A colheita das lavouras de milho avança no Estado e alcança, na semana, 46% da área total estimada, que é de aproximadamente 830 mil hectares.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, a produtividade das lavouras de milho em São Borja apresentou quebra de 50% sobre a produção estimada de 4.800 kg/ha por ocasião do plantio. Também foram observados prejuízos nas áreas irrigadas na ordem de 10% sobre a produtividade de 10.800 kg/ha esperada inicialmente. As chuvas registradas em Itacurubi favorecem o estabelecimento das lavouras de milho safrinha. Na Campanha, em Hulha Negra, foi realizado dia de campo, na terça-feira (07/02), sobre o cultivo de milho em terras baixas com sistema de irrigação por sulcos, de modo que seja aproveitada a estrutura de água e as terras habitualmente utilizadas para a cultura do arroz.

Na de Caxias do Sul, o tempo muito seco e as temperaturas elevadas da última semana poderão agravar as perdas nas lavouras. Há lavouras em todos os estádios de desenvolvimento, desde o desenvolvimento vegetativo até a colheita, porém predominam as em fase de enchimento de grãos.

Na de Erechim, a colheita avançou para 50% da área estimada. Os demais estágios são 10% em floração/pendoamento e 40% em enchimento de grão.

Na de Frederico Westphalen, a colheita está avançando rapidamente, alcançando 72%. Restam outros 26% em enchimento de grãos e maturação, e ainda 2% na fase de floração.

Na de Ijuí, mais de 70% da área foi colhida, e há redução da produtividade nas lavouras de sequeiro. Em Cruz Alta, as lavouras irrigadas, que foram colhidas durante a semana, tiveram excelente produtividade, variando entre 15.000 e 16.200 kg/ha. Devido ao clima seco, a qualidade do grão colhido é muito boa, apresentando baixa quantidade de grão ardido ou defeituoso e pouca incidência de fungos e de insetos.

Na de Pelotas, embora as chuvas da semana tenham sido esparsas e de volumes acumulados muito variáveis, as precipitações resultaram na retomada da umidade nos solos, possibilitando, até mesmo, a conclusão dos plantios de milho em várias localidades. Essas lavouras são áreas de milho de sequeiro e estão intensamente presentes nas regiões tradicionais onde há predomínio da agricultura familiar. No entanto, há perdas consolidadas em toda a região, que são irreversíveis, mesmo que ocorram chuvas nos próximos dias. Na região, 90% das lavouras inicialmente planejadas estão semeadas. A maior parte da cultura – 35% – está na fase de floração. Outros 33% estão em desenvolvimento vegetativo; 22%, em enchimento de grãos; 3%, na fase de amadurecimento e fechamento; e 7% das áreas já estão colhidas.

Na de Santa Maria, a cultura está sendo fortemente castigada pela estiagem. Foram semeados 84% dos aproximadamente 50 mil hectares previstos inicialmente. Da área semeada, 17% estão em desenvolvimento vegetativo, 26% em pendoamento ou enchimento de grãos – período mais crítico frente ao déficit hídrico –, 18% em maturação e 39% colhido.

Na de Santa Rosa, o plantio de milho grão safra representa 86% da área prevista, e os 14% restantea se referem a lavouras de milho grão safrinha, cujo plantio não foi retomado devido à falta ou ao baixo volume de chuvas nessa última semana. Por isso, não houve evolução da área total plantada, que permanece em 96%. As lavouras de milho safrinha implantadas em janeiro e em fevereiro estão severamente afetadas pelo quadro de estiagem e pelo déficit hídrico, comprometendo o potencial produtivo da cultura, pois essas condições climáticas prejudicam o seu desenvolvimento, a aplicação da adubação nitrogenada de cobertura e o controle de ervas daninhas e pragas, como a cigarrinha. A colheita das lavouras segue intensa e deverá continuar pelos próximos dias, já que a maior parte das lavouras está perdendo a umidade dos grãos de forma mais intensa em função das condições climáticas, que causaram grande estresse nas plantas, encurtando o ciclo das lavouras.

Na de Soledade, a maior parte das lavouras com semeadura no período intermediário do Zoneamento Agrícola e das lavouras com semeadura tardia (pós-tabaco e pós-feijão safra e milho safra silagem) está em desenvolvimento vegetativo, que, no geral, sofre com o estresse hídrico, contabilizando perdas. Assim como a soja, os produtores de milho também estão na expectativa do retorno de chuvas, visando estancar perdas e continuar a semeadura, pois muitas áreas ainda não foram semeadas devido ao solo seco. Na semana, o manejo foi o monitoramento e o controle da cigarrinha do milho, cuja incidência é baixa, e da lagarta do cartucho.

Comercialização (saca de 60 quilos)

De acordo com o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Estado, a cotação média do milho apresentou aumento, passando de R$ 83,31 para R$ 85,00/sc., representando uma elevação de 2,03% na semana.

Fonte: Informativo Conjuntural n° 1750 – Emater/RS



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