Por Argemiro Luís Brum
Igualmente com a colheita encerrada nos EUA, o bushel de milho, em Chicago, para o primeiro mês cotado, fechou a quinta-feira (21) em US$ 4,26, contra US$ 4,19 uma semana antes.
Dito isso, as exportações do cereal, pelos EUA, atingiram a 820.608 toneladas na semana encerrada em 14/11, ficando dentro do esperado pelo mercado. Com isso, o total embarcado neste atual ano comercial atinge a 9,1 milhões de toneladas, ou seja, 32% abaixo do registrado em igual momento do ano anterior.
E no Brasil os preços se estabilizaram, havendo até alguns pequenos recuos em determinadas regiões, puxados pelo bom andamento da safra de verão (menos no Rio Grande do Sul, onde há falta de umidade em muitos locais). Assim, a média gaúcha fechou a semana em R$ 68,14/saco, enquanto nas demais praças nacionais os preços oscilaram entre R$ 56,00 e R$ 72,00/saco.
Já o plantio da safra de verão teria chegado, no dia 14/11, a 86% da área esperada no Centro-Sul brasileiro (cf. AgRural), enquanto a Conab aponta um plantio de apenas 52,4% até o dia 17/11 na totalidade do país. O Paraná está com o plantio encerrado, enquanto o Rio Grande do Sul chegava a 81% da área esperada no dia 14/11, ficando praticamente dentro da média histórica (cf. Emater). Em termos de Brasil, a Conab informou ainda que, na oportunidade,11,7% das áreas plantadas estavam em fase de emergência, 71,8% avançaram para desenvolvimento vegetativo, 14,4% estavam em floração e 2,1% chegavam ao enchimento de grãos.
Para a Conab, o total a ser colhido pelo Brasil, em 2024/25, chegaria a 119,8 milhões de toneladas, com um aumento de 3,6% sobre o ano anterior. Lembrando que o USDA aponta uma colheita final de 127 milhões de toneladas.
Enfim, a Secex indicou que o Brasil exportou, nos primeiros 10 dias úteis de novembro, um total de 2,75 milhões de toneladas de milho. Este volume representa um recuo de 25,6% na média diária em relação a todo o mês de novembro do ano passado. As expectativas mais otimistas apontam para uma exportação final entre 36 e 38 milhões de toneladas, após cerca de 55 milhões no ano anterior. Neste contexto, é preciso lembrar que a produção final brasileira, em 2023/24, foi cerca de 20 milhões de toneladas menor, do que a do ano anterior, devido a problemas climáticos.
Já a Anec estima que o Brasil, em todo o mês de novembro, irá exportar 5,6 milhões de toneladas de milho.
Fonte: Informativo CEEMA UNIJUÍ, do prof. Dr. Argemiro Luís Brum¹
1 – Professor Titular do PPGDR da UNIJUÍ, doutor em Economia Internacional pela EHESS de Paris-França, coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA (FIDENE/UNIJUÍ).