Comentários referentes à 06/03/2025, por T&F Agroeconômica
FECHAMENTOS DO DIA 06/03
O contrato de soja para maio, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 1,53%, ou $ 15,50 cents/bushel a $ 1027,25. A cotação de julho, fechou em alta de 1,41% ou $ 14,50 cents/bushel a $ 1039,50. O contrato de farelo de soja para maio fechou em alta de 1,70 % ou $ 5,1 ton curta a $ 304,9 e o contrato de óleo de soja para maio fechou em alta de 0,42 % ou $ 0,18/libra-peso a $ 43,17.
ANÁLISE DA ALTA
A soja negociada em Chicago fechou em alta nesta quinta-feira. O mercado ainda está aproveitando para recompor a carteira, depois de uma forte sequência de quedas dos grãos.
As idas e vindas do presidente Trump sobre as tarifas comerciais estão causando volatilidade no mercado e já começam a serem recebidas com algum grau de desconfiança. Como resumiu o analista sênior da Farm Futures, Bem Potter “Ocasionalmente, vale a pena notar que o latido do presidente Trump nem sempre corresponde à sua mordida, e a estratégia tarifária do governo é a Prova A dessa realidade.”
Do lado fundamental, a soja se equilibra entre a perspectiva de uma menor área plantada nos EUA em 2025 e colheita da grande safra brasileira.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
TRUMPULÊNCIAS (hoje foram altistas)
A soja completou seu segundo dia de alta consecutiva em Chicago devido às compras de investidores diante da possibilidade de a Casa Branca moderar, ao menos temporariamente, sua escalada tarifária contra o México e o Canadá (como está sendo estendida no setor de milho).
EUA-MENOR ÁREA (altista)
Do lado dos fundamentos do mercado agrícola, a previsão de menor área em 2025/2026 nos Estados Unidos permaneceu otimista, conforme projetado preliminarmente pelo USDA em seu recente Fórum Anual, onde previu uma queda de 35,25 para 33,99 milhões de hectares. E quase um mês antes do início da semeadura nos EUA, os operadores estão começando a analisar a situação climática e as condições do solo. Nesse sentido, após a atualização do mapa que monitora a seca, o USDA aumentou hoje a área destinada à soja que está passando por algum grau de seca de 46% para 50%, ante 31% no mesmo período em 2024.
BRASIL-FANTÁSTICA RECUPERAÇAO DA COLHEITA (baixista)
A pressão continuou hoje devido ao avanço da colheita no Brasil – a consultoria Céleres reduziu sua estimativa de produção de 174 para 171,60 milhões de toneladas e pela entrada de novos grãos no circuito comercial, enquanto as chuvas recentes foram favoráveis às lavouras na Argentina.
EUA-EXPORTAÇÕES MENORES (baixista)
O relatório semanal de hoje sobre as exportações dos EUA ficou entre neutro e levemente pessimista, para o período de 21 a 27 de fevereiro, já que nele o USDA reportou vendas de soja 2024/2025 de 352,9 mil toneladas, abaixo das 410,9 mil toneladas do relatório anterior e no limite inferior do intervalo administrado pelas empresas privadas, que era de 300 mil a 550 mil toneladas. “As vendas líquidas caíram 14% em relação à semana anterior, mas permaneceram inalteradas em relação às quatro semanas anteriores”, disse o USDA, que nomeou a China como principal compradora, com 205.700 toneladas, das quais 202.000 foram inicialmente indicadas para destinos desconhecidos.
EUA-VENDA NOVA (altista)
Em seus relatórios diários, o USDA confirmou uma nova venda de óleo de soja dos EUA 2024/2025 para destinos desconhecidos, por 20.000 toneladas.
Fonte: T&F Agroeconômica