras prejudicadas. PREÇOS DE HOJE: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 142,00.
PARANÁ: Altas de preços de até R$ 5,00/saca, negócios seguem sem expressão
CONTEXTO DO DIA: Negócios seguem na apatia costumeira, sem mudar a perspectiva. Altas vistas são efeito rebote, atrasado do mercado em relação aos baixos estoques de óleo de soja. Com os preços do óleo subindo, os demais produtos de soja são impactados também positivamente. Os negócios, por outro lado, parecem ter sido deixados em segundo plano em relação ao campo. NO PORTO: cif Paranaguá marcou alta de R$ 2,00/saca, indo a R$ 146,00 com pagamento em 02/12 e entrega em novembro. NO INTERIOR: o mercado de soja spot Ponta Grossa marca manutenção, ainda a 138,00. Nas demais posições temos altas expressivas, com Cascavel a R$ 135,00 com alta de R$ 3,50/saca. Maringá a R$ 138,00 sem novos movimentos e Pato Branco a R$ 133,00 após dia de manutenção. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 128,00, após alta de R$ 3,00/saca. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja foi marcado por movimentações divididas de média expressão. O grão de soja passou por alta de 0,47%, o farelo passou por alta de 0,05% e o óleo em alta de 2,80%. O dólar por sua vez marca baixa de 1,01%, sendo cotado a R$ 5,0372 ao fim do pregão.
MATO GROSSO DO SUL: Preços em queda de R$ 2,00/saca, negócios parados
CONTEXTO DO DIA: Cenário segue sem mudanças de expectativa diante de um dia quase completamente parado em termos de negócios. Preços seguem marcando variações sem muito significado, com preços em uma gangorra de altas e baixas que não se mantêm. PREÇOS DE HOJE: todos os preços marcaram queda de R4 2,00/saca – em Dourados os preços foram cotados a R$ 126,00. Em Maracaju o preço foi a R$ 124,00. Em Sidrolândia o preço foi de R$ 123,00. Em Campo Grande o preço foi de R$ 126,00 e em Chapadão do Sul o preço foi a R$ 122,00.
MATO GROSSO: Preços marcam altas gerais de até R$ 0,70/saca, negócios seguem na mesma
CONTEXTO DO DIA: Regiões de Mato Grosso marcam altas de preços, com o produtor continuando com movimentações bastante amenas e foco na plantação. Agora com o nível de água e temperatura em bons pontos para às plantações, em especial na região sul do Estado, se vê velocidade nos processos de campo, algo que se mostra lógico diante da diminuição temporária da demanda. PREÇOS PRATICADOS: Todos os preços marcaram alta, com isso – Campo Verde a R$ 124,60 subindo R$ 0,30/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 120,10 após alta de R$ 0,10/saca. Nova Mutum a R$ 121,85 após alta de R$ 0,05/saca. Primavera a R$ 125,20 após alta de R$ 0,40/saca. Rondonópolis a R$ 127,20 com alta de R$ 0,70/saca. Sorriso, por fim, a R$ 119,40 após alta de R$ 0,20/saca.
MATOPIBA: Dia sem movimentos, negócios parados
CONTEXTO DO DIA: Como visto na maioria das regiões do Brasil, o complexo do MATOPIBA segue extremamente parado, com níveis mínimos de comercialização e apenas em regiões específicas, tornando a tarefa de saber exatamente o quanto está sendo escoado praticamente impossível. Sabe-se, no entanto, que o plantio avança bem, sem termos um senso exato até o momento. PREÇOS PRATICADOS: Balsas a R$ 116,00. No Porto Franco-MA o preço foi de R$ 125,00. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço foi de R$ 122,00. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 110,00 sem se mover. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 123,00.
Fonte: T&F Agroeconômica