Após 20 anos de negociações, a Argentina chegou a um acordo para assinar o protocolo sanitário para exportar farelo de soja para a China. A China procura alternar o fornecimento à demanda doméstica com novas Origens, diante das tensões crescentes com a guerra comercial com os Estados Unidos.

A Agência Bloomberg intitulou a abertura do mercado asiático para o farelo de soja argentino como um “novo soco” sobre os produtores norte-americanos. Ao mesmo tempo, a Agência adverte que precisará esperar as remessas de farelo de soja da Argentina para China para verificar o efeito. O Presidente da Câmara da Indústria Esmagadora da República Argentina (CIARA) e o Centro de Exportadores de Cereais (CEC), Gustavo Idígoras, ressaltaram que é “sem dúvida um fato histórico”.

“O que foi fechado em Pequim é o protocolo sanitário para a exportação de farelo de soja para a China”, explicou. Este protocolo será formalmente assinado hoje no Ministério da Agricultura. Neste sentido, “não é de esperar envios imediatos no momento”, comentou Idígoras. A Bolsa de Comércio de Rosário expressou sua satisfação com a condução bem sucedida, “que permitirá que as exportações se tornem eficazes no país asiático no próximo ano”.

A China é o maior consumidor mundial de farelo de soja, com as 67,3 milhões toneladas que utiliza internamente por ano, representando 28% de toda a farinha de soja utilizada globalmente.

Por seu lado, a Argentina é o maior exportador mundial de farelo e óleo de soja. Com isto, a Argentina poderia exportar 31 milhões toneladas de farelo de soja em 2019/20, representando 45% do comércio mundial deste produto. 80% do farelo de soja argentino é produzido na área da Grande Rosário e a partir daí é exportado em sua maior parte.

Fonte: T&F Agroeconômica


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