Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 03/11/2025
FECHAMENTOS DO DIA 03/11

Chicago: A cotação de dezembro, fechou em alta de 0,64% ou $ 2,75 cents/bushel, a $434,25. A cotação para março fechou em alta de 0,51% ou $ 2,75 cents/bushel, a $ 446,25.

ANÁLISE DA ALTA

O milho negociado em Chicago fechou em alta nesta segunda-feira. As cotações do cereal conseguiram suporte na alta da soja e do trigo neste começo de semana. Com o rápido avanço da colheita, o milho está apresentando altas mais tímidas que seus pares após o acordo EUA China, visto que o grão não foi mencionado em nenhum momento. Para dar conta da grande safra, o programa de exportação americano precisa ser agressivo e compras da China seriam bem-vindas.

Neste sentido, o USDA informou que as inspeções para embarques de milho subiram 34% no comparativo semanal, perto do teto esperado pelo mercado. No acumulado do ano comercial, os embarques estão 64% acima do período anterior.

B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: O milho da B3 fechou em alta com mercado atento ao prêmio climático

Os principais contratos de milho encerraram em alta nesta segunda-feira. As cotações da B3 fecharam com ganhos nesta segunda, acompanhando a alta de Chicago. A negociação lenta no interior segue sustentando os preços no físico. O mercado começa a se preocupar com o risco climático, visto a perspectiva de um novembro chuvoso no sul e a seca no centro-oeste que está atrasando o plantio da soja, e consequentemente a semeadura do milho-safrinha.

O produtor segue retraído segundo o Cepea “Os preços internos do milho seguem avançando, apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, o suporte vem da retração de vendedores, que estão focados nas atividades de campo e no desenvolvimento das lavouras, além da paridade de exportação elevada. Pesquisadores explicam que muitos produtores, atentos à maior presença de compradores no mercado na última semana, se afastaram das negociações, à espera de novas valorizações do cereal. De modo geral, vendedores ofertam novos lotes apenas quando há necessidade de fazer caixa no curto prazo e/ou de liberar parte dos armazéns. Conforme o Centro de Pesquisas, as altas de preços só não foram mais intensas porque parte dos consumidores utiliza estoques em detrimento de realizar novas aquisições.”

OS FECHAMENTOS DO DIA 03/11

Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam de forma mista no dia: o vencimento de novembro/25 foi de R$ 68,35, apresentando alta de R$ 0,35 no dia e alta de R$ 0,44 na semana; o vencimento de janeiro/26 foi de R$ 72,09, com alta de R$ 0,65 no dia e alta de R$ 0,80 na semana; o contrato de março/26 fechou a R$ 74,02, com alta de R$ 0,35 no dia e alta de R$ 1,14 na semana.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
COMPRAS DE FUNDOS (altista)

Os preços do milho em Chicago fecharam em alta após subirem quase 2% na semana passada, devido às compras de Fundos de investimento durante a valorização da soja. A situação de hoje não foi diferente, com o grão forrageiro se beneficiando das compras de especuladores nos mercados de soja e trigo.

EUA-EXPORTAÇÕES ELEVADAS (altista)

No entanto, a melhora nos preços do milho também pode ter sido relacionada a um relatório semanal positivo sobre as inspeções de embarques nos EUA. O USDA informou hoje embarques de 1.668.781 toneladas de milho, acima das 1.242.451 toneladas do relatório anterior e próximo da estimativa máxima dos operadores, que projetavam uma faixa de 1 a 1,85 milhão de toneladas.

CLIMA FAVORÁVEL, SAFRA RECORDE (baixista)

Condições climáticas favoráveis — tempo seco no Meio- Oeste durante a maior parte da semana — para a reta final da colheita recorde dos EUA estão contribuindo para a leve queda nos preços, assim como alguma realização de lucros por parte dos investidores.

BRASIL-PLANTIO DA SAFRA DE VERÃO ESTÁ UM POUCO ATRASADA (altista)

Em relação ao Brasil, em seu relatório semanal, a consultoria AgRural indicou que, até quinta-feira, 60% da área estimada para a safra de milho de verão 2025/2026 havia sido plantada na região Centro-Sul, em comparação com 55% na semana anterior e 59% no mesmo período do ano passado. A Safras & Mercado informou que o plantio atingiu 67,8% de uma área estimada em 3,603 milhões de hectares. “No mesmo período do ano passado, 71,7% da área estimada, que na época era de 3,499 milhões de hectares, havia sido plantada com milho. A taxa média de plantio de milho durante esse período nos últimos cinco anos é de 71,4%”, afirmou a Safras.

BRASIL-CONAB-PLANTIO DA PRIMEIRA SAFRA

O plantio da primeira safra de milho 25/26 avança em 42,8% da área pretendida, ante dos 40,0% da semana anterior e acima dos 42,1% do ano passado, ficando abaixo da média histórica de 44,5%. O Paraná está em 98,0%, Santa Catarina com 89,0% e o Rio Grande do Sul com 86,0%. São Paulo atingiu 32,0%, Minas Gerais 13,7%, Bahia começou o plantio em 8,0% e Goiás 3,0% da área pretendida, segundo a Conab. Piauí e Maranhão ainda não começaram os trabalhos de forma significativa.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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