A implantação das lavouras está em fase inicial, avançando de forma heterogênea no Rio Grande do Sul, em função da disponibilidade hídrica no solo e da estratégia de escalonamento dos cultivos. Nas áreas com melhor umidade residual, o plantio se intensificou; nas áreas sem chuvas, a operação não iniciou ou foi paralisada. O total semeado está próximo a 5% do projetado no Estado. As lavouras estão principalmente em estágios de germinação e emergência.
As condições de temperaturas amenas, durante o período noturno, têm prejudicado a velocidade de emergência das plantas de variedades mais precoces, sobretudo nas regiões com menor acúmulo térmico. Já em localidades de condições climáticas propícias, o manejo pré-plantio, como a dessecação e o preparo de solo, foi realizado em razão da intensificação da semeadura no início de novembro. Porém, a restrição de recursos financeiros e a dificuldade de acesso ao crédito rural ainda limitam os investimentos em insumos e a expansão da área cultivada, o que tende a reduzir ligeiramente a superfície semeada em comparação à safra anterior. Observa-se, também, especialmente na Metade Sul, movimento de redução de valores de arrendamento e a retomada das áreas para uso pecuário, em especial daquelas anteriormente convertidas de campo nativo para o cultivo da oleaginosa.
Em relação à sanidade, já há registro inicial de presença de esporos de ferrugem-asiática Phakopsora pachyrhizi em monitoramento específico, o que demanda atenção preventiva ao manejo fitossanitário.
Para a Safra 2025/202 , no Rio Grande do Sul, a projeção da Emater/RS-Ascar indica o cultivo de .742.23 hectares e produtividade média de 3.180 g/ha.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar Bagé, na Fronteira Oeste, em Manoel Viana, foram semeados apenas 3% dos 58 mil hectares projetados. Em São Gabriel, a escassez de recursos e as dificuldades de acesso ao crédito têm resultado na redução da área cultivada, que passou de 137 mil hectares na safra anterior para aproximadamente 125 mil hectares na atual, com menos de 1% semeado. Na região da Campanha, em Dom Pedrito, já são 1 ,5 mil hectares implantados, correspondendo a 10% da área estimada. Em Hulha Negra, Candiota e Aceguá, observa-se limitação crescente de umidade no solo, o que eleva o risco de estandes desuniformes e necessidade de replantio. O planejamento regional contempla três janelas de semeadura: a primeira, até meados de novembro; a segunda, após a colheita das culturas de inverno; e a terceira, ao longo de dezembro.
Na de Caxias do Sul, nos Campos de Cima da Serra, a semeadura foi iniciada tanto na Serra quanto nos Campos de Cima da Serra; a previsão de conclusão é até meados de dezembro, após a colheita do trigo. As lavouras encontram-se em estágios iniciais, com adequada umidade em áreas recém-preparadas.
Na de Erechim, o plantio ocorre de forma pontual, à medida que as condições de solo melhoram. As áreas mais precoces apresentam emergência regular. O manejo fitossanitário e o preparo de solo seguem como principais atividades, sem restrições climáticas expressivas até o momento.
Na de Ijuí, a semeadura atinge 5% da área projetada. Na Região Celeiro, em Santo Augusto, já alcança 10%. As primeiras lavouras, implantadas entre 21 e 23/10, encontram-se em emergência inicial, com adequada uniformidade. Os produtores intensificam o preparo das áreas pós-trigo, e esperam acelerar o plantio nas próximas semanas.
Na de Passo Fundo, os trabalhos de dessecação estão em andamento, e cerca de 5% da área regional foi semeada. As condições de solo ainda estão propícias, mas a continuidade do plantio depende de precipitações regulares para assegurar germinação uniforme.
Na de Pelotas, a semeadura foi interrompida pela ausência de chuvas há três semanas, atingindo apenas 4% da área prevista. Os produtores concentram esforços na aquisição de insumos, na manutenção de máquinas e no preparo das áreas.
Na de Santa Maria, o plantio ocorre em ritmo lento, chegando a % da área estimada. Em Tupanciretã, a operação foi interrompida pela baixa umidade. As lavouras emergidas apresentam estande adequado.
Na de Santa Rosa, 4% foram semeados; a maior extensão está em municípios próximos ao Rio Uruguai, como em Porto Vera Cruz, onde 20% foram implantados. A expectativa de produtividade está moderadamente positiva, condicionada à ausência de déficit hídrico, após sucessivas safras com perdas. Em Cerro Largo, observou-se a ocorrência precoce de esporos de ferrugem-asiática, acompanhadas pelo Programa Monitora Ferrugem, exigindo monitoramento das lavouras próximas.
Na de Soledade, 16 % da área foi semeada, e o plantio deverá se concentrar em novembro. No Baixo Vale do Rio Pardo, a operação está em atraso em razão da falta de umidade há três semanas. A expectativa é de normalização do ritmo de plantio com o retorno das chuvas. Mantém-se o potencial produtivo médio dentro dos padrões históricos da região.
Comercialização (saca de 60 quilos)
O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, aumentou 0,75%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 124,29 para R 125,22.
Confira o Informativo Conjuntural n° 1891 completo, clicando aqui!
Fonte: Emater RS





