Os preços de fertilizantes estão em queda no momento, e para entender como foram as compras de produtos  na safra 2022/23 é necessário olhar para o avanço na comercialização e na variação dos preços dos produtos.

As negociações de insumos da safra 2022/23 de soja tiveram início agosto de 2021. Até o começo dos conflitos entre Rússia e Ucrânia, em fevereiro de 2022, os produtores já haviam adquirido quase 50% dos fertilizantes necessários para as lavouras, na média Brasil. Nesse momento, os preços apresentavam uma tendência de recuo ante os meses anteriores, mas a situação foi revertida com a invasão. É interessante ressaltar que quando a invasão russa começou, ninguém poderia esperar uma redução dos preços nos meses seguintes, e era muito difícil de realizar projeções sobre quanto os países ainda iriam exportar de fertilizantes ou quando os conflitos iriam acabar.

O produtor precisava comprar adubo cedo, para garantir a logística necessária para entregar os produtos a tempo do plantio da próxima safra de verão. O aumento nos preços fez com que os produtores corressem para o mercado para garantirem produtos. Porém, em junho de 2022, os preços voltaram a cair, seguindo novamente o comportamento visto em dezembro e janeiro do ano anterior.

O valor médio do MAP durante a safra foi cerca de R$ 6,1 mil/ton, acima do preço de janeiro de 2022, antes da guerra. O KCl teve o mesmo comportamento, com o preço médio ficando próximo de R$ 5,8 mil /ton. A Ureia teve o menor preço médio, com os produtores pagando cerca de R$ 5,1 mil /ton do fertilizante, bem abaixo dos quase R$ 6 mil pagos no final de janeiro, mas ainda acima do valor de R$ 4,5 mil no qual o produto era cotado em fevereiro, antes do início dos conflitos.

Para a safra 2023/24, a comercialização dos insumos da safra de soja estão em 5% na média Brasil pelas praças acompanhadas pelo Campo Futuro. Para o milho verão, acomercialização está em 4,1%. As compras estão um pouco mais atrasadas comparadas ao ano anterior, devido à atual queda dos preços. Os produtores buscam preços ainda melhores e bons valores de relação de troca, que no momento está favorável.

Fonte: CNA  – Análise CNA – Edição Fevereiro 2023

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