O preço da pluma disponível em MT valorizou 0,77% na última semana, ante a anterior, com média de R$ 226,76/@. Quanto à paridade, os contratos de jul. 22 e dez.22 fecharam com média de R$ 211,51/@ e R$ 189,78/@, aumento de 3,88% e 0,95% no mesmo período, respectivamente.
As valorizações estão atreladas à alta da pluma na bolsa de NY. Para se ter ideia, o contrato corrente e o de jul.22 apresentaram altas significativas de 8,42% e 8,71% na última semana, respectivamente.
O alto índice de seca nos EUA e as perspectivas de baixos níveis de chuvas a longo prazo no país — segundo dados do NOAA —, tem gerado incerteza no mercado quanto à oferta da pluma mundial, o que influenciou as cotações na bolsa.
Por fim, os preços no estado só não estão maiores devido à constante queda do dólar, que, por sua vez, é reflexo das incertezas do mercado financeiro mundial.
Confira agora os principais destaques do boletim:
- Alta: impulsionado pela alta no preço do petróleo, o poliéster exibiu incremento de 5,38% ante a semana passada, cotado a uma média de ¢ US$ 43,82/lp.
- Valorização: reflexo da alta nos preços da pluma na bolsa de NY, o preço Cepea valorizou 1,33% quando comparado à semana passada, precificado a uma média de ¢ R$ 707,57/lp.
- Incremento: com a menor oferta no mercado, o preço do óleo de algodão apresentou nova alta de 1,82% no comparativo semanal, cotado a R$ 6.454,76/t na média do estado.
Os preços dos fretes rodoviários e marítimos têm atingido níveis recordes nos últimos dois anos.
Mesmo com a exportação da safra perdendo força em MT devido ao período de entressafra, o preço do frete rodoviário do algodão tem permanecido acima do observado em 2021. Ao analisar a rota entre Sapezal (maior município produtor) e o porto de Santos, a despesa com transporte valorizou 19,74% em mar. 22 ante a mar.21, chegando à média de R$ 444,82/t, pautado pelo aumento no valor do combustível.
Já em relação ao frete marítimo, o Índice Global de Frete de Contêiner aumentou 119,55% em relação a mar. 21, chegando à média de US$ 9.620,41/contêiner do mês atual, segundo os dados do Freightos Data.
O congestionamento de navios nos portos mundiais e a falta de contêiner são os principais fatores de sustentação dos preços até aqui. Por fim, a elevação nos preços dos fretes tem impactado o bolso do produtor, do comprador (trades e indústrias) e também, dos consumidores, uma vez que essa alta é repassada para a ponta da cadeia, o varejo.
Fonte: IMEA