A escolha da área para o plantio de determinadas culturas, o preparo de solo e a adubação adequada, a utilização de sementes e mudas certificadas, o Manejo Integrado de Pragas, Doenças e Plantas Daninhas, são algumas Boas Práticas Agrícolas (BPA’s) incentivadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e orientadas pela Emater/RS-Ascar junto aos agricultores gaúchos.

O objetivo é produzir e oferecer alimentos “limpos”, que garantam a segurança alimentar da população, cada vez mais exigente em ter acesso a alimentos em qualidade e quantidade suficientes, atendendo inclusive à busca por saúde e melhor qualidade de vida a partir da alimentação.

Aqui no RS trabalhamos há anos no propósito de garantir uma alimentação de qualidade e capacitamos agricultores para a adoção das BPA’s. O objetivo é incentivar o uso racional dos recursos naturais oferecendo ao consumidor um alimento seguro, garantido a partir da rastreabilidade na etapa primária da cadeia produtiva. Aliás, uma das BPA’s priorizadas pela Extensão Rural é a elaboração de um sistema de rastreabilidade, que registra dados sobre as culturas, desde a área plantada, passando por todos os processos e procedimentos de manejo das culturas, como higiene e saúde dos trabalhadores, equipamentos e utensílios usados na colheita e armazenagem, até o transporte e a comercialização.

Considerando, através de pesquisa, que de 35 a 40% do total de hortigranjeiros comercializados no RS passam pela Ceasa, e utilizando os critérios definidos pelo Programa de Monitoramento e Acompanhamento de Resíduos de Agrotóxicos daquela unidade, é que priorizamos, num primeiro momento, a capacitação de produtores ceaseiros. Assim, ao longo de 2018, capacitamos nas BPA’s 2.034 produtores, através de 39 cursos básicos, realizados em 42 municípios gaúchos, atingindo a quase totalidade dos produtores que abastecem a Ceasa.

Neste ano, a prioridade é a rastreabilidade de produtos vegetais, que toma por base a Instrução Normativa Conjunta nº 2 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que obriga a padronização de informações em frutas, verduras e hortaliças, que identifiquem o produtor ou o responsável no próprio produto, ou mesmo nos envoltórios, caixas, sacarias e demais embalagens, seja através de etiquetas impressas e de sistemas de QR Code, que podem ser utilizados para identificação dos produtos.

A partir dessa Normativa, o produtor deve informar o endereço completo da origem do produto, com as coordenadas geográficas, nome, variedade ou cultivar, quantidade, lote, data da colheita ou embalagem, fornecedor e CPF, CNPJ ou Inscrição Estadual. Os agricultores gaúchos podem contar com a Assistência Técnica e Extensão Rural e Social da Emater/RS-Ascar na nobre tarefa de produzir alimentos com qualidade, de maneira sustentável em todas as etapas da produção.

Autor: Alencar Paulo Rugeri Diretor técnico da Emater/RS e superintendente técnico da Ascar


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