Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 04/11/2025
FECHAMENTOS DO DIA 04/11

O contrato de soja para novembro fechou em baixa de 1,03% ou $ -11,50 cents/bushel, a $1108,25. A cotação de janeiro encerrou em baixa de 1,12% ou $ -12,75 cents/bushel, a $1121,50. O contrato de farelo de soja para dezembro fechou em baixa de 1,06% ou $ -3,4/ton curta, a $ 317,4. O contrato de óleo de soja para dezembro fechou em baixa de 0,62% ou $ -0,31/libra-peso, a $ 49,53.

ANÁLISE DA BAIXA

A soja negociada em Chicago fechou em baixa nesta terça-feira. A forte alta dos últimos dias, que levou a cotação para o maior nível em 16 meses e fez outubro ter a maior alta mensal em quase cinco anos, abriu espaço para correções em Chicago. O preço elevado fez a soja americana ficar cara para exportação e atrativa para impulsionar o produtor americano a vender no físico. Este difícil equilíbrio abriu espaço para a realização de lucros /correção de mercado desta terça. As compras de soja pela China seguem lentas e sem a declaração oficial do governo chines sobre os termos do acordo comercial EUA-China.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
AUMENTO DA VENDA DOS AGRICULTORES DERRUBA CHICAGO (baixista)

Os preços da soja fecharam em baixa em Chicago devido à realização de lucros por parte dos Fundos, após atingirem ontem o maior patamar em 16 meses. Por outro lado, a melhora nos preços levou a um aumento no volume de vendas no mercado físico dos EUA, o que também trouxe alguma tranquilidade aos compradores domésticos, visto que a colheita, segundo estimativas do setor privado, atingiu mais de 91% da área adequada.

CHINA CONTINUA NÃO COMPRANDO SOJA AMERICANA (baixista para CBOT, altista para o Brasil)

Sobre as relações comerciais entre os EUA e a China, os operadores esperam compras chinesas mais dinâmicas, já que, caso contrário, é altamente improvável que a meta anunciada pela Casa Branca de vender 12 milhões de toneladas de soja até 2025 seja cumprida no restante do ano. Isso se torna ainda mais relevante em um momento em que a oferta brasileira, já significativamente reduzida em volume físico, tornou-se mais barata e atrativa para a demanda internacional, inclusive da China. Tanto que a Reuters noticiou ontem que compradores chineses adquiriram 10 carregamentos de soja brasileira para entrega em dezembro (safra 2024/2025) e outros 10 para o período de março a julho (safra 2025/2026).

RUMORES SOBRE AS INTENÇÕES DE BANGLADESH (altista)

Possivelmente numa tentativa de acalmar as tensões, dada a falta de notícias da China sobre os acordos agrícolas — Pequim não comentou os volumes anunciados pela Casa Branca —, a Secretária de Agricultura dos EUA, Brooke Rollins, publicou em sua conta no Twitter: “Após o acordo comercial histórico do Presidente Trump com a China, outros países estão se apressando para comprar soja americana! Hoje, as três maiores empresas de processamento de soja em Bangladesh concordaram em comprar US$ 1 bilhão em soja americana no próximo ano. Isso é três vezes mais do que Bangladesh comprou em 2024!” Vale ressaltar que, segundo estimativas do USDA em setembro, Bangladesh precisaria importar um total de 2,4 milhões de toneladas de soja durante o ano comercial de 2025/2026.

EXPECTATIVAS DO RELATÓRIO DO USDA (altista)

Antes da divulgação do relatório mensal de estimativas agrícolas do USDA, que foi anunciado para sexta-feira, dia 14 deste mês, apesar da paralisação do governo americano
em curso — que hoje iguala o recorde de paralisação mais longa, com duração de 35 dias, ocorrida entre 22 de dezembro de 2018 e 25 de janeiro de 2019, durante o primeiro mandato de Donald Trump — a empresa StoneX reduziu ontem sua estimativa média mensal de produtividade da soja de 3.625 para 3605 kg/hectare, para uma safra agora ajustada de 117,74 para 117,11 milhões de toneladas. Esses números permaneceram acima das projeções do USDA de setembro, de 3.598 kg/hectare e 117,05 milhões de toneladas, respectivamente.

EUROPA IMPORTOU 17% A MENOS SOJA E FARELO (baixista)

A Comissão Europeia informou hoje que, até o momento, na safra 2025/2026, iniciada em 1º de julho, a União Europeia importou 3,81 milhões de toneladas até 2 de julho, 17% a menos que as 4,59 milhões de toneladas adquiridas no mesmo período de 2024. Enquanto isso, as compras de farelo de soja totalizaram 6,11 milhões de toneladas, ligeiramente abaixo das 6,24 milhões de toneladas do ano anterior.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.