Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 21/10/2025
FECHAMENTOS DO DIA 21/10
O contrato de soja para novembro fechou em baixa de 0,10% ou $ -1,00 cents/bushel, a $1.030,75. A cotação de janeiro encerrou em baixa de 0,14% ou $ -1,50 cents/bushel, a $1.048,50. O contrato de farelo de soja para dezembro fechou em alta de 0,67% ou $ 1,9/ton curta, a $ 286,9. O contrato de óleo de soja para dezembro fechou em baixa de 1,29% ou $ -0,66/libra-peso, a $ 50,65.
ANÁLISE DA BAIXA
A soja negociada em Chicago fechou em baixa nesta terça-feira. As cotações da oleaginosa foram sustentadas nos últimos dias pelo otimismo, ou esperança, do mercado de algum avanço nas negociações da guerra comercial entre EUA e China. O presidente Donald Trump apostou no tema, após a cobrança de organizações de produtores de soja. Do lado chines, evitar compras do grão americano tem sido um eficiente meio de pressão na guerra comercial. Sem a estimativa oficial, o mercado se baseia que 73% da soja americana já foi colhida, segundo pesquisa da Reuters.
Os embarques para diversos destinos estão aumentando, mas no acumulado do ano comercial estão em queda de 31% em relação ao mesmo período do ano passado, cobrindo penas 12,2% da estimativa do USDA para o 25/26. Este é o menor ritmo de exportação em 12 anos. Mesmo que a China compre o que falta para suprir seus estoques em dezembro e janeiro, o volume deverá ser menos da metade do negociado em 24/25. As vezes a esperança se confronta com a realidade.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA/CHINA-POSSÍVEL ACORDO PUXA AS COTAÇÕES (altista)
Após ser negociada com altas em torno de US$ 3 durante a sessão da madrugada, a soja está sendo negociada com leves oscilações no pregão diário de Chicago. O mercado continua influenciado por um possível acordo entre os EUA e a China sobre o comércio da oleaginosa ainda na próxima semana, após a reunião entre os presidentes, Donald Trump e Xi Jinping, na Coreia do Sul.
RELUTÂNCIA DOS AGRICULTORES E SAFRA POSSIVELMENTE MENOR (altistas)
Como temos destacado em sessões anteriores, a relutância com que os agricultores em vender novos grãos e a possibilidade de que os volumes de produção acabem sendo menores do que as previsões do USDA também estão exercendo influência positiva.
EUA-COLHEITA EM 73% (baixista)
Em relação à colheita, sem dados oficiais devido à paralisação prolongada do governo americano, investidores privados estimaram ontem o avanço do plantio de soja em 73% da área plantada, ante 58% previstos na semana anterior e 79% na mesma época em 2024.
ÓLEO DE SOJA-LOBBY CONTRA E15 PRESSIONA OS PREÇOS (baixista)
A pressão baixista hoje está sendo exercida sobre o óleo de soja devido à mudança de postura de uma entidade representativa da indústria petrolífera dos EUA, que deixou de apoiar o aumento dos volumes de produção de biocombustíveis e passou a exigir maiores garantias para as refinarias e o mercado de combustíveis fósseis (conforme explicamos no boletim de milho).
BRASIL-PLANTIO ACIMA DO ANO PASSADO (baixista)
Em seu relatório semanal de safra, a Conab informou ontem que o avanço do plantio de soja para 2025/2026 no Brasil atingiu 21,7% da área planejada, ante 11,1% na semana anterior; 17,6% na mesma época em 2024 e a média de 27,7% dos cinco anos anteriores.
EUROPA-IMPORTAÇÃO LENTA
A Comissão Europeia informou hoje que as importações de soja pela União Europeia entre 1º e 19 de julho totalizaram 3,51 milhões de toneladas, 9% a menos que no mesmo período do ano passado. Brasil e Estados Unidos são os principais fornecedores do bloco, com 1,93 e 1,10 milhão de toneladas, respectivamente. No mesmo segmento, as compras de farelo de soja apresentaram queda de 1% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 5,41 milhões de toneladas. Nesse caso, os principais vendedores são Brasil e Argentina, com 2,95 e 1,81 milhão de toneladas, respectivamente.
Fonte: T&F Agroeconômica