Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 13/10/2025
FECHAMENTOS DO DIA 13/10

O contrato de soja para novembro fechou em alta de 0,10% ou $ 1,00 cents/bushel, a $1.007,75. A cotação de janeiro encerrou em alta de 0,20% ou $ 2,00 cents/bushel, a $1.025,25. O contrato de farelo de soja para outubro fechou em baixa de 0,34% ou $ -0,90/ton curta, a $ 266,5. O contrato de óleo de soja para outubro fechou em alta de 1,30% ou $ 0,64/libra-peso, a $ 50,04.

ANÁLISE DA ALTA

A Soja negociada em Chicago fechou em alta nesta segunda-feira. Em um dia de pouca movimentação devido ao feriado administrativo do Dia de Colombo, as cotações da oleaginosa fecharam com uma ligeira recuperação nos preços, após as fortes quedas de sexta-feira. O mercado continua dominado pela guerra comercial EUA-China. O principal fator de preocupação foi a ameaça do Presidente Trump de impor uma tarifa de 100% à China a partir de 1º de novembro. As tarifas portuárias mútuas, que entram em vigor nesta terça-feira também afastam o comercio entre os dois países.

No entanto, a leve alta foi impulsionada pela tentativa do Secretário do Tesouro, Scott Bessent, de acalmar as tensões, afirmando que o encontro entre Trump e Xi Jinping na Coreia do Sul, no final deste mês, continua na pauta, o que reacendeu uma pequena esperança de acordo comercial.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
REUNIÃO TRUMP/XI CONTINUA NA PAUTA (altista)

A soja está apresentando uma ligeira recuperação em Chicago após as quedas de sexta-feira, em meio ao agravamento das tensões entre os Estados Unidos e a China, que levaram naquele dia à decisão do presidente americano, Donald Trump, de impor uma tarifa de 100% à China a partir de 1º de novembro, além das tarifas atualmente pagas sobre produtos chineses. Isso aumentou as dúvidas em torno do anunciado encontro entre Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, no qual os produtores americanos — e o mercado — tinham grandes esperanças de um possível acordo comercial que encerrasse a proibição de Pequim à soja americana. Nesse sentido, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou hoje que a reunião dos líderes na Coreia do Sul, no final deste mês, continua na pauta.

INCERTEZA CONTINUA (baixista)

Nesse relacionamento bilateral instável, Trump escreveu ontem na Truth Social: “Não se preocupem com a China, tudo ficará bem! O respeitado presidente Xi acaba de passar por um momento difícil. Ele não quer uma depressão para seu país e eu também não. Os Estados Unidos querem ajudar a China, não prejudicá-la!” O que essas palavras implicam? Tudo ou nada. É difícil desvendar a lógica do presidente americano.

RESPOSTA CHINESA DE HOJE (baixista)

Do lado chinês, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, afirmou em entrevista coletiva hoje que “se os EUA insistirem em agir unilateralmente, a China tomará firmemente as medidas correspondentes para salvaguardar seus legítimos direitos e interesses”.

NESTA TERÇA-FEIRA ENTRAM EM VIGOR AS TARIFAS MÚTUAS CONTRA DAS EMBARCAÇÕES (baixista)

Vale ressaltar que nesta terça-feira, 14, entrarão em vigor o aumento das taxas portuárias (US$ 50/t) impostas pelo governo americano em abril contra embarcações chinesas — independentemente de sua bandeira, propriedade ou construção — que atracam em portos americanos, bem como a medida equivalente anunciada na sexta-feira pelo governo chinês
contra embarcações americanas que chegam aos seus portos (US$ 56/t), medidas que encarecem o comércio bilateral.

EUA-BOM RITMO DA COLHEITA (baixista)

Além do exposto, a colheita continua a progredir em bom ritmo no Centro-Oeste, graças às condições climáticas secas, que devem persistir durante grande parte desta semana.

CHINA-IMPORTAÇÕES RECORDES EM SETEMBRO (baixista para a CBOT, altista para o Brasil)

A Administração Geral das Alfândegas da China informou hoje que o país importou 12,87 milhões de toneladas de soja em setembro, o segundo maior recorde já registrado, superando as 11,37 milhões de toneladas importadas no mesmo mês em 2024 e 4,8% acima de agosto. Nos primeiros nove meses do ano, a China importou 86,18 milhões de toneladas, volume que reflete um aumento de 5,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. “A perspectiva de fornecimento de soja da China tornou-se cada vez mais otimista, apoiada por fortes importações de janeiro a setembro; aumento das compras na Argentina durante a redução temporária do imposto de exportação; e compras significativas contínuas no Brasil”, disse Rosa Wang, analista da consultoria agrícola JCI, com sede em Xangai, à Reuters.

BRASIL-CONSULTORIA ESTIMA AVANÇO DO PLANTI0 ADIANTADO, EM 14% (baixista)

Em relação ao Brasil, com dados coletados até quinta-feira, a consultoria AgRural informou que o avanço do plantio de soja para a safra 2025/2026 atingiu 14% da área planejada, ante 9% na semana anterior e 8% no mesmo período de 2024. Este é o terceiro maior ritmo de plantio da série histórica da empresa, atrás apenas das safras 2018/2019 e 2023/2024. “Embora as chuvas permaneçam irregulares, o Mato Grosso apresentou um progresso melhor do que o esperado durante a semana. Mesmo assim, o Paraná continuou liderando graças ao clima favorável desde o início do plantio, permitindo-lhe apresentar o plantio mais rápido da série histórica.”

CONAB-PLANTIO DE SOJA

O ritmo de plantio está atrasado no começo da temporada em comparação com a média dos últimos cinco anos. Até 11 de outubro de 2025, 11,1% da área total havia sido semeada, ante 9,1% do ano passado e contra uma média de 16,9%. Paraná semeou 31%, Mato Grosso 18,9%, Mato Grosso do Sul 14%, São Paulo 4%, Bahia 4%, Minas Gerais 2,7%, Tocantins 2%, Goiás 2% e Santa Catarina 2%.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.