Por Argemiro Luís Brum

O primeiro mês cotado, em Chicago, subiu um pouco durante a semana. O bushel do milho fechou a quinta-feira (23) em US$ 4,28, contra US$ 4,21 uma semana antes.

Neste contexto, encontra-se o avanço da colheita de milho nos EUA e uma redução no preço do óleo, apesar de o petróleo ter reagido fortemente neste dia 23/10 no mercado global. Por outro lado, ainda sem informações definitivas devido a paralisação do serviço público estadunidense, tem-se que existem informações de produtividade abaixo do esperado nas lavouras do cereal estadunidense. Dito isso, as cotações oscilam dentro de um patamar baixo há praticamente um mês em Chicago.

E no Brasil, os preços se mantiveram relativamente estáveis. As principais praças gaúchas continuam trabalhando com R$ 60,00/saco, enquanto a média gaúcha ficou em R$ 62,75/saco durante a semana. Nas demais praças nacionais os preços médios giraram entre R$ 47,00 e R$ 61,00/saco.

Estes preços não baixam mais porque existe recuo dos produtores em vender seu produto. A pequena desvalorização do Real, nesta última semana, auxiliou a melhorar um pouco as exportações, porém, as mesmas continuam insuficientes para dar conta da produção realizada na última safra. E para 2025/26, segundo a Conab, se espera um total de 138,6 milhões de toneladas a serem produzidas, com recuo de 1,8% sobre o ano anterior.

Para 2025/26, segundo ainda o órgão público, a área total semeada com milho no Brasil (três safras) deverá alcançar 22,7 milhões de hectares, crescendo 4,1% sobre o ano anterior. Já a produtividade média esperada é de 6.109 quilos/hectare, perdendo 5,4% sobre 2024/25. Diante disso, a produção total brasileira ficaria então em 138,6 milhões de toneladas, contra 141,1 milhões no ano anterior. No Rio Grande do Sul a área será de 817.100 hectares, crescendo 14,2% sobre 2024/25. Diante de uma produtividade esperada em 6.641 quilos/hectare (-12,5% sobre o ano anterior), a produção final gaúcha é estimada em 5,4 milhões de toneladas, repetindo a performance do ano anterior. A primeira safra nacional deverá resultar em 25,6 milhões de toneladas, a segunda safra 110,5 milhões e a terceira safra, produzida no Norte e Nordeste brasileiros, 2,5 milhões de toneladas.

Por outro lado, o plantio da safra de verão estava em 33,2% da área no dia 18/10, contra 34,4% na média dos últimos cinco anos. O Paraná estava com 90%, seguido por Rio Grande do Sul (85%), Santa Catarina (78%), Minas Gerais (3,3%) e São Paulo (3%).

E no Mato Grosso, segundo o Imea, os custos com os insumos do milho, para a nova safra, subiram 2,8%, com a média atingindo a R$ 2.922,01/hectare. Assim, naquele Estado, o produtor de milho, para comprar uma tonelada de ureia e uma de MAP, precisa entregar, respectivamente, 76,7 e 102,8 sacos de milho.

Já as exportações brasileiras de milho, segundo a Secex, nos primeiros 13 dias úteis de outubro atingiram a 3,57 milhões de toneladas, o que significa um recuo de 5,6% na média diária na comparação com outubro do ano passado.

Fonte: Informativo CEEMA UNIJUÍ, do prof. Dr. Argemiro Luís Brum¹

1 – Professor Titular do PPGDR da UNIJUÍ, doutor em Economia Internacional pela EHESS de Paris-França, coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA (FIDENE/UNIJUÍ).



 

FONTE

Autor:Informativo CEEMA UNIJUÍ

Site: Dr. Argemiro Luís Brum/CEEMA-UNIJUÍ

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