Impulsionado pelo salto do dólar e pela alta consistente dos contratos futuros em Chicago, o mercado brasileiro de soja teve uma quinta bem movimentada e com disparada nos preços. SAFRAS acredita que ao menos 1,5 milhão de toneladas trocaram de mãos.
Importante salientar que não há mais indicações para maio. Os preços são para pagamento e entrega entre junho e julho. No Sul, a maior parte dos negócios envolve venda futura, já para 2021, com indicação de R$ 109 em Paranaguá para junho de 2021 e de R$ 107,50 para o mesmo período em Rio Grande.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos saltou de R$ 103,00 para R$ 108,00. Na região das Missões, a cotação pulou de R$ 102,50 para R$ 107,00. No porto de Rio Grande, o preço avançou de R$ 107,50 para R$ 113,00.
Em Cascavel, no Paraná, o preço passou de R$ 101,00 para R$ 106,50 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca subiu de R$ 107,50 para R$ 113,50.
Em Rondonópolis (MT), a saca subiu de R$ 96,50 para R4 99,00. Em Dourados (MS), a cotação avançou de R$ 90,00 para R$ 92,00. Em Rio Verde (GO), a saca aumentou de R$ 94,00 para R$ 96,50.
Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mais altos. Sinais de retorno da demanda chinesa, preocupações com as baixas temperaturas nos Estados Unidos e a alta do petróleo sustentaram as cotações.
Após a China adquirir na terça 378 mil toneladas de soja em grão, hoje o país asiático comprou 686 mil toneladas de milho. A sinalização para o mercado é que, mesmo com as discussões envolvendo a origem do coronavírus, as transações comerciais entre americanos e chineses tendem a permanecer aquecidas para produtos agrícolas.
A previsão de temperaturas baixas para os próximos dias no cinturão produtor americano traz preocupação sobre o desenvolvimento inicial das lavouras. Completando o cenário positivo, o petróleo subiu de forma consistente, garantindo compras técnicas.
As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2019/20, com início em 1 de setembro, ficaram em 653.100 toneladas na semana encerrada em 30 de abril. Representa uma retração de 39% frente à semana anterior e uma elevação de 19% ante à média das últimas quatro semanas. A China liderou as importações, com 287.900 toneladas.
Para a temporada 2020/21, foram 177.500 toneladas. Os analistas esperavam exportações entre 400 mil a 1,350 milhão de toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com alta de 11,75 centavos ou 1,41% em relação ao fechamento anterior, a US$ 8,44 1/4 por bushel. A posição agosto teve cotação de US$ 8,45 por bushel, com ganho de 11,00 centavos ou 1,31%.
Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou inaterado a US$ 288,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 26,26 centavos de dólar, alta de 0,42 centavo ou 1,62% na comparação com o fechamento anterior.
Câmbio
O dólar comercial encerou a sessão em alta de 2,31%, sendo negociado a R$ 5,8360 para venda e a R$ 5,8340 para compra, renovando a máxima histórica de fechamento de ontem. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,7430 e a máxima de R$ 5,8750.
Fonte: Agência SAFRAS