Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 05/09/2025
FECHAMENTOS DO DIA 05/09
O contrato de soja para novembro fechou em baixa de 0,58% ou $ -6,00 cents/bushel, a $1.027,00. A cotação de janeiro encerrou em baixa de 0,57% ou $ -6,00 cents/bushel, a $1.045,50. O contrato de farelo de soja para outubro fechou em alta de 0,14% ou $ 0,40/ton curta, a $ 280,50. O contrato de óleo de soja para outubro fechou em baixa de 1,36% ou $ -0,70/libra-peso, a $ 50,81.
ANÁLISE DA BAIXA
A soja negociada em Chicago fechou o dia e a semana em baixa. Em um dia de grandes oscilações, a ausência novamente da China, de forma oficial, dos relatórios de vendas para exportação são o alerta para o mercado americano que o volume exportado, nesta nova temporada que está começando, deverá ser menor. O USDA informou uma redução no comparativo semanal da soja e dos seus subprodutos, no caso do farelo e do óleo de soja, os dados foram inferiores ao estimado pelo mercado. Há compras, como as anunciadas nesta sexta-feira, somando 327 mil toneladas, para destinos desconhecidos, mas afirmar que são para portos chineses estão apenas na especulação. Enquanto isso a China continua nomeando navios no Brasil.
Com isso a soja em Chicago fechou a semana em baixa de -2,61%, perdendo $ -27,50 cents/bushel. O farelo de soja caiu -1,0%, ou $ -2,9 por tonelada curta. O óleo de soja recuou -1,72%, equivalente a $ -0,89 por libra-peso no período.
Análise semanal da tendência de preços
FATORES DE ALTA
a) EUA-produção menor: Antecipando o relatório mensal do USDA, que será divulgado na próxima sexta-feira, a consultoria StoneX estimou a produção de soja dos EUA em 115,86 milhões de toneladas, com base em uma produtividade média de 3.578 quilos por hectare, em comparação com os 120,43 milhões e 3.605 quilos projetados no mês passado. Nesta nova análise, a StoneX levou em consideração a redução da área colhida reportada pelo USDA em agosto, de 33,39 para 32,42 milhões de hectares. Vale destacar que, naquele relatório, o USDA previu uma colheita e produtividade de soja de 116,82 milhões de toneladas e 3.605 quilos por hectare.
b) EUA-novas vendas: Além disso, em seus relatórios diários, o USDA confirmou hoje duas novas vendas de soja americana 2025/2026 para destinos desconhecidos, totalizando 327.650 toneladas;
c) BRASIL-boa demanda chinesa: A boa demanda chinesa em direção ao Brasil nesta temporada, está fomentando a disputa entre indústrias locais e exportadores, elevando os preços que, do contrário, estariam muito pressionados, dado o tamanho desta safra.
FATORES DE BAIXA
a) CHINA continua ausente: A pressão de baixa é exercida pela falta de compras chinesas de novos grãos dos Estados Unidos, algo sem precedentes para esta época do ano, na contagem regressiva para o início da colheita. Este fator é baixista para a CBOT, mas altista para o Brasil.
b) EUA-exportações menores: O relatório semanal do USDA sobre as exportações dos EUA, abrangendo o período de 22 a 28 de agosto, foi pouco construtivo. Relatou vendas de soja 2025/2026 de 818.500 toneladas, abaixo das 1.372.600 toneladas do relatório anterior e próximo do mínimo esperado pelos traders, que tinham uma faixa viável entre 600.000 e 1.600.000 toneladas. Como ocorreu ao longo de agosto, destinos desconhecidos lideraram a lista de compradores, com 269 mil toneladas.
c) BRASIL compra soja paraguaia: Até o final do mês de julho deste ano o Brasil tinha comprado 485.057 toneladas de soja paraguaia, mas estas compras se intensificaram com as tarifas de Trump e com o câmbio brasileiro favorável. Foi uma média de 69,28 mil toneladas/mês. Se esta média se mantiver até o final do ano (poderá ser até maior), o volume importado pelo Brasil poderá se elevar para 832.000 toneladas, cerca de 25,13% a mais do que as 664,92 mil toneladas importadas em 2024, que já tinham sido um recorde histórico. Estas compras também permitem abastecer as indústrias brasileiras e liberar mais soja em grão para exportação.
Fonte: T&F Agroeconômica