A semeadura alcançou 90% da área projetada para a safra. Atualmente, 40% das lavouras encontram-se em fase vegetativa; 25%, em florescimento; 34%, em enchimento de grãos; e 1%, em maturação.

As chuvas, em 20/11 e 01/12, proporcionaram alívio aos produtores, pois melhorou os níveis de umidade do solo. No entanto, a escassez hídrica, no início de novembro, ocasionou variações no potencial produtivo entre as lavouras. Em áreas com déficit hídrico significativo entre o final de outubro e meados de novembro, as perdas de produtividade estão consolidadas, variando conforme a intensidade e a duração do estresse. Mesmo assim, caso o regime hídrico se mantenha favorável até a colheita, espera-se que a produção supere a safra anterior.

Nas áreas irrigadas, o potencial produtivo permanece elevado, beneficiado pela alta disponibilidade de radiação solar durante o dia e pelas temperaturas amenas à noite, fatores que favorecem o desenvolvimento das plantas.

Os manejos realizados pelos produtores variam conforme o estágio de desenvolvimento das lavouras e a viabilidade econômica. De maneira geral, nas áreas em semeadura, germinação/emergência e início do desenvolvimento vegetativo, são realizadas adubações e controle de plantas daninhas. A aplicação de inseticidas e fungicidas ocorre de forma pontual, quando indicada a necessidade de controle.

Para a Safra 2024/2025, a Emater/RS-Ascar estima o cultivo de 748.511 hectares, e a produtividade média de 7.116 kg/ha.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, em Alegrete, Rosário do Sul, Santana do Livramento e São Gabriel, os produtores iniciaram os preparativos para a semeadura de milho do tarde. As práticas incluem adubação nitrogenada e potássica de base. O plantio realizado em dezembro ocorre após a conclusão da semeadura de arroz, e o escalonamento serve para diminuir o risco de déficit hídrico durante a fase de florescimento e enchimento de grãos. Em Itacurubi e Maçambará, as perdas de produtividade, devido ao déficit hídrico das lavouras do cedo, estão consolidadas.

Na de Caxias do Sul, as lavouras mais precocemente semeadas encontram-se em fase de pendoamento e floração. A expectativa média atual é de 8 mil kg/ha.

Na de Erechim, a cultura encontra-se predominantemente em fase de pendoamento. A expectativa de produtividade está em 9 mil kg/ha.

Na de Frederico Westphalen, 40% das lavouras estão em florescimento e 60% em enchimento de grãos. As chuvas constantes têm elevado a expectativa de produtividade média, que está em 8.600 kg/ha.

Na de Ijuí, cerca de 85% da área cultivada encontra-se nas fases de floração e formação de grãos (estádios fenológicos de maior demanda hídrica da cultura). Devido à má distribuição das precipitações, há diferenças no potencial produtivo das lavouras. Nas localidades que enfrentaram déficit hídrico, embora moderado, as plantas apresentam senescência nas folhas inferiores, enrolamento das folhas superiores e interrupção do crescimento. Nessas lavouras, ocorre redução no desenvolvimento dos grãos nas extremidades das espigas, o que impacta negativamente o potencial produtivo. Nas áreas com precipitações mais regulares, não se registram falhas na polinização nem na formação dos grãos, apesar de estes apresentarem lento desenvolvimento.

Na de Pelotas, a semeadura atinge 38% da área esperada. Na de Santa Maria, houve evolução da área semeada para 60% do previsto, e 10% estão em período reprodutivo.

Na de Santa Rosa, 4% encontram-se na fase de desenvolvimento vegetativo (emissão da folha bandeira); 10%, em floração; 77% em enchimento de grãos; e 8% em maturação. Até o final de outubro, o desenvolvimento das lavouras foi excelente, favorecido pelas boas condições climáticas. Contudo, a falta de chuvas até 20/11, coincidente com as fases de floração e enchimento de grãos, impactou a produtividade, e as perdas podem chegar a 50% em algumas lavouras. As lavouras irrigadas mantêm adequado aspecto, e o potencial de produtividade está superior a 13 mil kg/ha. Em relação ao aspecto fitossanitário, houve aumento do ataque de lagarta-do-cartucho, sendo realizada a aplicação preventiva de fungicidas por alguns produtores.

Na de Soledade, 70% da área foi semeada. As lavouras em germinação e desenvolvimento vegetativo representam 50%, assim como em florescimento. No Alto da Serra do Botucaraí e nos municípios mais ao sul, como Encruzilhada, Pantano Grande e Rio Pardo, o déficit hídrico em novembro acarretou perdas de produtividade irremediáveis. Na região Centro-Serra e nos municípios em direção aos vales, como Candelária, Herveiras, Sinimbu, Vale do Sol e Venâncio Aires, o regime hídrico está sendo favorável até o momento.

Comercialização (saca de 60 quilos)

O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, reduziu 0,25%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 68,17 para R$ 68,00.

Confira o Informativo Conjuntural n° 1844 Emater/RS completo, clicando aqui!

Fonte: Emater RS



 

FONTE

Autor:Informativo Conjuntural 1844

Site: EMATER/RS

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