A deficiência hídrica é um dos principais se não o principal fator limitante da produtividade da soja. Durante seu ciclo de desenvolvimento, a cultura apresenta diferentes demandas hídricas, sendo a maior delas durante o período reprodutivo, quando há a formação e enchimento dos grãos.

Além de afetar o crescimento e desenvolvimento vegetal, restrições hídricas podem impactar negativamente a produtividade da soja, fato agravado em cenários que apresentam compactação do solo, baixo volume radicular das plantas, e/ou desequilíbrio nutricional. Logo, visando boas produtividades de soja, é essencial a adequada disponibilidade hídrica ou pelo menos estratégias quer permitam atenuar os efeitos de curtos períodos de déficit hídrico.

Além do adequado posicionamento da cultura no campo, de bons atributos físicos do solo e da coinoculação da soja, uma alternativa em especial sob condições de estresse hídrico é a aplicação de bioestimulantes. Analisando a aplicação de cinco bioestimulantes na cultura da soja (T1 – Aminoácidos; T2 – Extrato de Alga; T3 – Ácidos fúlvicos; T4 – Fitohormônios; T5 – Nutrientes e T6 – Controle), Cavalcante et al. (2020) obtiveram resultados que demonstram a viabilidade do uso dessas ferramentas para mitigar os efeitos do déficit hídrico.



Os autores analisaram distintas variáveis biométricas, fisiológicas e produtivas da soja. Sobretudo, os resultados obtidos com relação a produtividade da cultura, demonstra que dentre o grupo de bioestimulantes analisados, extrato de alga (T2) e ácidos fúlvicos (T3) promoveram maior incremento na produtividade da soja, sendo esse de respectivamente 20,50% e 22,05% em relação a testemunha (controle).

Tabela 1. Médias da produtividade de grãos (PG) e massa de 100 grãos (M100G), em função dos tratamentos, Safra 2018-19, Rio Verde-Goiás.

Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si segundo teste Tukey a 5% de probabilidade Fonte: Cavalcante et al. (2020)

Contudo, de maneira geral, ambas as substancias bioestimulantes mostraram-se eficientes em promover uma maior capacidade da planta em suportar um período de déficit hídrico (Cavalcante et al., 2020), podendo ser utilizadas como ferramentas de manejo para atenuar os efeitos do déficit hídrico em soja, nas condições avaliadas.

Confira o trabalho completo de Cavalcante e colaboradores (2020) clicando aqui!

Referências:

CAVALCANTE, W. S. S. et al. EFICIÊNCIA DOS BIOESTIMULANTES NO MANEJO DO DÉFICIT HÍDRICO NA CULTURA DA SOJA. Irriga, Inovagri, Notas Técnicas, Botucatu, v. 25, n. 4, p.754-763, 2020. Disponível em: < https://actaarborea.fca.unesp.br/index.php/irriga/article/view/4186 >, acesso em: 22/12/2022.

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