Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 11/09/2025
FECHAMENTOS DO DIA 11/09
Chicago: A cotação de dezembro, fechou em alta de 0,66% ou $ 2,75 cents/bushel, a $419,75. A cotação para março fechou em alta de 0,69% ou $ 2,75 cents/bushel, a $ 437,50.
ANÁLISE DA ALTA
O milho negociado em Chicago fechou em alta nesta quinta-feira. Os operadores de mercado cobriram posições vendidas antes do relatório de Oferta e Demanda do USDA que será divulgado nesta sexta-feira. A Bloomberg realizou uma pesquisa com analistas antes do relatório WASDE de amanhã, e a expectativa é de que a agência reduza a previsão recorde de produtividade do milho de agosto, A produção deve cair 6 milhões de toneladas, para 419 milhões de toneladas. O volume ainda é recorde, mas a redução pode equilibrar a conta da demanda, que segue aquecida, com 22 MMT das 71 MMT estimadas para exportação já negociadas para a safra 25/26.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: O milho fechou em baixa com aumento de safra pela Conab
Os principais contratos de milho encerraram em baixa nesta quarta-feira. As cotações da B3 fecharam caíram com a perspectiva de uma maior safra 24/25 que está terminando de ser colhida no Brasil. O ajuste da Conab se deu pelo aumento da produção do milho safrinha, o que aumentou os estoques finais no país.
OS FECHAMENTOS DO DIA 11/09
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam com variações mistas no dia: o vencimento de setembro/25 foi de R$ 65,19, apresentando baixa de R$ 0,18 no dia e baixa de R$ 0,20 na semana; o vencimento de novembro/25 foi de R$ 67,96, com baixa de R$ 0,14 no dia e baixa de R$ 0,66 na semana; o contrato de janeiro/26 fechou a R$ 70,93, com baixa de R$ 0,31 no dia e baixa de R$ 0,71 na semana.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-EXPORTAÇÕES MENORES (baixista)
Hoje não há suporte das exportações, que vinham sustentando o preço nas semanas anteriores. De fato, em seu relatório semanal, o USDA relatou vendas de 539.900 toneladas de milho 2025/2026, bem abaixo das 2.117.000 toneladas do relatório anterior; bem abaixo da faixa esperada pelos produtores do setor privado, que era de 900.000 a 2.400.000 toneladas; e da média de 1,40 milhão de toneladas necessária para atingir a meta recorde de exportação estabelecida pela agência em agosto, de 73,03 milhões de toneladas. O México liderou as compras, com 256.500 toneladas.
UCRÂNIA-EXPORTAÇÕES 64,40% MENORES (altista)
O Ministério da Política Agrária e Alimentação da Ucrânia informou hoje que, entre 1º de julho e 10 de setembro, as exportações ucranianas de milho totalizaram 890 mil toneladas, uma queda de 64,40% em relação aos 2,50 milhões de toneladas vendidas no mesmo período em 2024.
ARGENTINA-PRODUÇÃO MAIOR (baixista)
Também não há contribuição ascendente da América do Sul; muito pelo contrário. Nesse sentido, o relatório mensal de estimativas agrícolas do BCR, divulgado ontem, estimou preliminarmente uma safra recorde de milho na Argentina em 2025/2026, com 61 milhões de toneladas. Esse marco, que superaria os 50 milhões de toneladas registrados em 2024/2025 e a safra ainda recorde de 52,50 milhões de toneladas alcançada no ciclo 2023/2024, seria alcançado com uma área plantada de 9,7 milhões de hectares, dos quais 8 milhões seriam destinados à produção de grãos comerciais e com uma produtividade média de 7.620 kg/hectare.
BRASIL-PRODUÇÃO E ESTOQUES FINAIS MAIORES (baixista)
Do lado brasileiro, em seu relatório mensal, a Conab elevou hoje sua estimativa para a safra de milho 2024/2025 de 137,01 para 139,70 milhões de toneladas, após aumentar o volume de safrinha de 109,57 para 112,03 milhões de toneladas. Manteve sua estimativa de exportação em 40 milhões de toneladas. Os estoques finais foram aumentados em 2,55 MT, mantendo os preços baixos.
Fonte: T&F Agroeconômica