Análise semanal da tendência dos preços
FATORES DE ALTA
a) Na quinta, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu sua projeção de 52,5 milhões para 51 milhões de toneladas. A revisão para baixo se deveu à tendência de queda dos rendimentos esperados no Nordeste da Argentina, no centro-norte de Córdoba e na área entre o norte de La Pampa e o oeste de Buenos Aires, disse a bolsa.
A colheita de soja no país alcançou 10,6% da área apta, avanço de 8,7 pontos porcentuais na semana. O rendimento médio nacional estava em 3.990 quilos por hectare. A condição das lavouras piorou levemente na última semana. Segundo a bolsa, 78% da safra apresentava condição entre normal e excelente, ante 79% na semana anterior. A parcela em condição regular ou ruim subiu de 21% para 22%.
b) A estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra do Brasil, que foi reduzida de 146,9 milhões para 146,5 milhões de toneladas, contribuiu para os ganhos.
c) Exportadores dos EUA vêm relatando vendas avulsas de soja nos últimos dias. Segundo o USDA, foi relatada venda de 124 mil toneladas para destinos não revelados, com entrega prevista para o ano comercial 2023/24. Somente nesta semana, essas vendas somam 502 mil toneladas.
d) Fator de alta no Brasil e baixa nos EUA, o dólar valorizou 2,11% na última semana com dados econômicos dos EUA e aumento das tensões geopolíticas. Dólar fortalecido é sinal de demanda externa pelos grãos no Brasil, frente ao produto americano.
FATORES DE BAIXA
a) Exportadores dos EUA, no entanto, vêm relatando vendas avulsas de soja nos últimos dias. Segundo o USDA, foi relatada venda de 124 mil toneladas para destinos não revelados, com entrega prevista para o ano comercial 2023/24. Somente nesta semana, essas vendas somam 502 mil toneladas.
b) A Administração Geral de Alfândegas da China (Gacc, na sigla em inglês) informou,nesta sexta-feira, que o país importou 5,54 milhões de toneladas de soja em março, o que representa queda de 19% ante igual período de 2023. No acumulado do ano, as importações somam 18,57 milhões de toneladas, recuo de 10,8% na comparação anual. Este é menor volume importado no mês de março em 4 anos.
c) Na quinta, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) também reduziu sua previsão para a produção brasileira, de 156 milhões para 155 milhões de toneladas. “O USDA está bem mais otimista do que autoridades locais”, observou em nota o Commerzbank. No entanto o corte veio muito aquém do esperado pelo mercado, que projetava a redução para 151,7 milhões de toneladas.
SOJA encerrou a semana em alta com recuperação técnica, mas não conteve baixa semanal
FECHAMENTOS DO DIA 12/04
O contrato de soja para maio24, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 1,27%, ou $ 14,75 cents/bushel a $ 1174,00. A cotação de julho24, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 1,22 % ou $ 14,25 cents/bushel a $ 1186,75. O contrato de farelo de soja para maio fechou em alta de 2,62 % ou $ 8,8 ton curta a $ 344,4 e o contrato de óleo de soja para maio fechou em baixa de -0,28 % ou $ -0,13/libra-peso a $ 45,89.
ANÁLISE DA ALTA:
A soja negociada em Chicago fechou em alta nesta sexta-feira, mas em baixa no acumulado da semana. A oleaginosa passou por correção técnica após ter recuado nas quatro sessões anteriores e acumulado perda de 2,17% no período.
Os cortes feitos nas safras brasileira e argentina pelas entidades locais, e em menor volume que o esperado, pelo USDA também deram suporte a recuperação das cotações. O mercado observou que, na última semana, foram informadas vendas externas de 502 mil toneladas de soja, contrastando com a baixa demanda vigente.
No entanto, a alta desta sexta não conteve o resultado negativo para o acumulado da semana. Com isso a soja fechou o período em baixa de -0,51% ou $-6,00 cents/bushel. O farelo de soja fechou a semana em alta de 3,27% ou $ 10,9 ton curta. O óleo de soja acumulou perdas de -4,69% ou $ -2,29 libra/peso.
Fonte: T&F Agroeconômica
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