Em agosto, as cotações do milho na bolsa B3 apresentaram movimentos distintos. Isso porque, na primeira quinzena, os preços apresentaram alta em virtude da demanda pelo cereal, com a máxima cotação de R$ 38,45/sc. Por outro lado, com a aproximação do fim da colheita no início da segunda quinzena em MT, uma baixa nas cotações foi constatada devido à maior disponibilidade interna.

Esse fato desestimulou os produtores a fecharem negociações e muitos estão fora do mercado. Com isso, segundo informantes do Imea, os produtores estão à espera de preços melhores para a comercialização do seu produto e uma melhora nos preços no final dessa semana já foi observada devido à valorização da taxa cambial.

Assim, com a constante alta no dólar, é importante o produtor analisar todas as oportunidades do mercado, principalmente as exportações, que no mês de julho escoaram aproximadamente 1,5 milhão a mais de toneladas que no mesmo período do ano passado.

Confira os principais destaques do boletim:

  • O preço do indicador Imea – MT voltou reagir na última semana, com avanço de 2,89% e a cotação média de R$ 23,13/sc, em virtude da recuperação na B3 e do dólar.
  • Com perspectivas mais favoráveis para as condições das lavouras do Estados Unidos, as cotações na bolsa CME – Group para set/19 e jul/20 apresentaram queda na semana anterior de 0,80% e 0,33%, respectivamente.


  • Um cenário diferente foi observado na última semana quanto ao preço paridade exportação (jul/20) ante a semana passada. Dessa vez, o indicador apresentou avanço de 2,95%, explicando principalmente pela alta do dólar.
  • As relações I/ Disponível e I/ Paridade (jul/20) fecharam com desvalorização de 2,80% e 2,88%, respectivamente, pautadas na alta do indicador Imea e no preço paridade.

CLIMA EM JOGO:

Na ultima segunda-feira (26/08), o USDA divulgou o acompanhamento da safra 2019/20 do EUA, trazendo o índice de condições das lavouras de milho em boas e excelentes para 57% na média do país.

As principais regiões produtoras, Iowa e Illinois, apresentam situações distintas. A primeira apresenta 65% das lavouras em condições favoráveis, por outro lado, o estado de Illinois está considerando 49%, bem abaixo da média do país.

Além disso, outras regiões, como Ohio (32%) e Indiana (30%), estão com índices de condições das lavouras mais preocupantes. Grande parte dos estados norte-americanos estão a espera de temperaturas mais quentes para realmente definirem o rumo da safra que até o momento continua incerta no leste do centurão do milho.

Diante desse cenário, é importante acompanhar os novos relatórios do NOAA, visto que as previsões do Departamento indicam a ocorrência de um tempo mais firme e possibilidade de geadas na safra do milho norte-americano.

Fonte: IMEA

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