A safra 23/24 destacou-se pela expansão do cultivo de algodão em MT, com área de 1,46 mi de ha, aumento de 21,57% ante a safra 22/23. Esse crescimento foi reflexo da maior atratividade econômica da fibra em relação a outras culturas, além do atraso na semeadura da soja no ciclo 23/24, que levou alguns cotonicultores a substituírem a soja pelo cultivo do algodão.

Já a produtividade do algodão em caroço atingiu 291,71 @/ha, consolidando-se como a terceira maior da série histórica do Instituto. Como resultado, a produção de algodão ficou em 6,40 mi de t, novo recorde para o estado. Devido à maior produção, os preços da pluma foram pressionados, na maior parte do ano, cenário que limitou o avanço das vendas da fibra, que atingiu 80,75% da produção em dez/24.

Por fim, com a maior oferta oriunda de MT, maior produtor de pluma do BR, e a crescente competitividade do produto brasileiro no mercado internacional, o país alcançou recorde de exportações, tornando-se o maior exportador mundial de pluma, segundo o USDA.

DIMINUIÇÃO: em decorrência da baixa na cotação do petróleo em 2024 ante 2023, o preço do poliéster reduziu 3,99% no mesmo comparativo.

DECLÍNIO: a paridade de exportação do contrato de dez/24 exibiu retração de 6,80% em relação ao ano passado, reflexo da queda no preço da ICE de dez/24.

DECRÉSCIMO: devido à maior oferta da fibra em Mato Grosso, o preço da pluma disponível no estado registrou recuo de 7,56% no comparativo anual.

DESVALORIZAÇÃO: em MT, a cotação do caroço de algodão apresentou redução anual de 31,52%, pressionada pela maior oferta do coproduto no estado e a menor demanda.

Projeção para a safra 24/25 do algodão aponta novo recorde na área cultivada em MT

A área de plantio do algodão está prevista em 1,54 mi de ha, incremento de 4,99% ante a safra 23/24. Cabe destacar que, devido aos fatores climáticos, a semeadura da soja atrasou no ciclo 24/25, no entanto, ao contrário do que ocorreu na safra 23/24, no ciclo atual os produtores optaram por continuar o plantio da soja.

Desse modo, um ponto de atenção será o ritmo da colheita da oleaginosa, que pode comprometer a semeadura do algodão de segunda safra. Em relação à produtividade, a projeção da média MT ficou em 284,34 @/ha. Assim, espera-se uma produção de algodão 2,34% maior que a da safra 23/24, de 6,55 mi de t.

As cotações futuras seguem lateralizadas, sem fatores, a curto prazo, que indiquem uma valorização expressiva. Esse cenário limitou as vendas no estado no decorrer do ano, que atingiram, em dez/24, 45,61% da produção estimada, estando 1,02 p.p. atrás do mesmo período da safra 23/24. Por fim, a tendência dos preços e o ritmo da semeadura do algodão serão primordiais para a decisão final do cotonicultor quanto à real área a ser cultivada.

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Fonte: Imea



 

FONTE

Autor:Boletim Semanal do Algodão

Site: Imea

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