Novos acordos fitossanitários entre o Brasil e a China levaram os grãos brasileiros até o país asiático em novembro de 2022.
Esse foi, inclusive, o principal destino do milho brasileiro em dezembro de 2022 e janeiro de 2023. As perspectivas para este ano são boas para o milho brasileiro, com uma safra estimada em 123,7 mi ton, sendo cerca de 95 mi ton da segunda safra, o Brasil deverá exportar 47 mi ton de milho na safra 2022/23. Entre os principais destinos estão Irã, Japão, Egito, Espanha, e mais recentemente, China.
O Brasil também ajudou a suprir a demanda de países que ficaram desabastecidos pelo milho ucraniano desde o início dos conflitos com a Rússia. A Ucrânia era uma grande fornecedora de milho para a China, e com o interrupção dos embarques, os chineses compraram mais milho americano, fazendo com que outros países, que antes compravam milho estadunidense, se voltassem para o milho brasileiro como uma das únicas opções no mercado.
No último Mercado em Foco a CNA publicou uma projeção das exportações do Agronegócio brasileiro para a china de US$ 54,2 bilhões em 2023, 6,8% acima do ano anterior. Você pode conferir mais detalhes e a publicação na íntegra clicando aqui.
O Brasil é atualmente o segundo maior exportador de milho do mundo, atrás apenas dos EUA, e consideravelmente na frente da Argentina, outro importante fornecedor. Com o aumento da safra, atingindo recordes de produção ano após ano, o Brasil busca alcançar a posição de principal exportador de milho no mundo. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) já projeta as exportações de milho brasileiro para a safra 2022/23 acima das exportações estadunidenses, em 50 milhões de toneladas contra 48,9 milhões de toneladas para os americanos. Somente em 2023 o país já exportou 6,7 milhões de toneladas, com quase um milhão de toneladas já programadas para serem exportadas nos próximos meses.
Devido à sazonalidade da segunda safra, o ponto alto de exportação de milho brasileiro é no segundo semestre, sendo a safra de verão, ou primeira safra, mais focada no abastecimento interno. Essa é uma importante mudança na balança comercial mundial, e prova que o Brasil é um dos principais fornecedores de alimentos para o planeta. O país alimenta, sozinho, mais de um bilhão de pessoas, exportando produtos do agronegócio para mais de 200 países.
Fonte: CNA – Análise CNA – Edição Fevereiro 2023