Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira em baixa. Após ganhos iniciais – após o anúncio de acordo comercial entre China e Estados Unidos -, o mercado mudou de direção e recuou diante da previsão de clima favorável ao desenvolvimento das lavouras americanas.

Os agentes mostram dúvidas quanto à eficácia do acordo para o setor agropecuário americano e optaram por se posicionar diante da divulgação de novos números de oferta e demanda nos Estados Unidos e de safra no Brasil.

Um dos principais representantes comerciais dos Estados Unidos, o Secretário do Tesouro Scott Bessent, classificou as negociações como bem-sucedidas durante seu depoimento em uma audiência de comissão da Câmara hoje.     Sobre as negociações com outros países, ele afirmou: Estamos em negociações amplas com 18 parceiros comerciais importantes.

O secretário ainda enfatizou que a China tem uma oportunidade única de estabilizar sua economia ao mudar de um modelo baseado em produção industrial excessiva para exportação para um modelo com maior foco no consumo doméstico.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deverá, no seu relatório de junho, indicar um pequeno corte na produção de soja norte-americana em 2025/26. Os estoques, no entanto, devem ser revisados para cima. Os dados para oferta e demanda americana e mundial serão divulgados na quinta, 12, às 13h.

Analistas consultados pelas agências internacionais indicam que o número para a safra americana em 2025/26 deverá ficar em 4,338 bilhões de bushels, contra 4,340 bilhões previstos em maio.

Para os estoques de passagem, a previsão é de um número de 302 milhões de bushels para 2025/26, contra 295 milhões projetados em maio. Para 2024/25, a aposta é de um aumento, passando dos 350 milhões indicados em maio para 352 milhões de bushels.

Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2024/25 de 123,1 milhões de toneladas. Em maio, o número ficou em 123,2 milhões. Segundo o mercado, a indicação do USDA para 2025/26 deverá ser de 124,6 milhões de toneladas, contra 124,3 milhões projetados em maio.

O USDA deverá elevar a estimativa para a safra do Brasil em 2024/25 de 169 milhões para 169,2 milhões de toneladas. Já a estimativa para a Argentina deverá ser mantida em 49 milhões de toneladas.

Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com baixa de 7,25 centavos de dólar ou 0,68% a US$ 10,50 1/2 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 10,29 1/4 por bushel, perda de 2,00 centavos ou 0,19%.

Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com baixa de US$ 1,70, ou 0,57%, a US$ 294,20 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 48,02 centavos de dólar, com ganho de 0,23 centavo ou 0,48%.

Fonte: Dylan Della Pasqua / Safras News



 

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Autor:Dylan Della Pasqua / Safras News

Site: Safras & Mercado

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