O preço do milho disponível em Mato Grosso, na última semana, ficou 19,00% maior que a média do mesmo período de 2021, cotado a R$ 79,37/sc. Sabe-se que, historicamente, o período de entressafra é caracterizado por uma pressão altista nas cotações do cereal no estado, devido a menor oferta do grão.

Além disso, o aumento dos preços na CME-Group, em virtude da menor produção esperada na América do Sul e os conflitos bélicos entre Rússia x Ucrânia, auxiliaram na manutenção dos preços patriciados na bolsa. Por outro lado, mesmo com a alta em Chicago, o preço em Mato Grosso apresentou queda de 0,34% ante a semana passada devido ao dólar.

Por fim, a incerteza quanto a oferta ucraniana de milho segue impulsionando as cotações em Chicago, no entanto, o dólar pode continuar pressionando os preços no estado caso siga uma tendência de queda.

Confira agora os principais destaques do boletim:

  • Baixa: a bolsa brasileira, influenciada pela queda na cotação do dólar, se desvalorizou 4,71% ante a semana passada, e apresentou o valor médio de R$ 97,97/sc.
  • Retração: as cotações da paridade de exportação referentes a jul.22, apresentaram queda de 6,75% ante a semana passada, e ficou cotada a R$ 75,89/sc.
  • Queda: devido às taxas de juros no Brasil estarem mais atrativas ao investidor internacional, o dólar registrou queda de 4,76% e fechou a semana cotado a R$ 4,87/US$.

O adiantamento na semeadura do milho já reflete no NDVI de Mato Grosso em relação ao mesmo período da safra passada.

O NDVI (Índice de Vegetação da Diferença Normalizada) é utilizado para analisar a condição da vegetação nas imagens por sensores remotos e, a partir disso, avaliar parâmetros como nutrição, sanidade das plantas, déficits hídricos, entre outros.

O Índice para a safra 21/22 confirma o adiantamento observado na semeadura do grão neste ano. Além disso, a estimativa está próxima ao observado nas safras 18/19 e 19/20, nas quais apresentaram produtividades de 110,91 sc/ha e 109,02 sc/ha (recordes da série histórica), respectivamente.

Diante deste cenário, o otimismo com a safra segue dentro do esperado, o que reforça a projeção de produtividade de 107,31sc/ha. Por fim, os fatores climáticos seguem em aberto no estado, no entanto, segundo o TempoCampo, é esperado um acumulado entre 20 mm e 300 mm de chuva em boa parte do estado.

Fonte: IMEA

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