A cotação do milho, em Chicago, pouco se alterou nesta semana. O primeiro mês cotado fechou a quinta-feira (09) em US$ 4,18/bushel, contra US$ 4,21 uma semana antes.

O relatório de oferta e demanda do USDA não saiu neste dia 09/10 devido a crise orçamentária/fiscal do governo estadunidense. Grande parte dos serviços públicos dos EUA estão paralisados há uma semana.

Dito isso, a colheita avança, devendo estar ao redor de 40% da área semeada, enquanto a demanda pelo milho dos EUA melhorou, dando sustentação às cotações em Chicago. Mas a falta de estatísticas, devido a paralisação do governo dos EUA, deixa o mercado “perdido”, aumentando as especulações.

Já no Brasil os preços do milho se mantêm estáveis, com as principais praças gaúchas trabalhando ao redor de R$ 60,00/saco, enquanto nas demais regiões brasileiras os valores oscilam entre R$ 47,00 e R$ 60,00/saco. Já na B3, no dia 08/10 o mercado trabalhava nos seguintes valores: contrato novembro a R$ 66,50 e março/26 a R$ 71,35 por saco.

Por enquanto, a demanda interna continua firme, principalmente pelo lado da indústria de etanol. Se não fosse a valorização do Real, o preço do milho poderia estar melhor em algumas regiões do país.

Neste sentido, as exportações brasileiras de milho melhoraram em setembro, porém, com reflexos de negócios feitos antecipadamente, pois neste momento a liquidez nos portos nacionais está lenta. Atualmente, entre fevereiro e a parcial de setembro, dentro do novo ano comercial, os embarques somam 18,8 milhões de toneladas, ou seja, ainda 4% abaixo do volume exportado no mesmo período do ano passado. O risco, agora, é de o ritmo de embarques brasileiros voltar a diminuir em função da forte competição com a entrada da safra recorde dos Estados Unidos.

Fonte: Informativo CEEMA UNIJUÍ, do prof. Dr. Argemiro Luís Brum¹

1 – Professor Titular do PPGDR da UNIJUÍ, doutor em Economia Internacional pela EHESS de Paris-França, coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA (FIDENE/UNIJUÍ).



 

FONTE

Autor:Informativo CEEMA UNIJUÍ

Site: Dr. Argemiro Luís Brum/CEEMA-UNIJUÍ

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