FECHAMENTOS DO DIA 03/11: A cotação para dezembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em alta de 1,54 % ou $ 7,25 cents/bushel a $ 477,25. A cotação de março24, referência para a nossa safra de verão, fechou em alta de 1,49 % ou $ 7,25 cents/bushel a $ 492,25.

CAUSAS DA ALTA: O milho negociado em Chicago fechou o dia em alta, mas a semana em baixa. As compras de oportunidade deram um fôlego para o cereal no final da semana, que após duas baixas consecutivas atingiram o mesmo patamar de dezembro de 2020. A desvalorização do dólar frente várias moedas foi outro incentivo aos investidores. A manutenção de um clima problemático no Brasil, na semeadura da soja, coloca dúvidas sobre potencial tamanho da safrinha de milho, o que também deu uma sustentação às cotações essa sexta-feira. No entanto, a melhor nas condições de plantio na Argentina, a grande oferta de milho no mundo e a fraca demanda pelo grão americano, ainda mantêm o cereal pressionado, dificultado altas significativas. Com isso o milho fechou a semana em queda de -0,73% ou $-3,50 cents/bushel para a cotação de dezembro23.

NOTÍCIAS IMPORTANTES

EUA-PREÇOS DOS SUBPRODUTOS: O relatório semanal do Etanol do USDA apresentou preços variando de US$ 1,86 a US$ 1,94/galão regionalmente, o que foi principalmente 10-27 centavos mais fraco na semana. Os DDGS foram cotados entre US$ 175 e US$ 220, principalmente perto de US$ 185 e principalmente entre US$ 3 e US$ 10 mais altos na semana. O mercado de óleo de milho foi mostrado como 53-59 centavos/lb regionalmente, principalmente mais baixo em 2-5 centavos.

ARGENTINA-COMO O PREÇO MAIS CARO FICOU O MAIS BARATO DO MUNDO EM QUESTÃO DE DIAS? Nos últimos dias, a Argentina passou “magicamente” de ter o milho mais caro do mundo para ter o mais barato. Esta não é uma questão de mercado, mas uma das muitas distorções implementadas pelo governo do país. Em outubro passado, os valores FOB dos produtos de milho definidos pelo Ministério da Agricultura começaram a subir desproporcionalmente em relação às referências presentes no Brasil e nos Estados Unidos. Enquanto o valor do milho brasileiro e americano caía, o milho argentino, estranhamente, subia. E isso porque os valores FOB tomados como referência no caso argentino correspondem aos publicados pelo Ministério da Agricultura, que devem ser utilizados tanto para o cálculo do direito de exportação (que é pago antecipadamente em 90%) quanto para a liquidação final, para entrar no momento do embarque. Isto implica que, ao aumentar o referido valor FOB, o que acontece é que a base tributária aumenta e, portanto, aumenta indiretamente a “retenção” em vigor sobre o cereal.

Isto é: as autoridades do Ministério da Agricultura têm uma forma, através da “alteração” dos FOB oficiais, de aumentar os direitos de exportação. Às vezes de forma oculta e outras vezes, como no caso recente do milho, de forma traiçoeira. No mês passado, os exportadores registraram embarques de milho de 2,62 milhões de toneladas, das quais 332.095 toneladas foram feitas com embarque imediato (DJVE-30) com o objetivo de evitar o pagamento antecipado de retenções. Com as sucessivas prorrogações dos prazos de embarque do milho concedidas pelo governo nacional, os exportadores estão “muito comprados” em milho. No entanto, o registo dos embarques tem sido feito aos poucos, enquanto se espera que os preços oficiais dos cereais se alinhem com as referências internacionais. Ninguém quer pagar mais. Agora que a base tributária do direito de exportação e a liquidação final da operação retornaram aos níveis de mercado, é provável que os registros dos embarques de milho aumentem. Fonte: Valor Soja

B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL

B3 fecha em baixa acompanhando o dólar, mas semana ainda teve saldo positivo.

CAUSAS DA BAIXA: Os contratos de milho na BMF fecharam em baixa nesta sexta-feira. A sessão exprimida no meio do feriado “prolongado” no Brasil, a B3 fechou novamente em baixa, mas ainda manteve parte dos ganhos da semana. Movimento contrario ao observado em Chicago. Para a bolsa brasileira, a queda no dia (-1,54%) do dólar, somou-se a semanal em -2,33% . O que tira parte da competitividade do cereal nos portos. A queda no acumulado da semana para as cotações de Chicago, -0,73 para dezembro e -0,61% para março, também pesaram na composição dos preços no Brasil. No entanto, os bons volumes exportados até o momento ainda deram sustentação ao milho na semana. Vale aqui observar que o Brasil está com diversos problemas logísticos nos últimos dias, que pode reduzir o nosso ritmo de exportação.

OS FECHAMENTOS DO DIA 03/11: Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em baixa: o vencimento de novembro/23 foi de R$ 60,14, baixa de R$ -0,74 no dia, alta de R$ 0,74 na semana; janeiro/24 fechou a R$ 63,63 baixa de R$ -0,41 no dia, alta de R$ 1,14 na semana; o vencimento março/24 fechou a R$ 67,59, baixa de R$ -0,44 no dia e alta de R$ 1,17 na semana.

Fonte: T&F Agroeconômica



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