O fator ambiental mais importante para a definição do potencial de produtividade (desde que não ocorra deficiência hídrica) é a radiação solar, nesse sentido, a quantidade de energia solar interceptada pelo dossel se relaciona com a produtividade da lavoura, ou seja, pode-se afirmar que “colhemos luz” (onde o dossel vegetal funciona como um painel de radiação solar), então, as práticas de manejo a realizar devem ser aquelas que maximizem a “colheita de luz” como por exemplo, a qualidade na distribuição de plantas.

A qualidade da distribuição de plantas é definida no momento da semeadura e pode ser avaliada através de dois métodos: 1) percentual dos espaçamentos aceitáveis, falhos e sementes duplas e 2) coeficiente de variação da distribuição de plantas. Onde no primeiro método considera-se:

  • Aceitáveis: Quando a deposição de sementes ocorre de forma uniforme, ou seja, com o espaçamento longitudinal dentro do recomendado ou desejado.
  • Duplas: Quando as sementes tem uma deposição menor que 50% do espaçamento longitudinal recomentado ou desejado.
  • Falhas: Quando o espaçamento entre as sementes é 150% maior do espaçamento longitudinal recomentado ou desejado.

Dados de 149 lavouras acompanhadas pela Equipe FieldCrops no Soybean Money Maker, apontam que a cada 1% de redução dos espaçamentos aceitáveis abaixo de 70% existe uma perda de produtividade de 61,4 kg ha-1 (Figura 1A). Sendo que 61% das lavouras analisadas está abaixo deste valor critico (Figura 1B), por outro lado, a penalização na produtividade é maior pelos espaçamentos falhos (158 kg ha-1 a cada 1% de aumento) (Figura 1C) comparado à presença de plantas duplas (78 kg ha-1 a cada 1% de aumento) (Figura 1D).

Figura 1. Relação entre produtividade e percentual de espaçamentos aceitáveis (A), frequência acumulada em relação ao percentual de espaçamentos aceitáveis (B), relação entre produtividade e percentual de espaçamentos falhos (C) e relação entre produtividade e percentual de plantas duplas (D).
Fonte: Equipe Field Crops


Referências Bibliográficas.

WINCK, J. E. M., et al. Ecofisiologia da soja: visando altas produtividades. Santa Maria, ed. 3, 2025



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