A cultura do arroz apresenta bom desenvolvimento, e há perspectiva de boa safra, favorecida pelo clima. As temperaturas mais baixas, no meio da semana, prejudicam a cultura em fase reprodutiva, mas de forma pontual.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as primeiras lavouras de arroz, implantadas no início de outubro, já estão atingindo a fase de maturação. Conforme relatos, já inicia a colheita em Maçambará e em São Borja. Embora a amostragem seja pequena, os produtores de Maçambará estão relatando produtividades abaixo da expectativa inicial, apontando o excesso de chuvas na fase de desenvolvimento vegetativo bem como baixas temperaturas na floração como principais causas.

Em São Borja, as produtividades estão atingindo as projeções iniciais estimadas para a cultura. Nas demais áreas, predomina a fase de floração e de início do enchimento dos grãos. Restam algumas lavouras, implantadas na segunda quinzena de dezembro, na fase vegetativa, nas quais ainda são realizados tratos culturais, como a segunda aplicação de ureia e de herbicidas em áreas de escapes de plantas daninhas.

Os produtores estão apreensivos em relação aos danos potenciais à cultura em razão das temperaturas muito baixas em Bagé (9,5 °C), em Santana do Livramento (11,6 °C) e em Dom Pedrito (12,9 °C), ocorridas em 14/02. A disponibilidade de água deve ser suficiente até o final do ciclo na maioria das propriedades, sendo possível a elevação da altura da lâmina de irrigação para minimizar os efeitos do frio sobre a cultura.

Na de Pelotas, as lavouras de arroz foram altamente beneficiadas pelo clima seco e ensolarado nas últimas semanas, promovendo desenvolvimento favorável, principalmente no estágio de enchimento de grãos, e estabelecendo expectativas positivas para a produtividade, dentro do esperado. As áreas estão sob irrigação adequada, e os produtores continuam monitorando a presença de pragas e de doenças.

Na de Porto Alegre, em Sentinela do Sul, na cultura do arroz irrigado, com estimativa de área plantada em torno de 2.600 hectares, as lavouras apresentam boas condições de desenvolvimento, em função da disponibilidade de água para irrigação. As elevadas temperaturas verificadas no período do Carnaval, podem ter ocasionado algum abortamento de flores em plantio mais tardios ou de ciclo mais longo. Porém, não se verificou redução brusca de temperaturas, que poderiam ocasionar o mesmo problema.

A maioria das lavouras encontra-se na fase de enchimento do grão, e algumas já em fase de maturação. Na de Santa Maria, mais de 75% das lavouras se encontram em período reprodutivo – floração, enchimento de grão e maturação. A disponibilidade de água nos reservatórios é satisfatória e superior ao observado nas últimas três safras agrícolas na região. O cultivo de aproximadamente 121 mil hectares necessita de atenção especial durante a colheita, pois ocorreram atrasos e necessidade de replantios por ocasião das frequentes e intensas chuvas, em novembro e dezembro.

Os manejos culturais, como presença de lâmina da água e tratos fitossanitários, têm apresentado boas respostas devido às condições climáticas favoráveis, proporcionando o bom desenvolvimento da cultura, exceto em áreas replantadas ou onde houve atraso do plantio em função das enchentes e das chuvas excessivas de novembro.

Na de Soledade, o retorno das chuvas favoreceu o desenvolvimento da cultura. Apesar do atraso na semeadura, causado pelas enchentes, as lavouras avançam as fases, e as plantas alcançam estatura próxima aos níveis produtivos esperados. Em relação aos tratos culturais, adubações nitrogenadas em cobertura são aplicadas em lavouras de semeadura tardia; a gestão da lâmina d’água nos quadros está em andamento.

O monitoramento de pragas e doenças é realizado, e são aplicados produtos fitossanitários, conforme necessário. Entre as fases, 45% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo, 35% em florescimento, 17% em fase de enchimento de grãos e 3% entram em maturação.

Comercialização (saca de 50 quilos)

Conforme o levantamento semanal de preços realizados pela Emater/RS-Ascar, a saca de arroz apresentou redução de 4,57% em média, no Estado, passando de R$ 117,58 para R$ 112,21/sc. Os preços pagos pelo grão estão caindo significativamente, porém ainda estão em uma faixa que proporciona boa remuneração para as lavouras com produtividade dentro da média histórica da cultura.

Fonte: Emater/RS



 

FONTE

Autor:Emater/RS

Site: Informativo Conjuntural 1803

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