Comentários referentes à 30/01/2025, por T&F Agroeconômica
FECHAMENTOS DO DIA 30/01
O contrato de soja para março, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -1,56, ou $ -16,50 cents/bushel a $ 1044,00. A cotação de maio, fechou em baixa de -1,44% ou $ -15,50 cents/bushel a $ 1059,75. O contrato de farelo de soja para março fechou em baixa de -1,65 % ou $ -5,1 ton curta a $ 304,7 e o contrato de óleo de soja para março fechou em alta de 0,02 % ou $ 0,01/libra-peso a $ 44,98.
ANÁLISE DA BAIXA
A soja negociada em Chicago fechou em baixa nesta quinta-feira. O mercado optou pela realização de lucros, visto o iminente anúncio de tarifas de 25% no comércio com o Canadá e o México que o novo governo americano estudava. Os dois países são os principais parceiros comerciais dos EUA. (As tarifas foram anunciadas após o fechamento da sessão e já está tendo desdobramentos em diversos produtos do mercado financeiro, os três grãos operam em baixa no pregão noturno)
O relatório de vendas para o exterior caiu 71% em relação a semana anterior e 33% em comparado a média de quatro semanas. O volume vendido ficou abaixo da expectativa mínima do mercado.
A redução nas vendas veio de encontro com o começo da nova presidência americana e da entrada no circuito comercial dos novos grãos brasileiros, o que sazonalmente pressiona os preços.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
À ESPERA DAS TARIFAS DE TRUMP (baixista para CBOT e altista para Brasil)
A soja está sendo negociada em baixa em Chicago diariamente, em meio a uma tomada de lucro por investidores que estão cautelosos sobre a chance e o governo Trump cumprir as ameaças feitas ao Canadá e ao México – entre outros – em relação à imposição de tarifas de 25% sobre produtos importados de ambos os países a partir de 1º de fevereiro.
EUA-EXPORTAÇÕES NEGATIVAS (baixista)
Além disso, o relatório semanal de exportações, desta vez referente ao período de 17 a 23 de janeiro, divulgado hoje pelo USDA, foi negativo para o mercado de soja dos EUA, onde foram reportadas vendas para a safra 2024/2025 de 438 mil toneladas, abaixo das 1.491.800 toneladas. do relatório anterior e da faixa esperada pelas empresas privadas, que era de 450.000 a 1.700.000 toneladas. “As vendas líquidas caíram 71% em relação à semana anterior e 33% em relação à média das quatro semanas anteriores”, disse o USDA, citando a China como principal comprador, com 145.300 toneladas.
BRASIL-SAFRA RECORDE (baixista)
Por outro lado, além do atraso na colheita da soja no Brasil devido ao excesso de umidade na região Central, o mercado começará a sentir a pressão que a entrada do novo grão no circuito comercial exercerá. Além disso, grande parte dos analistas privados continua prevendo um recorde de cerca de 170 milhões de toneladas para o principal produtor e exportador da oleaginosa.
ARGENTINA-REDUÇÃO DE SAFRA (altista)
A situação é diferente na Argentina, onde o clima quente e seco já reduziu o potencial de rendimento em grandes áreas agrícolas, que precisam de umidade regular nas próximas semanas para evitar o agravamento das perspectivas ruins.
Fonte: T&F Agroeconômica