Ainda que de forma menos acentuada, as quedas nos preços do arroz em casca no Rio Grande do Sul ao longo de agosto continuaram pressionando as cotações nos elos superiores da cadeia produtiva (arroz beneficiado e varejo). Sazonalmente, os valores tendem a se recuperar no segundo semestre – esse movimento, porém, depende dos estoques disponíveis, diretamente influenciados pelas exportações.

Em agosto, o mercado de arroz em casca no RS seguiu com baixa liquidez, diante da retração tanto de compradores quanto de vendedores. Agentes do setor apontam para um cenário divergente e incerto, marcado pela queda nos preços internacionais e pela intervenção do governo por meio de leilões de contratos de opção de venda a valores superiores aos praticados no mercado.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) negociou 109,2 mil toneladas de arroz por meio de Contratos de Opção de Venda, praticamente esgotando a oferta total de 110 mil toneladas disponibilizadas nos leilões realizados em 21 e 22 de agosto. No Rio Grande do Sul, foram firmados 2.934 contratos, número que corresponde a quase 100% da oferta regional.

Do lado da oferta, parte dos produtores preferiu aguardar maior clareza do mercado antes de firmar novos compromissos, enquanto outros optaram por vender o arroz disponível a fim de gerar caixa para a próxima safra.

Ainda assim, compradores relatam grande dificuldade em repassar os preços do arroz em casca para o beneficiado, já que a pressão exercida pelo atacado e varejo tem limitado o aumento nos valores pagos pela matéria-prima.

Entre 31 de julho e 29 de agosto, o Indicador do arroz em casca CEPEA/IRGA-RS recuou 3,06%. A média mensal, porém, ficou 0,4% acima da de julho. Na parcial do ano, o Indicador acumula queda de 31,5% e em 12 meses, de 41,8%.

Para o arroz beneficiado, no atacado, dados do Irga mostram que o preço médio caiu 5,3% de junho para julho (últimos números disponíveis), com a saca de 30 kg passando de R$ 137,33 para R$ 129,99. No ano, a baixa é de 20,5% e, em 12 meses, de 16,1%. Ainda conforme o Irga, em julho/25, foram processadas 643,18 mil toneladas do cereal, volume 3,3% inferior ao de junho/25 e 9,09% menor que o de julho/24.

No varejo, a média do arroz, segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), divulgado pelo IBGE, recuou pelo décimo mês consecutivo, em 2,89% de junho para julho. No ano, a queda acumulada é de 16,9% e, em 12 meses, de 18,8%. Ainda segundo o IBGE, os preços do arroz no índice IPCA-15 caíram 3,12% entre 16 de julho e 14 de agosto de 2025.

PREÇOS REGIONAIS – Considerando-se as microrregiões quecompõem o Indicador CEPEA/IRGA-RS, os preços caíram de formageneralizada entre 31 de julho e 29 de agosto. A queda mais intensaocorreu na Campanha, de 3,47%, com a média a R$ 65,54/sc no dia29 de agosto; na Zona Sul, a baixa foi de 3,3%, a R$ 67,89/sc; e, naDepressão Central, de 3,07%, a R$ 65,42/sc. Na Fronteira Oeste,houve recuo de 2,98%, a R$ 67,49/sc e, na Planície Costeira Interna,de 2,51%, a R$ 68,81/sc.

Em relação aos demais rendimentos, para o produto de 63% a 65% degrãos inteiros, os preços caíram 2,13% entre 31 de julho e 29 deagosto, para R$ 67,97/sc de 50 kg no dia 29. Para os grãos com 59% a62% de inteiros, a baixa foi de 2,54%, a R$ 67,59/sc. O produto de50% a 57% de grãos inteiros se desvalorizou 1,58%, fechando o mês aR$ 65,50/sc.

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Fonte: Cepea



 

FONTE

Autor:AGROMENSAIS AGOSTO/2025

Site: CEPEA

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