Ago/25 marcou o começo do ciclo de exportações da safra 24/25, início caracterizado pela redução nos embarques. Nesse primeiro mês, Mato Grosso foi responsável por 40,39 mil toneladas exportadas, representando 52,14% dos embarques nacionais. O volume apresenta redução de 36,78% em relação ao mesmo período do ciclo passado. Com base nos principais importadores do ciclo 23/24, Vietnã, Paquistão e Bangladesh continuaram relevantes no primeiro mês do ciclo 24/25, representando 13,65%, 22,92% e 18,40% do volume exportado em ago/25, respectivamente. Ao analisar os últimos cinco anos, agosto foi marcado pelo menor volume embarcado, e as exportações de ago/25 seguiram essa linha, ficando 14,18% inferior à média do mês para o período analisado. Por fim, apesar do início enfraquecido, a expectativa é que o ciclo registre novo recorde nas exportações.
Confira os principais destaques do boletim:
- PROGRESSO: a colheita do algodão em Mato Grosso atingiu 92,23%, avanço de 15,57 p.p. ante a semana passada, entrando na fase final dos trabalhos a campo.
- RETRAÇÃO: na ICE NY, o contrato de dez/25 fechou a média semanal com queda de 1,18%, pressionado, sobretudo, pela expectativa dos dados publicados do payroll americano.
- VALORIZAÇÃO: seguindo o movimento de alta do óleo de soja, o óleo de algodão ficou cotado na média de R$ 5.746,71/t, sendo um incremento de 2,71% no comparativo semanal.
A comercialização do algodão em MT segue marcada por cautela e diferentes dinâmicas entre as safras que estão sendo negociadas.
Para o ciclo 24/25, a comercialização avançou 2,26 p.p. em ago/25 frente a jul/25, alcançando 68,41% da produção estimada. O resultado, contudo, é o menor para os últimos dez anos, reflexo da postura mais cautelosa dos produtores diante dos preços, que
reduziram 0,61% no comparativo mensal, ficando na média de R$ 132,62/@ no mês, o menor desde out/24.
Já para a safra 25/26, os preços futuros mais atrativos e o receio com os custos elevados para o ciclo têm incentivado os cotonicultores a adiantarem parte das vendas. Com isso, a comercialização avançou 4,66 p.p. em ago/25, atingindo 27,22% da produção estimada, acima do observado no mesmo período da temporada anterior, mas 9,33% abaixo da média dos últimos cinco anos. Nos próximos meses, o comportamento dos preços será determinante para a comercialização, visto que ainda não há fundamentos que possam valorizar o algodão no mercado internacional.
Fonte: IMEA