A colheita do arroz foi prejudicada pelas precipitações ocorridas em dois momentos distintos ao longo do período, sendo retomada em grande parte do Estado apenas em 04/04. Os orizicultores que também cultivam outras culturas, como soja e milho, têm priorizado a colheita do arroz em razão do elevado risco de deterioração da qualidade dos grãos, provocado por ciclos sucessivos de umedecimento e secagem, causados pelas chuvas intermitentes. Adicionalmente, há apreensão quanto ao acamamento das plantas em função da possibilidade de ventos e chuvas mais intensas, o que pode dificultar a operação mecanizada, aumentar perdas quantitativas e comprometer o rendimento industrial.
A área colhida alcança 68%, e a produtividade média é de 8.376 kg/ha, considerada muito satisfatória. Nas áreas remanescentes (32%), os produtores têm intensificado as práticas de drenagem com o objetivo de facilitar a entrada das colhedoras, otimizar o escoamento dos grãos e preparar adequadamente o solo para o manejo da resteva. A maioria dessas lavouras encontra-se em maturação fisiológica, com potencial de colheita acelerada, desde que as condições climáticas permaneçam favoráveis nas próximas semanas.
Em relação à comercialização, persiste a preocupação dos produtores com a queda dos preços em diversos municípios e com a manutenção de patamares baixos nos demais, o que compromete a rentabilidade da atividade.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a ocorrência de precipitações suspendeu temporariamente as operações de colheita. Na Fronteira Oeste, os trabalhos estão em estágio avançado: em São Borja e em Maçambará, cerca de 90% da área cultivada foi colhida. As produtividades seguem acima das expectativas iniciais em virtude do desempenho satisfatório das lavouras durante os estádios vegetativo e reprodutivo, favorecidos pelas condições climáticas ao longo do ciclo. Na Campanha, no município de Bagé, aproximadamente 60% da área plantada foi colhida, mas a continuidade da operação está condicionada à estabilidade climática.
Na de Pelotas, em Piratini e Cerrito, a colheita foi encerrada. Em São Lourenço do Sul e Pedras Altas, 95% foram colhidos. Em termos regionais, a colheita alcança 56%. Em maturação são 43%; e em enchimento de grãos, 1%.
Na de Santa Maria, a colheita alcança 55%, apresentando rendimentos distintos: em Cachoeira do Sul e Restinga Sêca, as produtividades obtidas superam as projeções; em Cacequi e São Pedro do Sul, estão abaixo das estimativas iniciais.
Na de Soledade, no Baixo Vale do Rio Pardo, as precipitações fracas ocasionaram breves interrupções nas operações de colheita. Até o momento, 55% da área cultivada foi colhida. A produtividade tem se mostrado elevada na maioria das lavouras. Os grãos apresentam qualidade satisfatória, reflexo do suprimento hídrico adequado durante a maior parte do ciclo da cultura. Em algumas áreas, foram observados grãos chochos ou malformados, atribuídos à ocorrência de temperaturas elevadas durante a floração.
Comercialização (saca de 50 quilos)
O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, reduziu 2,81%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 78,73 para R$ 76,52.
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Fonte: Emater/RS