Por T&F Agroeconômica
FECHAMENTOS DO DIA 25/01: O contrato de soja para março24, a próxima data negociada nos EUA, fechou em baixa de -1,39%, ou $ -17,25 cents/bushel a $ 1223,00. A cotação de maio24, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -1,30 % ou $ -16,25 cents/bushel a $ 1230,25. O contrato de farelo de soja para março fechou em baixa de -1,35 % ou $ -5,1 ton curta a $ 358,2 e o contrato de óleo de soja para março fechou em baixa de -1,67 % ou $ -0,79/libra-peso a $ 46,53.
CAUSAS DA BAIXA: A soja negociada em Chicago fechou em baixa nesta quinta-feira. Os dados divulgados pelo USDA de vendas externas ficaram abaixo da expectativa de mercado. O USDA informou que exportadores do país venderam 560,9 mil toneladas de soja da safra 2023/24, valor muito abaixo do intervalo de 700 mil e 1.200 mil toneladas esperado pelo mercado. O volume representa queda de 28% ante a semana anterior, mas alta de 6% em relação à média das quatro semanas anteriores.
Apesar do volume comprado pela China, a ausência de vendas avulsas de soja norte-americana para o país asiático é motivo de preocupação, principalmente por causa de sinais de desaceleração da economia chinesa. As previsões de chuvas intensas no Centro-Oeste do Brasil também pressionaram a oleaginosa. Estas chuvas ainda podem beneficiar áreas tardias ou de replantio.
A Bolsa de Cereais de Buenos Aires ampliou a perspectiva de produção da safra 23/24 de soja, passando de 50 para 52,5 milhões de toneladas, o que reduz a pressão sobre a perspectiva da produção total da América do Sul.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
BRASIL/LOGÍSTICA: ARCO NORTE EMBARCOU 33,8% DA SOJA E 41,6% DO MILHO NACIONAL EM 2023: Os portos do Arco Norte foram responsáveis por 33,8% das exportações de soja do Brasil em 2023. Ao longo do ano passado, 34,3 milhões de toneladas da oleaginosa passaram pelos terminais do Norte/Nordeste do País, informou hoje o Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O número é inferior aos 37,6% embarcados em 2022, quando os portos da região carregaram 29,6 milhões de toneladas.
O porto de Santos (SP) escoou 30% do grão em 2023, contra 32,7% no exercício anterior, disse o boletim. Os embarques pelo Porto de Paranaguá, no Paraná, totalizaram 14,1%, contra 13% no ano anterior. A origem das cargas para exportação ocorreu, prioritariamente, dos Estados de Mato Grosso, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul. O Boletim Logístico registra também que, entre janeiro e dezembro de 2023, as exportações totais de soja do Brasil foram de 101,8 milhões de toneladas, contra 78,7 milhões em 2022, aumento de 29,2%.
CONAB/QUEDA NOS FRETES: Ainda de acordo com a Conab, houve leve queda nos preços do frete agropecuário em Mato Grosso em dezembro, “tendência que deve se persistir neste mês, à espera da colheita da soja, momento em que há uma intensificação no fluxo”. Além disso, a perspectiva de uma menor produção de soja e milho em 2024 no Estado se reflete nas projeções de ganhos com frete para este ano. O patamar de preços tendo Mato Grosso como origem encontra-se elevado, com valores inéditos para dezembro, observa o texto. “Trata-se de um novo nível de preços, e não há qualquer perspectiva de que o mercado possa retroceder aos patamares prévios”, destaca o superintendente de Logística Operacional da Conab, Thomé Guth, no boletim.
Outros Estados também apresentaram baixa nas cotações de frete, como Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia, Piauí, Maranhão e o Distrito Federal. Já em Minas Gerais, os fretes mantiveram patamares de preços muito semelhantes aos do mês anterior, enquanto no Paraná tiveram variações positivas para os destinos pesquisados.
ARGENTINA-SAFRA DE SOJA PODERÁ SER DE 52,5 MT: Com 90% das plantações de soja plantadas em todo o país em condição hídrica adequada/ótima. Após uma redução de 6 pp, 92% dos quadros refletem uma condição Normal/Excelente. Por outro lado, 14% já transitam da fase de formação de vagens. Após o último ajuste de superfície, onde a área foi aumentada em 200 mHa, atingindo 17,3 MHa e no contexto atual, atualizamos nossa projeção de produção para 52,5 MT, informou a BCBA. Contudo, para sustentar esta produção serão necessárias chuvas futuras, que terão um papel fundamental na passagem pelas fases críticas de definição da produtividade e, por sua vez, daquelas de maior procura de água; que se não acontecerem, poderão impactar nossa projeção atual.
EUA-EXPORTAÇÕES DE SOJA ABAIXO DA EXPECTATIVA: Os dados semanais da FAS mostraram que 560.869 toneladas de soja foram reservadas durante a semana que terminou em 18/01. Ficou abaixo das expectativas e representou 57% do volume do ano passado. Os compromissos de soja estavam em 37,9 milhões de toneladas em 18/01, em comparação com 45,3 milhões de toneladas no ano passado.
EUA-EXPORTAÇÕES DE FARELO E ÓLEO DENTRO DAS EXPECTATIVAS: Os dados semanais de vendas de exportação do USDA também registraram 255,8 toneladas de vendas de farelo de soja, o que estava alinhado com as estimativas. As vendas de óleo de soja foram relatadas em 118 MT em comparação com os -5 mil a +10 mil MT esperados.
BRASIL-EXPORTAÇÕES MENORES DO QUE A EXPECTATIVA, MAS MAIORES QUE O ANO PASSADO: Embora as exportações brasileiras de soja estejam desacelerando sazonalmente, fontes de frete estão projetando que os embarques de janeiro ainda totalizarão 2,3 milhões de toneladas, contra menos de 1 milhão de toneladas em janeiro de 2023. A colheita de soja está aumentando para a safra de 2024, com Mato Grosso agora com cerca de 13% concluída e Paraná com 12%. As estimativas nacionais ainda estão na faixa de 6-7%.
BRASIL-CHUVAS: O Brasil verá chuvas em 2/3 do norte do país nos próximos 10 dias. Isto está sendo apresentado como um atraso na colheita da soja e, portanto, no plantio do milho segunda safra, mas também significará mais umidade do solo para a germinação da referida segunda safra.
Fonte: T&F Agroeconômica