FECHAMENTOS DO DIA 30/10
Milho: A cotação de dezembro24, referência para a nossa safra de inverno, fechou em baixa de -0,60% ou $ -2,25 cents/bushel a $ 411,25. A cotação para março25, fechou em baixa de -0,35 % ou $ -1,50 cents/bushel a $ 425,50.
ANÁLISE DO MIX
O milho negociado em Chicago fechou de forma mista nesta quarta-feira. O mercado olhou para o forte ritmo de colheita nos EUA e a melhora na agilidade do plantio da soja no Brasil, o que evita uma redução na janela do milho safrinha, e optou pela realização de lucros no curto prazo. Do outro lado da moeda estão os bons dados de demanda interna e externa.
Pela terceira semana consecutiva a produção de Etanol aumentou e os estoques reduziram. Exportadores anunciaram uma nova venda de 273 mil toneladas. Neste sentido a expectativa para o relatório das vendas semanais está alta, entre 1,8 e 4 MMT. No fim o cereal fechou muito perto da estabilidade com leves perdas e ganhos no dia.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Milho fecha em leve baixa em linha com Chicago. Rabobank vê aumento de demanda interna
Os principais contratos de milho encerraram o dia com preços em baixa nesta quarta-feira (30). A leve queda veio em sintonia com Chicago que caiu -0,60% no dia. Para este meio de semana, vamos destacar a análise do Rabobank para a próxima safra do Brasil, em linha
com o que já apontamos nos boletins anteriores.
A produção de milho no Brasil deve alcançar 125 milhões de toneladas na safra 2024/25, crescimento de 2,5% em relação à temporada anterior, segundo a analista sênior de grãos e oleaginosas do Rabobank, Marcela Marini. A analista apontou que “A demanda interna de milho tende a ter um aumento importante, com impacto do aumento da capacidade das plantas de etanol de milho, como também da produção de frangos e suínos”, na mesma linha que já destacamos nas últimas semanas. Para o consumo doméstico, o Rabobank projeta que o volume atinja 90 milhões de toneladas na safra 2024/25, um incremento em relação aos 85 milhões de toneladas do ciclo anterior.
“A função do mercado vai ser aumentar os prêmios para garantir que essas 90 milhões de toneladas se realizem em 24/25, tanto para garantir o abastecimento das plantas de etanol, como eu mencionei, como também do mercado interno voltado para a ração animal.” Marini alertou, entretanto, que a forte demanda interna deve levar a uma nova queda nas exportações de milho. “A nossa expectativa é que a gente observe uma segunda redução das exportações de milho”, afirmou, prevendo que os embarques totais alcancem 36 milhões de toneladas em 2024/25.
OS FECHAMENTOS DO DIA 30/10
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam variações em preços em baixa no dia: o vencimento de novembro/24 foi de R$ 73,20, apresentando baixa de R$ -0,09 no dia, alta de R$ 1,57 na semana; janeiro/25 fechou a R$ 77,01, alta de R$ 0,01 no dia, alta de R$ 2,99 na semana; o vencimento março/25 fechou a R$ 76,73, baixa de R$ -0,08, no dia e alta de R$ 1,92 na semana.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-NOVAS VENDAS (altista)
A continuidade do interesse externo no milho dos Estados Unidos deu algum apoio ao mercado, confirmado hoje pelo USDA, que nos seus relatórios diários reportou uma nova venda do grão 2024/2025 para destinos desconhecidos, de 273.048 toneladas.
EUA-MAIS ETANOL, MAIS DEMANDA DE MILHO (altista)
O relatório semanal da Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos voltou a ser positivo para o mercado, dado que elevou hoje – muito ligeiramente – a produção diária de etanol de 1.081 mil para 1.082 mil barris, volume superior aos 1.052 mil barris do mesmo período em 2023, ao mesmo tempo que reduziu os estoques de biocombustíveis de 22.223.000 para 21.771.000 barris, valor que se manteve acima dos 21.012.000 barris em estoque de um ano atrás.
UCRÂNIA-PRODUÇÃO MENOR DO QUE A ESPERADA (altista)
O relatório do adido agrícola do USDA na Ucrânia estimou a produção e as exportações de milho 2024/2025 do quarto fornecedor mundial de milho em 23,30 e 17,80 milhões de toneladas, respectivamente, abaixo dos 26,20 e 23 milhões projetados, respectivamente, pela organização no último relatório oficial publicado no dia 11 deste mês.
AUMENTO DA PRODUÇÃO DE ETANOL NO BRASIL
O Santander avaliou, em relatório, que haverá expansão significativa na produção de etanol de milho no Brasil, estimando que o setor adicionará 4,8 bilhões de litros por ano ao mercado até 2027. Esse avanço demanda investimento superior a R$ 17 bilhões, ampliando a demanda por milho em 11 milhões de toneladas anuais. A instituição acredita que essa expansão pode levar a um au mento gradual nos preços do milho, especialmente em Mato Grosso, onde 34% dessa nova capacidade produtiva estará concentrada. Atualmente, o Brasil produz aproximadamente 6 bilhões de litros de etanol de milho.
Fonte: T&F Agroeconômica
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