A cultura está em fase de implantação, e houve avanço significativo na área semeada durante o período. A ocorrência recente de chuvas interrompeu apenas temporariamente os trabalhos de plantio, levando à retomada das operações nos talhões com melhor capacidade de drenagem, principalmente em solos de textura média à arenosa. Nas propriedades de maior extensão, a infraestrutura robusta, composta por maquinário adequado e mão de obra qualificada, tem possibilitado alta eficiência e celeridade nas atividades de plantio, sempre que as condições ambientais se mostram favoráveis. A elevação das temperaturas, a partir de 19/10, favoreceu a germinação rápida e uniforme das sementes.

Referente ao manejo das áreas implantadas, em função do excesso de umidade, foi necessário realizar a adubação nitrogenada por via aérea em determinadas áreas. Apesar do aumento de custo dessa prática, os resultados são promissores, pois haverá excelente absorção de nutrientes devido à umidade pré-existente no solo, que favorece a disponibilidade do nitrogênio aplicado, otimizando o aproveitamento por parte das plantas.

Prosseguiu o controle de plantas daninhas por meio da aplicação de herbicidas em préemergência nas áreas recém-semeadas, e em pós-emergência nas mais avançadas.

As lavouras semeadas em setembro estão mais adiantadas em termos de ciclo produtivo, já com os sistemas de irrigação, garantindo o suporte hídrico necessário ao desenvolvimento da cultura. O arroz pré-germinado apresenta bom desenvolvimento, assim como o arroz semeado em solo seco, que cresce e se desenvolve dentro da normalidade. No Baixo Vale do Rio Pardo, registrou-se incidência de caramujo acima do normal em lavouras de arroz pré-germinado.

O Instituto Rio Grandense de Arroz (IRGA) projeta área de 948.356 hectares cultivados. A Emater/RS-Ascar estima produtividade de 8.478 kg/ha.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, a intensa precipitação, registrada em 15/10, interrompeu temporariamente a semeadura, mas o avanço da operação permanece expressivo. Em São Borja, o plantio já superou 50% da área projetada de 33,5 mil hectares. Porém, não expandiu para as planícies alagáveis, que ainda apresentam excesso de umidade, causado pelas chuvas intensas.

Em Maçambará, também se ultrapassa 50% da área projetada para a semeadura, que totaliza 20 mil hectares. Na Campanha, apesar dos altos volumes precipitados no início do período recomendado de plantio, houve avanço substancial na área semeada. Em Dom Pedrito, 20% dos 38 mil hectares foram plantados.

Na de Pelotas, houve grande avanço no plantio. Os rizicultores intensificaram a semeadura para recuperar o atraso causado pelas chuvas frequentes. Atualmente, 27% da área projetada está semeada, mas há grande defasagem em relação ao ano anterior, quando 74% haviam sido implantados na mesma época.

Na de Santa Maria, 20% da área foi semeada. Na região da Quarta Colônia, os produtores continuam os preparativos para o plantio, utilizando o sistema pré-germinado. Contudo, em algumas áreas, o solo ainda apresenta excesso de umidade, o que impede o avanço das operações. Nas áreas com menor umidade, realizam-se gradagens leves, que têm como objetivo o controle das plantas espontâneas.

Na de Santa Rosa, ainda não foi iniciada a semeadura. O aumento da evaporação deve favorecer a redução da umidade do solo, acelerando o processo de secagem e permitindo a entrada dos maquinários nas áreas de cultivo. O atraso, no entanto, pode resultar em perdas de produtividade ao final da safra, impactando o rendimento de grãos inteiros por causa da redução da radiação solar na época do final de ciclo da cultura.

Na de Soledade, a diminuição do tempo de solo saturado por água possibilitou a entrada de semeadoras com menor intervalo de espera. Após as chuvas de terça (15/10), o tempo se firmou, e no final do período a semeadura foi retomada, alcançando 20% da área na região. Em Rio Pardo, estima-se que 25% da área foi semeada. Em Candelária, há perspectivas de aumento de área, se os talhões atingidos por enchentes forem sistematizados a tempo.

Comercialização (saca de 60 quilos)

O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, aumentou 0,20%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 116,09 para R$ 116,32.

Confira o Informativo Conjuntural n° 1837 Emater/RS completo, clicando aqui!

Fonte: Emater RS



 

FONTE

Autor:Informativo Conjuntural 1838

Site: EMATER/RS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.