Por Argimiro Luís Brum
As cotações do milho, em Chicago, também cederam um pouco nesta semana. O fechamento desta quinta-feira (01/05) ficou em US$ 4,63/bushel, contra US$ 4,77 uma semana antes. A média de abril ficou em US$ 4,73, o que representou um aumento de 4,2% sobre março. Em abril do ano passado esta média foi de US$ 4,34/bushel.
Enquanto isso, o plantio do milho, nos EUA, até o dia 27/04, atingia a 24% da área esperada, contra 22% na média histórica. Do total até então semeado, 5% estava germinado, contra 4% na média.
Por outro lado, os embarques de milho estadunidense, na semana encerrada em 24/04, somaram 1,65 milhão de toneladas, ficando próximo do limite superior esperado pelo mercado. Assim, o total já embarcado pelos EUA, no atual ano comercial, chega a 40,9 milhões de toneladas, ou seja, 29% acima do realizado no mesmo período do ano anterior.
A cotação só não recuou mais porque, na semana, o governo Trump teria indicado emitir uma isenção emergencial para permitir a mistura de maior quantidade de etanol à gasolina. Lembrando que a base da fabricação do etanol nos EUA é o milho.
E aqui no Brasi, os preços do milho continuaram com viés de baixa. A média gaúcha fechou a semana em R$ 67,66/saco, enquanto as principais praças locais praticaram R$ 64,00/saco. Nas demais regiões do país, os preços oscilaram entre R$ 58,00 e R$ 76,00/saco.
Dito isso, segundo a Conab, até o dia 27/04 cerca de 30% das lavouras de milho da safrinha já estavam em enchimento de grãos, outros 52% estavam em floração e 18% em desenvolvimento vegetativo. Na maioria das regiões produtoras o clima melhorou, favorecendo as lavouras. Apenas em Minas Gerais surgem alguns problemas nas primeiras áreas semeadas, ainda em fevereiro.
Já a colheita da safra de verão teria chegado a 71,9% da área total do país, contra 68,1% na média histórica. Os estados mais adiantados na colheita são São Paulo (100%), Paraná (95%) e Santa Catarina (94,2%). No Rio Grande do Sul, segundo a Emater local, no dia 30/04 a colheita teria atingido a 90% da área, contra 82% na média histórica.
Pelo lado da exportação, a Secex informou nesta semana que, nos primeiros 17 dias úteis de abril, o Brasil exportou 141.053 toneladas de milho, sendo que a média diária ficou 176% acima da registrada para todo o mês de abril do ano passado. O preço médio do produto exportado recuou 21,6%, entre abril do ano passado e abril de 2025.
Fonte: Informativo CEEMA UNIJUÍ, do prof. Dr. Argemiro Luís Brum¹
1 – Professor Titular do PPGDR da UNIJUÍ, doutor em Economia Internacional pela EHESS de Paris-França, coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA (FIDENE/UNIJUÍ).