FECHAMENTOS DO DIA 20/10: O contrato de soja para novembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em baixa de -1,01 %, ou $ -13,50 cents/bushel a $ 1302,25. A cotação de maio24, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -0,55 % ou $ -0,55 cents/bushel a $ 1344,00. O contrato de farelo de soja para dezembro fechou em alta de 0,21 % ou $ 0,9 ton curta a $ 423,9 e o contrato de óleo de soja para dezembro fechou em alta de 0,53 % ou $ 0,28/libra-peso a $ 53,39.
CAUSAS DA BAIXA: A soja negociada em Chicago fechou em baixa nessa sexta-feira. Assim como seus pares nas bolsas de grãos, a soja fechou a semana em baixa após a realização de lucros por parte dos Fundos de Investimentos. A soja grão e o farelo de soja tiveram uma boa valorização durante toda a semana, movimento contrário ao óleo de soja, que fechou o dia e a semana em baixa. Para o grão, pesou a perspectiva dos avanços na colheita americana. A previsão de chuvas no centro-oeste brasileiro e os dados da Administração Geral de Alfândegas da China, mostrando a forte demanda da soja brasileira também pressionaram a cotação nessa sexta-feira. O farelo de soja tomou tração essa semana com a perspetiva de um aumento na demanda Chinesa pelo subproduto, com o aumento da matriz de suínos, e a redução da oferta argentina. Já o óleo de soja, perdeu forço no acumulado da semana, pela baixa demanda. Com isso a soja fechou a semana em alta de 1,72% ou $22,00 cents/bushel na cotação de novembro23. Farelo de soja acumulou forte alta de 8,69% ou $33,9 ton-curta e o óleo de soja fechou o período em baixa de -1,82 % ou $ – 0,99/libra-peso, ambos com vencimento para dezembro23.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
ARGENTINA-SECA COMERCIAL: A partir de novembro próximo, diversas indústrias esmagadoras argentinas planejam suspender as linhas de produção devido à impossibilidade de fornecimento de soja. Neste mês de outubro, o setor conseguiu processar um certo volume graças às mercadorias originadas durante o mês de setembro no âmbito do “dólar soja 4”. Porém, até o momento em outubro o ritmo de comercialização da soja entrou em colapso, devido ao crescente descompasso entre a taxa de câmbio especial do “dólar soja 4” e a taxa de câmbio do mercado (dinheiro com liquidação ou CCL), que, apesar de intervencionada, quase duplica a atual taxa de câmbio da soja. A possibilidade de importar soja de países vizinhos não é mais viável, enquanto os itens disponíveis no mercado argentino são limitados devido ao desastre climático registrado no ciclo 2022/23. Pelo menos quatro milhões de toneladas de soja 2022/23 ainda estão nas mãos dos produtores argentinos, o que representa um volume muito baixo para poder garantir a emenda em fevereiro do próximo ano com a nova safra paraguaia. Isto implica que, mesmo considerando todas as dificuldades macroeconómicas que conspiram com as decisões de venda dos produtores, há um volume médio disponível de apenas 1,30 milhões de toneladas para os próximos novembro e janeiro, quando o sector necessita de pelo menos 2,0 milhões para evitar uma situação crítica devido à capacidade ociosa. Neste quadro, os preços do futuro Soja Rosário Novembro 2023 da Matba-Rofex praticamente não têm “teto” devido ao desespero da demanda para originar mercadorias. Fonte: Valor Soja
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Preços voltam a cair de forma pontual em um dia de realizações
CONTEXTO DO DIA: Dia de realizações de lucro em Chicago, após uma semana bem positiva para o complexo soja. Previsão de boas chuvas para o centro- oeste deverão trazer acomodação nos vencimentos mais longos. Compradores seguem com suas demandas no outubro, e alguma coisa em novembro, mas não impedirá uma queda brusca nos embarques. NO PORTO: No porto melhor preço do dia, quando dólar esteve alto, foi de R$ 154,00 para 17 de novembro, marcando queda de R$ 0,80/saca. NO INTERIOR: em Cruz Alta o preço foi de R$ 146,70 após queda de R$ 0,80/saca. Em Ijuí o valor foi a R$ 146,20, caindo em R$ 0,80/saca. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz o preço foi a R$ 145,70, caindo em R$ 0,80/saca. Em Passo Fundo, por fim, o preço foi de R$ 146,20, também houve queda de R$ 0,80/saca.
