Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 26/08/2025
FECHAMENTOS DO DIA 26/08
Chicago: A cotação de setembro, referência para a nossa safrinha, fechou em baixa de -0,44% ou $ -1,75 cents/bushel, a $ 387,50. A cotação para dezembro fechou em baixa de -0,67% ou $ -2,75 cents/bushel, a $ 409,50.
ANÁLISE DA BAIXA
O milho negociado nas bolsas americanas fechou em baixa nesta terça-feira. As cotações do cereal foram pressionadas pela iminente colheita da safra recorde nos EUA e pela entrada da safrinha brasileira no mercado. O USDA manteve as condições boas/excelentes em 71% das lavouras americanas, mas com queda em Illinois e Iowa. No Brasil, a colheita da safrinha avançou para 94,8% da área plantada. Analistas projetam novas colheitas recordes de milho para o Brasil e a Argentina na safra 2025/2026.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: O milho fechou em alta com pequenos ajustes positivos
Os principais contratos de milho encerraram em alta nesta segunda-feira. Dia de pequenos ajustes positivos para os contratos do milho na B3. A pressão por cumprir contratos, tanto no mercado interno e externo, tem mantido os preços lateralizados, com pequenos ajustes diários. O produtor ainda está focado na venda de soja, segurando o milho e os preços neste momento.
Segundo o Cepea “Mesmo com a colheita em fase final, o movimento de queda nos preços do milho perdeu a força ao longo da semana passada, com algumas regiões chegando a apresentar leve alta.”
OS FECHAMENTOS DO DIA 26/07
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em alta no dia: o vencimento de setembro/25 foi de R$ 66,12, apresentando alta de R$ 0,13 no dia e baixa de R$ 0,13 na semana; o vencimento de novembro/25 foi de R$ 69,72, com alta de R$ 0,34 no dia e alta de R$ 0,74 na semana; o contrato de janeiro/26 fechou a R$ 71,79, com alta de R$ 0,37 no dia e alta de R$ 0,33 na semana.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
ENTRADA DE DUAS GRANDES SAFRAS NO MERCADO (baixista)
Os preços do milho estão sendo negociados em leve queda em Chicago, onde, apesar do apoio das exportações, a influência do início de uma safra recorde nos Estados Unidos começa a ser sentida, coincidindo com a entrada de suprimentos recordes do Brasil no mercado.
EUA-SAFRA RECORDE E EM BOAS CONDIÇÕES (baixista)
Ontem, o USDA manteve a proporção de milho em boas/excelentes condições em 71%, número que superou os 65% registrados no mesmo período do ano passado e os 70% previstos pela média do setor privado. No entanto, os dois principais estados produtores, Iowa e Illinois, viram esse indicador cair de 86% para 84% e de 63% para 61%, respectivamente, em comparação com 77% e 73% no mesmo período em 2024. O USDA acrescentou que 83% das plantas já passaram da fase de grão leitoso; 44% das lavouras estão dentadas e 7% do milho está maduro.
BRASIL- SAFRA ADIANTADA (baixista)
No Brasil, a Conab informou ontem que o avanço da colheita da safra de milho atingiu 94,8% da área plantada, ante 89,3% na semana anterior, 97,9% no mesmo período de 2024 e a média de 92,6% dos últimos cinco anos.
EUA-TARIFA ADICIONAL PARA A ÍNDIA (baixista)
Os Estados Unidos confirmam tarifa adicional de 25% sobre produtos indianos, justificada por seus laços com o petróleo russo.
REDIRECIONAMENTO (baixista para CBOT, altista para o Brasil)
Canadá e Mercosul retomam negociações comerciais em busca de diversificação. Vale lembrar que o Canadá é o mais comprador de etanol dos EUA e, com as tarifas de Trump, poderá se voltar para o Brasil.
CBOT ANÁLISE TÉCNICA BAIXISTA (baixista)
Na análise técnica, os contratos futuros de milho para dezembro em Chicago superaram a máxima de sexta-feira com impulso de alta, mas encontraram resistência nas médias móveis de 20 e 50 dias, fechando em 416,5 centavos.
BRASIL COMEÇA A INTENSIFICAR VENDAS (altista para o Brasil, baixista para CBOT)
Diante desses volumes dos EUA, os traders brasileiros estão começando a vender. Os produtores brasileiros, até então relutantes em vender sua produção, agora estão acelerando as vendas, o que pressiona os preços locais. – A colheita de milho safrinha no Brasil está quase 90% concluída, permitindo que os exportadores brasileiros concorram com seus equivalentes americanos.
Fonte: T&F Agroeconômica