O mercado brasileiro de milho deve ter uma quinta-feira de negociações mais lentas. A postura cautelosa dos agentes trava a comercialização, à medida que a logística e colheita do cereal são observadas. No cenário internacional, a Bolsa de Chicago cai e o dólar sobe frente ao real.
O mercado brasileiro do milho registrou preços estáveis nesta quarta-feira. Segundo o consultor de Safras & Mercado, Paulo Molinari, o mercado voltou a se movimentar focado na demanda interna, mas com cotações pressionadas na exportação.
No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 66,50/68,50 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 66,00/68,00 a saca.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 57,00/60,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 56,00/60,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 64,50/66,00 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 69,00/71,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 60,00/63,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 51,50/55,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 56,00/57,00 a saca em Rondonópolis.
CHICAGO
* Os contratos com entrega em dezembro de 2025 operaram com recuo de 0,75 centavo, ou 0,18% em relação ao fechamento do último pregão, cotados a US$ 4,05 1/4 por bushel.
* O mercado foi pressionado pela expectativa de uma safra recorde nos Estados Unidos, estendendo as perdas semanais. Contudo, os sinais de uma demanda aquecida pelo produto norte-americano impediram uma queda mais consistente nos preços.
* As vendas líquidas norte-americanas de milho para a temporada comercial 2024/25, que tem início no dia 1o de setembro, ficaram negativas em 17.800 toneladas na semana encerrada em 21 de agosto. O Japão liderou as compras, com 92.800 toneladas.
* Para a temporada 2025/26, ficaram em 2.089.700 toneladas. Analistas esperavam exportações entre 1 milhão e 2,5 milhões de toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
* Ontem (27), os contratos com entrega em setembro de 2025 fecharam com baixa de 1,29%, ou 5,00 centavos, cotados a US$ 3,82 1/2 por bushel. Os contratos com entrega em dezembro de 2025 fecharam com recuo de 3,50 centavos, ou 0,85%, cotados a US$ 4,06 por bushel.
CÂMBIO
* O dólar comercial opera em alta de 0,25%, cotado a R$ 5,4298. O Dollar Index registra desvalorização de 0,19% a 98,04 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia fecharam com preços firmes. Xangai, + 1,14%. Japão, + 0,73%.
* As principais bolsas na Europa operam com índices mistos. Paris, + 0,53%. Frankfurt, + 0,17%. Londres, -0,29%.
* O petróleo opera em baixa. Outubro do WTI em NY: US$ 63,87 o barril (-0,43%).
AGENDA
– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.
– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.
– Dados de desenvolvimento das lavouras no RS – Emater, na parte da tarde.
– Japão: A taxa de desemprego de julho será publicada às 20h30 pelo departamento de estatísticas.
– Japão: A leitura preliminar da produção industrial de julho será publicada às 20h50 pelo Ministério da Economia, Comércio e Indústria.
—–Sexta-feira (29/08)
– Alemanha: A taxa de desemprego de julho será publicada às 4h55 pelo Destatis.
– Alemanha: A leitura preliminar do índice de preços ao consumidor de agosto será publicada às 9h pelo Destatis.
– EUA: O índice PCE, que mede os gastos individuais, bem como os dados sobre a renda e gastos pessoais de julho, será publicado às 9h30 pelo Departamento do Comércio.
– Dados de evolução das lavouras do Mato Grosso – IMEA, 16h.
Fonte: Pedro Carneiro/Safras News