O milho 2ª safra 2024/2025 apresentou resultados positivos para o agronegócio sul-mato-grossense, impulsionado pelas condições climáticas favoráveis. De acordo com dados do projeto SIGA-MS, executado pela Aprosoja/MS em parceria com o Governo do Estado, a produtividade média passou de 67,05 para 108,4 sacas por hectare (ha) nesta safra, incremento de 61,7%. No mesmo ritmo, a produção total registrada foi de 13,9 milhões de toneladas, o que representou um avanço de 64,8% frente à segunda safra de 2023/2024. A área total atingiu 2,1 milhões de ha, avanço de apenas 1,9% em relação ao ano anterior, reforçando que a eficiência produtiva adotada nas propriedades.

O levantamento de campo realizado pela equipe técnica da Aprosoja/MS, entre maio e outubro, acompanhou 1,3 mil propriedades, percorreu 29,8 mil quilômetros e registrou 34,2 mil pontos de GPS, cobrindo 1,2 milhão de hectares. O trabalho apontou que a Região Norte, responsável por 11% da área total plantada no estado concentrou as melhores médias de produtividade, com destaque para os municípios de Alcinópolis, com 173,79 sc/ha; Chapadão do Sul, com 167,08 sc/ha;  Costa Rica, com 163,38 sc/ha; São Gabriel do Oeste, com 157,07 sc/ha, Paraíso das Águas e com 146,6 sc/ha.

Os municípios de Brasilândia, Cassilândia, Paranaíba, Selvíria, Rio Negro, Pedro Gomes, Sonora, Aparecida do Taboado, Ribas do Rio Pardo, Bandeirantes, Camapuã, Douradina, Maracaju, Santa Rita do Pardo, Três Lagoas, Aral Moreira, Coxim, Rio Brilhante, Itaporã e Sidrolândia também apresentaram produtividade acima da média estadual e contribuíram significativamente para a produção total.

Já a distribuição da produção e da área cultivada apresentou concentração em alguns polos estratégicos, com Maracaju no topo do ranking de área, com 267,4 mil hectares e produção de 1,84 milhão de toneladas;  seguida de Sidrolândia, com 180,9 mil ha e 1,18 milhão de toneladas;  Ponta Porã, com 177,1 mil ha e 1,13 milhão de toneladas e Dourados, com 175,6 mil ha e 1,11 milhão de toneladas, somando 36% de todo o milho colhido no estado.

Para o assessor técnico da Aprosoja/MS, Flavio Aguena, os resultados refletem o avanço tecnológico e a capacidade de planejamento dos produtores. “Apesar de registros pontuais de falta de chuva e ocorrência de geada, no geral, o clima foi muito favorável em momentos cruciais do desenvolvimento do milho. Aliado à isso, a adoção de planejamento estratégico, com análise climática, escalonamento de semeadura, cultivares apropriadas e irrigação trouxe mais segurança para o campo e colaborou para o incremento de produtividade que tivemos.”

O plantio do milho segunda safra foi concluído em abril, com pequeno atraso em relação ao cronograma ideal, mas ainda dentro de parte da janela climática favorável para o desenvolvimento da cultura. A colheita foi encerrada em setembro, com atraso de aproximadamente duas semanas frente ao ciclo anterior.

Conforme o histórico de safra de Mato Grosso do Sul, em 10 anos, está é a segunda vez que a produtividade média ultrapassa as 100 sacas por ha. O último registro deste marco ocorreu na safra de 2023, quando o estado produziu 14,2 milhões de toneladas em 2,3 milhões de ha.

SIGA-MS
O Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga-MS) possui mais de 16 anos de atuação e é referência no monitoramento das lavouras de soja e milho em Mato Grosso do Sul. O projeto realiza levantamentos semanais, análises de produtividade e mapeamento do uso do solo, com base em informações estatísticas e dados georreferenciados. O trabalho une presença de campo, sensoriamento remoto e imagens de satélite para gerar dados do ciclo produtivo que orientam a tomada de decisão de produtores, instituições públicas e privadas em todo o estado.

Para conferir o boletim completo clique aqui.

Fonte: Joélen Cavinatto – Aprosoja MS



 

FONTE

Autor:Joélen Cavinatto/APROSOJA MS

Site: Aprosoja MS

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