Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 03/12/2024
FECHAMENTOS DO DIA 03/12
O contrato de soja para janeiro, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 0,66%, ou $ 6,50 cents/bushel a $ 991,75. A cotação de março, fechou em alta de 0,63 % ou $ 6,25 cents/bushel a $ 997,25. O contrato de farelo de soja para janeiro fechou em alta de 0,87 % ou $ 2,5 ton curta a $ 290,4 e o contrato de óleo de soja para janeiro fechou em alta de 1,74 % ou $ 0,72/libra-peso a $ 42,14.
ANÁLISE DA ALTA
A soja negociada em Chicago fechou em alta nesta terça-feira. As cotações tiveram suporte nos bons dados do óleo de soja. O USDA informou o esmagamento de soja em outubro em 5,87 milhões de toneladas. O valor recorde ficou acima da expectativa do mercado. Os estoques do óleo de soja também ficaram abaixo do mês anterior e da expectativa do mercado. A demanda internacional também está aquecida. No entanto a alta foi limitada pelo progresso do plantio no Brasil. A Conab informou o avanço da semeadura de soja 2024/2025 acima de 90% da área planejada, ante 83,30% da semana anterior e 83,10% no mesmo período em 2023.
Todos os estados produtores apresentam níveis de avanço superiores aos do ano passado. Com isso diversos agentes de mercado estão elevando suas perspectivas para a safra brasileira. Conab e USDA divulgarão na próxima semana suas revisões mensais do quadro de oferta e demanda, onde devem analisar a recente agilidade no plantio do Brasil.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-ESMAGAMENTO RECORDE (altista)
O relatório mensal que o USDA publicou ontem com dados sobre o processamento da soja também apoiou o grão e o óleo. A entidade reportou o volume de moagem durante o mês de outubro em 5,87 milhões de toneladas, um recorde que superou os 5,74 milhões esperados em média pelos operadores e os 5,08 milhões de setembro. Quanto aos estoques de óleo de soja, foram de 673.585 toneladas, abaixo das 689.460 toneladas calculadas pelas empresas privadas e das 680.084 toneladas do mês anterior.
INDIA AUMENTA IMPORTAÇÕES DE ÓLEOS VEGETAIS (altista)
A Índia contribuiu para a recuperação do óleo depois de ter aumentado as suas importações de óleos vegetais em novembro para o nível mais alto em quatro meses, após comprar 1,6 milhões de toneladas, mais 12% do que em outubro, segundo noticiou hoje a agência Reuters. Esse volume incluiu 850 mil toneladas de óleo de palma (+0,5%), 410 mil toneladas de óleo de soja (+20%) e 341 mil toneladas de óleo de girassol (+43%). A Índia compra óleo de palma da Indonésia, Malásia e Tailândia, enquanto importa óleo de soja e girassol da Argentina, Brasil, Rússia e Ucrânia.
TENSÕES ENTRE EUA E CHINA (baixista para Chicago, eventualmente altista para o Brasil)
O limite para as altas foi imposto pelas tensões entre os Estados Unidos e a China sobre as exportações chinesas, agora proibidas pelo governo de Xi Jinping, de minerais estratégicos para empresas tecnológicas norte-americanas, um dia depois de a Administração Biden ter lançado uma ofensiva comercial contra o setor chinês de chips. A guerra comercial parece ter antecipado a posse de Trump.
Quarta consultoria a elevar para 170MT a produção de soja no Basil (baixista)
Hoje o consultor americano Michael Cordonnier elevou sua previsão para o volume da colheita de soja no Brasil de 168 para 170 milhões de toneladas, volume superior aos 169 e 166,14 milhões de toneladas projetados pelo USDA e Conab que atualizarão seus relatórios no dia 10. e 12º do atual, respectivamente.
BRASIL-REVISÃO DE CHUVAS (baixista)
Em relação ao clima no Brasil, a previsão para os próximos sete dias do Instituto Nacional de Meteorologia prevê volumes acumulados superiores a 100 milímetros em áreas do centro-sul do Brasil, principalmente entre o norte do Rio Grande do Sul, o oeste de São Paulo e Mato Grosso do Sul. “Esta previsão inclui as áreas mais secas do sul do estado de Mato Grosso, com acumulações esperadas de pelo menos 70 milímetros neste período”, disse a agência.
Fonte: T&F Agroeconômica