SANTA CATARINA: Preços marcam manutenção, negócios saindo lentamente
CONTEXTO DO DIA: Preços marcam manutenção no porto de Santa Catarina, semana lenta de cerca de 30.000 toneladas comercializadas. Produtor segue bastante focado no campo. Diante das muitas complicações com as chuvas na região, produtor deixa claro que seu foco não está no lucro no momento, mas sim em proteger as diversas safras prejudicadas. PREÇOS DE HOJE: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 145,00.
PARANÁ: Dia sem movimentos, negócios saindo sem muita consistência
CONTEXTO DO DIA: Negócios seguem na apatia costumeira, sem mudar a perspectiva. A maioria das movimentações vistas se devem a movimentações do dólar, há pouco fundamento para soja nesse momento, muitos dos produtores estão focados apenas no campo ou lidando com milho, que tem visto níveis escoados muito mais expressivos, enquanto isso o cenário de soja segue como um quadro parado, os mesmos problemas a semanas. NO PORTO: cif Paranaguá marcou manutenção, ainda a R$ 146,00 com pagamento em 02/12 e entrega em novembro. NO INTERIOR: o mercado de soja spot Ponta Grossa marca manutenção, ainda a 139,00. Nas demais posições temos predominância de repetição, com Cascavel a R$ 135,00. Maringá a R$ 136,00 e Pato Branco a R$ 133,00 após dia de manutenção. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 128,00, em manutenção. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja foi marcado por movimentações divididas de média expressão. O grão de soja passou por baixa de 1,01%, o farelo passou por alta de 0,21% e o óleo em alta de 0,53%. O dólar por sua vez marca baixa de 0,43%, sendo cotado a R$ 5,0313 ao fim do pregão.
MATO GROSSO DO SUL: Preços se repetem, negócios seguem parados
CONTEXTO DO DIA: Cenário segue sem mudanças de expectativa diante de um dia quase completamente parado em termos de negócios. Preços marcam variações positivas pela terceira sessão consecutiva, podendo significar uma melhora do cenário, algo que se deve a ambos a valorização do farelo e a valorização do dólar no dia de hoje. PREÇOS DE HOJE: todos os preços marcaram manutenção – em Dourados os preços foram cotados a R$ 132,00. Em Maracaju o preço foi a R$ 131,00. Em Sidrolândia o preço foi de R$ 130,00. Em Campo Grande o preço foi de R$ 132,00 e em Chapadão do Sul o preço foi a R$ 128,00.
MATO GROSSO: Preços seguem marcando baixas em movimento de reajuste da realização de lucros
CONTEXTO DO DIA: Regiões de Mato Grosso marcam baixa de preços, com o produtor continuando com movimentações bastante amenas e foco na plantação, isso se deve ao estrangulamento dos fretes para o Sul, algo que tem preocupado os produtores da região, passando de R$ 450,000 a tonelada. Agora com o nível de água e temperatura em bons pontos para às plantações, em especial na região sul do Estado, se vê velocidade nos processos de campo, algo que se mostra lógico diante da diminuição temporária da demanda. PREÇOS PRATICADOS: Todos as regiões, com exceção de Campo Verde marcaram baixa, com isso – Campo Verde a R$ 124,60 subindo R$ 2,60/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 1200 após baixa de R$ 1,60/saca. Nova Mutum a R$ 120,60 após baixa de R$ 1,40/saca. Primavera a R$ 125,00 após baixa de R$ 2,00/saca. Rondonópolis a R$ 126,90 com baixa de R$ 2,10/saca. Sorriso, por fim, a R$ 119,50 após baixa de R$ 2,50/saca.
MATOPIBA: Dia sem movimentos, negócios sem mudança
CONTEXTO DO DIA: Como visto na maioria das regiões do Brasil, o complexo do MATOPIBA segue extremamente parado, com níveis mínimos de comercialização e apenas em regiões específicas, tornando a tarefa de saber exatamente o quanto está sendo escoado praticamente impossível. Sabe-se, no entanto, que o plantio avança bem, sem termos um senso exato até o momento. PREÇOS PRATICADOS: Balsas a R$ 119,00. No Porto Franco-MA o preço foi de R$ 125,00. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço foi de R$ 122,00. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 110,00 sem se mover. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 125,00.
Fonte: T&F Agroeconômica